quinta-feira, 24 de junho de 2010

João, o Batista....

Prezados irmãos,

Hoje, 24 de junho, a nossa igreja católica celebra - e celebramos de forma especial - João, popularmente chamado São João. Apesar de poucos serem citados nas escrituras, não poderemos negar que tivemos diversos joão´s, de muita importância para nossa vida cristã. Foram profetas, evangelhistas, homens que andaram ao lado Jesus, que foram tementes a Deus, e buscaram uma vida santa. Mas o João que hoje celebramos não é outro senão João, o batista. O precursor da chegada de Jesus. Aquele quem as escrituras já prediziam seu destino. Aquele cuja mão de Deus esteve sobre ele durante todo o tempo de sua vida.

"Deus é propício!". Este é o significado do nome joão. E aquela época, não houve nada mais propício na região que a chegada de joão, que o seu nascimento. Para começar, sua mãe era estéril e ser estéril naqueles séculos era algo inconcebível, visto inclusive como castigo de Deus. Embora Zacarias e Izabel fossem pessoas bem vistas no povoado em que viviam, respeitadas, estes comentários certamente eram feitos às suas pessoas. Com o nascimento de João, rompe-se a esterilidade sabida e ressurge a vida, o desafloramento de um ser todo especial, uma criança abençoada e ao mesmo tempo, abençoadora. Por sua vez, tinhamos também Zacarias, que por conta de não acreditar nas promessas de Deus, tem sua voz retirada, e fica emudecido até que após o nascimento de seu filho, cumprindo o que lhe era determinado, lhe dá o nome "João". Para espanto e surpresa de todos do povoado, não só Izabel dá a luz, como Zacarias volta a falar... quem seria aquele menino? o que ele iria ser? o que lhe estava predestinado? Assim perguntava todo um povoado que presenciou a glória de Deus em suas vidas.

Meus queridos, vejo a data de hoje, uma data de muita importância para mim. Celebrar João, o batista, significa celebrar de uma forma toda especial o meu retorno aos braços do Pai, a minha conversão à Cristo. Celebrando João Batista, me sinto batizado pelas águas que me trazem a conversão do espírito e relembrando sua memória, me sinto a vontade para pedir ao Pai que permita seja eu um pouco desse João, um pouco desse efusivo anunciador da Boa-Nova que é Jesus.

João deve ter para nos que, de alguma forma procuramos difundir o reino de Deus, uma importância ímpar, sem igual. É olhando o que João foi que deve nos estimular a anunciar agora a boa-nova. O mundo de hoje não é mais "tão calmo" como era em sua época. Os pecados, os males, assolam o mundo de uma forma muito pior. Nossas crianças já nascem no pecado e por conta dele. Nossos sacerdotes, nossos pastores, volta e meia caem em tentação e se desviam e levam inúmeras ovelhas à perdição. E nós? o que fazemos? Será que somente ficar lamentando tais atitudes e fatos é o correto? Ou será que como João Batista não devemos ser a voz que brada no deserto contra toda injustiça e erro dessa humanidade que está aí?

Jesus quando se foi nos deixou um legado. Anunciar a boa-nova. Sermos continuidade não somente dele, mas de todos os homens e mulheres de Deus que antes Dele vieram anunciar sua chegada. A chegada de um Salvador, que veio morrer por mim, por ti, por nossos amigos, irmãos, etc. Será que Eles morreram em vão? Será que suas histórias não nos ensinaram nada até hoje? até quando seremos complacentes com o que vemos? Domingo agora passado - dia 20/06 - escutava eu a homilia do Pe JAC, pároco da Catedral de Petrópolis e ele falava sobre a importância de se utilizar os talentos que deus nos dá em prol da nossa comunidade cristã. Imediatamente olhava para minha amada esposa que já foi catequista de escola bíblica, para minha prima que é catequista da igreja católica e também para sua filha, Roberta - que também tenho por "minha menininha" - que começa agora a despontar para o lado da Igreja, e chamava-as a meditar sobre a homilia e sua importância. Roberta adora tirar fotos, já é uma fotografa profissional e eu toda hora lhe falo que este serviço também serve a divulgar a boa obra. Aquela pregação do Pe JAC veio como tapa em nossas orelhas... Engraçado como Deus nos coloca em lugares certos para escutarmos o que Ele quer nos dizer.

