terça-feira, 1 de junho de 2010

Coração Enganoso... completamente enganoso,..

Amados, a paz.

As leituras propostas para o dia de hoje estão em 2Pe:3,12-15,17-18; Sal:90,2-4; 10; 14; 16 e Mc:12,13-17.

13. Então, mandaram alguns fariseus e partidários de Herodes, para apanhar Jesus em alguma palavra.

14. Logo que chegaram, disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te deixas influenciar por ninguém. Tu não olhas a aparência das pessoas, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus. Dize-nos: é permitido ou não pagar imposto a César? Devemos dá-lo ou não?”


15. Ele percebeu-lhes o fingimento e respondeu: “Por que me armais uma armadilha? Trazei-me a moeda do imposto para eu ver”.

16. Trouxeram-lhe uma moeda. Ele perguntou: “De quem é esta figura e a inscrição?”. Responderam: “De César”.

17. Então, Jesus disse: “Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. E estavam extremamente admirados a respeito dele.


Queridos irmãos, a passagem de hoje nos mostra mais uma vez, fariseus e doutores da lei tentando pegar Jesus por suas palavras, por suas pregações, afinal, o Nazareno aquela altura já tinha milhares de seguidores e aonde ia, centenas o ouviam e procuravam colocar em prática seus ensinamentos. Tinham-no como rabi, como Mestre, como Senhor, como uma autoridade, como Rei.


Ao interpelarem Jesus quanto a licitude ou não do pagamento de impostos a César, queriam ouvir de Jesus apenas uma resposta: a que fatalmente o condenaria, de uma forma ou de outra. Por um lado, Roma, na condição de povo dominador dos judeus, cobrava destes altos impostos, oprimindo o povo; por outro os judeus faziam de tudo para pagar menos impostos ou nenhum valor aos romanos, escondendo destes tudo o que pudesse ser valorado. Se Jesus dissesse que era errado pagar impostos, seria tido como um agitador – e assim já era visto; mas se dissesse que era lícito, perderia a credibilidade do povo, pois estes o viam como o Salvador, o que viria a libertar o povo judeu da opressão romana. Mas Jesus, sabiamente, e vendo a esperteza daqueles que maldosamente o interpelavam, disse-lhes que a César cabia o que lhe era devido e a Deus deveria ser devolvido o que era Dele.


Amados, a reflexão do texto de hoje vou centrar na questão da maldade que carreia o coração humano. Quantas vezes não agimos como aqueles fariseus interpelando irmãos à respeito de algo, esperando deles, respostas que satisfaçam nossos egos, nossas vontades? Respostas que venham a respaldar minhas atitudes erradas? Perguntas retóricas que tendem a resguardar ações praticadas? Oh, pobre coração. Pobre, enganoso e corrupto coração, que muitas vezes pode nos levar a perdição sem que nos apercebamos disso. E Jesus já sabia disso, tanto que, uma vez questionado sobre o que comiam aqueles que o seguiam, alertava que o mal é o que saia da boca do homem e não o que entrava por ela.


Deus tem para nós uma grande promessa como vemos em Ezequiel 36, 26 “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.” Mas esta promessa do Pai não se cumpre se não nos deixarmos guiar por Ele, se não deixarmos Ele fazer a obre em nós. Isto nós vamos conseguir orando, jejuando, penitenciando e vigiando. Só assim poderemos tentar impedir a ação do maligno sobre nossos pensamentos, nosso íntimo, nosso coração. Buscando a intimidade com Deus, conseguiremos manter um coração límpido e em paz como nos fala Pedro neste dia 2Pedro 3, 14: “Caríssimos, vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura, sem mancha e em paz.”


Pensemos nisto.

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