terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Louvai a Deus em todos os momentos...

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 1,46-56

46. Maria então disse:
47. “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
48. porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz,
49. porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo,
50. e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem.
51. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração.
52. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
53. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias.
54. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia,
55. conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56. Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.

Amados, a paz.

A narração apresentada por Lucas hoje nos fala do Cântico de Maria, também conhecido como Magnificat. Maria estava chegando para visitar Isabel que se encontrava grávida de João, o batista. Tão logo as duas se encontraram, a criança pulava de alegria no ventre de Isabel, fazendo com que esta saudasse Maria. Maria, então, se põe a louvar ao Senhor. Cheia do Espírito Santo, Maria agradecia a Deus por olhar para ela, humilde serva que fora preparada desde criança. Em sua exaltação a Deus, Maria não esquece as promessas feitas aos antepassados e as menciona agradecendo não só por ela, mas também pelo povo que agora seria liberto e salvo.

Todo o cântico de Maria exulta Deus e coloca os humildes em uma posição privilegiada em relação ao Todo Poderoso. Deus tinha um plano especial para o seu povo, Israel, mas as maravilhas seriam concretizadas aqueles que fossem humildes de coração. Deus, através de Jesus, tiraria dos ricos, abundando a vida dos pobres. Essas promessas que agora começariam a ser concretizadas, o Senhor já havia feita a gerações e gerações passadas, desde Abraão. E Maria vai exultar a Deus através deste Cântico, deste salmo de Louvor.

Meus queridos irmãos, quantas vezes recebemos alguma graça de Deus, algum favor e simplesmente tomamos nossa benção e seguimos em frente? Quantas vezes alguém chega para nós, agradecendo algum favor, agradecendo alguma coisa, algum momento, que tenhamos proporcionado e simplesmente dizemos “por nada” e nada mais. Maria ao receber a saudação de Isabel poderia muito bem nada responder. Poderia muito bem dizer “deixa de bobagem, prima!” ou “Obrigado por suas palavras, prima!”. Não. Ela não fez isto e, se o fez, não ficou somente nisto. Levantou sua voz e bradou ao céu, glorificando Aquele a quem realmente cabia toda honra glória. Maria hoje nos ensina a sermos gratos a Deus pelos momentos que passamos. As graças que recebemos, as coisas boas que proporcionamos aos irmãos, tudo o que fazemos, o fazemos por causa D´Ele e mais ninguém e por isso devemos sempre a Ele levantar cânticos, cânticos de agradecimento, de exultação de alegria. Nossa alma tem de se alegrar no Senhor em todos os momentos de nossas vidas, afinal, cristãos batizados que somos, nossos corações também estão cheios do Espírito Santo. Através do batismo recebemos a primeira graça do Senhor em nossas vidas. E isto, jamais podemos nos esquecer.

Já agradeceu ao Senhor hoje pela sua vida? Por mais um dia de fôlego de vida? Pelo favor que você pode fazer ao seu irmão? Pela ajuda concedida aos outros? Faça isso. Não se esqueça nunca de louvar Aquele quem realmente possibilita a você de viver. Pense nisso.

A paz de Cristo...

domingo, 20 de dezembro de 2009

4º Domingo do Advento

Salve amados de Deus.

O Evangelho de hoje está no relato de Lucas 1,39-45

39. Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá.
40. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel.
41. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo.
42. Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!
43. Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?
44. Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre.
45. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!”.


Irmãos, e eis que se aproxima o dia do Salvador, o dia do nascimento do menino Deus, a representação terrena da Divindade, ou como diria um compositor cristão “o rosto humano de Deus”.

Hoje nós católicos celebramos o 4º domingo do advento e, ao acendermos a última vela da coroa, lembramos de Maria, a menina mulher que ficou cheia do Espírito Santo, pronta para conceber Jesus, o nosso Cristo.