Então que hoje, meus queridos irmãos, possamos celebrar a João, o batista, de uma forma toda especial, pedindo ao Senhor Deus que nos torne forte mesmo no deserto, para podermos anunciar com efusividade a Jesus, o Salvador. Que saibamos utilizar nossos chamados, nossos dons de evangelizadores, de pregadores, de divulgadores da Palavra de Deus, com muita sabedoria, entusiasmo, alegria e rigor, para ganharmos mais e mais almas para Cristo. Esta é nossa forma de promover conversões. Que possamos ser como João. Que possamos ficar um pouco parecido com este grande Santo de Deus.

Na paz de Cristo Jesus...

JAugusto....

terça-feira, 1 de junho de 2010

Coração Enganoso... completamente enganoso,..

Amados, a paz.

As leituras propostas para o dia de hoje estão em 2Pe:3,12-15,17-18; Sal:90,2-4; 10; 14; 16 e Mc:12,13-17.

13. Então, mandaram alguns fariseus e partidários de Herodes, para apanhar Jesus em alguma palavra.

14. Logo que chegaram, disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te deixas influenciar por ninguém. Tu não olhas a aparência das pessoas, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus. Dize-nos: é permitido ou não pagar imposto a César? Devemos dá-lo ou não?”


15. Ele percebeu-lhes o fingimento e respondeu: “Por que me armais uma armadilha? Trazei-me a moeda do imposto para eu ver”.

16. Trouxeram-lhe uma moeda. Ele perguntou: “De quem é esta figura e a inscrição?”. Responderam: “De César”.

17. Então, Jesus disse: “Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. E estavam extremamente admirados a respeito dele.


Queridos irmãos, a passagem de hoje nos mostra mais uma vez, fariseus e doutores da lei tentando pegar Jesus por suas palavras, por suas pregações, afinal, o Nazareno aquela altura já tinha milhares de seguidores e aonde ia, centenas o ouviam e procuravam colocar em prática seus ensinamentos. Tinham-no como rabi, como Mestre, como Senhor, como uma autoridade, como Rei.


Ao interpelarem Jesus quanto a licitude ou não do pagamento de impostos a César, queriam ouvir de Jesus apenas uma resposta: a que fatalmente o condenaria, de uma forma ou de outra. Por um lado, Roma, na condição de povo dominador dos judeus, cobrava destes altos impostos, oprimindo o povo; por outro os judeus faziam de tudo para pagar menos impostos ou nenhum valor aos romanos, escondendo destes tudo o que pudesse ser valorado. Se Jesus dissesse que era errado pagar impostos, seria tido como um agitador – e assim já era visto; mas se dissesse que era lícito, perderia a credibilidade do povo, pois estes o viam como o Salvador, o que viria a libertar o povo judeu da opressão romana. Mas Jesus, sabiamente, e vendo a esperteza daqueles que maldosamente o interpelavam, disse-lhes que a César cabia o que lhe era devido e a Deus deveria ser devolvido o que era Dele.


Amados, a reflexão do texto de hoje vou centrar na questão da maldade que carreia o coração humano. Quantas vezes não agimos como aqueles fariseus interpelando irmãos à respeito de algo, esperando deles, respostas que satisfaçam nossos egos, nossas vontades? Respostas que venham a respaldar minhas atitudes erradas? Perguntas retóricas que tendem a resguardar ações praticadas? Oh, pobre coração. Pobre, enganoso e corrupto coração, que muitas vezes pode nos levar a perdição sem que nos apercebamos disso. E Jesus já sabia disso, tanto que, uma vez questionado sobre o que comiam aqueles que o seguiam, alertava que o mal é o que saia da boca do homem e não o que entrava por ela.


Deus tem para nós uma grande promessa como vemos em Ezequiel 36, 26 “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.” Mas esta promessa do Pai não se cumpre se não nos deixarmos guiar por Ele, se não deixarmos Ele fazer a obre em nós. Isto nós vamos conseguir orando, jejuando, penitenciando e vigiando. Só assim poderemos tentar impedir a ação do maligno sobre nossos pensamentos, nosso íntimo, nosso coração. Buscando a intimidade com Deus, conseguiremos manter um coração límpido e em paz como nos fala Pedro neste dia 2Pedro 3, 14: “Caríssimos, vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura, sem mancha e em paz.”


Pensemos nisto.