Durante todo o advento, durante os 4 domingos, nossas celebrações lembram fatos importantes que antecederam a chegada de Jesus e, através desses fatos, somos chamados a reflexão de atos necessários para nossa vida cristã. Na primeira semana somos chamados a preparar nossos corações, nossa “casa” espiritual deve estar cheia de esperança. É a espera nas promessas de Deus. Na segunda semana, passamos a viver mais intensamente essas promessas. Somos chamados a refletir na vinda do Messias, na vinda do menino Deus. É tempo de conversão. E a liturgia a nós apresentada lembra isto intensamente, pois que passamos a ver a importância da figura de João, o Batista, que converteu e batizou milhares, anunciando com vigor a Vinda do Salvador. É tempo de reconciliação, de prepararmos mais um pouco nossos corações, agora focando no sacramento da confissão. Na terceira semana, passamos a contemplar o “sim” de Maria. Representa a fé no Senhor, a fé que devemos ter. Crer não é ter fé. Fé é andar sob “as águas”, é atender prontamente o chamado de Deus e dizer “sim”. Maria que sempre esteve nos braços de Deus, preparada para tão importante momento, não hesitou e diante do anuncio de Deus feito pelo Anjo e falou “faça-se em mim a tua vontade”.

Hoje, neste quarto domingo, nesta semana em que celebraremos a grande festa do Senhor, a liturgia nos chama a nos doarmos. Nos chama a abrir nossos corações e irmos ao encontro do irmão necessitado em seu auxílio, levando nossos préstimos, nossa força. O Evangelho de hoje diz que Maria ao saber que sua prima iria também dar a luz a uma criança, e que já estava no adiantar de 6 meses de gestação, saiu depressa ao seu encontro. A prima de Maria já era de bastante idade quando deu a luz a João. Se uma gestação dessas aos nossos dias já é preocupante, imaginemos então naquela época, em uma cidadela sem recursos, somente o povo e suas orações. Maria então vai ao encontro de Isabel que não morava na esquina de sua rua. Vai a outra cidade, atravessando montanhas. De certo aproveitou alguma caravana que passaria por aquela localidade. Mas o certo é que Maria não temeu a noite nem o dia, o frio ou calor do deserto, o fato de estar sozinha e, principalmente, se empenhar num trajeto que era por demais perigoso e lendo as escrituras sabemos que o era. Maria poderia ter dito: “Poxa, Isabel tão velha está para dar a luz. Eu bem que queria ajudá-la, mas ela mora tão longe. E eu ainda estou esperando o filho de Deus. Não. Não vou arriscar nada. Tenho de descansar, tenho de ter uma boa gestação.” Não. Maria não fez nada disso. Ao contrário. Maria estava com Deus, ela estava cheia do Espírito Santo, e não se fez de rogada. Saiu logo ao encontro de Isabel e foi anunciar a boa-nova. “Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre”, disse Isabel a sua prima Maria quando esta chegou à sua casa.

Amados irmãos, hoje é tempo de doação. É tempo de nos doarmos aos que de nós precisam. Nós, como cristãos, batizados que somos, convertidos a adorar um único Deus, tomados pelo Espírito Santo e sendo Corpo deste Cristo que deu a vida por nós, devemos nos colocar em auxilio dos irmãos. Quantas pessoas vemos pelo nosso caminho que precisam de ajuda e nós constantemente, por algum motivo, viramos a cara e fingimos não ver? Quantas nem nos pedem ajuda, mas sabemos muito bem ver o quanto precisam de um auxilio, ao menos de uma palavra amiga e desviamos nossas atenções para que não nos preocupemos com eles?

Queridos e amados irmãos em Cristo, o período do advento nos chama a atenção para essas nossas atitudes, para esse nosso comodismo. Como Maria, com a fé de Maria, saiamos de nossos lugares e nos coloquemos em marcha de constante ajuda. O Natal que hoje celebramos, deve ser revivido todos os dias em nossas corações e nossas mentes. Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, todos sabemos disso. Mas Ele nasce todos os dias em nossos corações, nossas vidas. Por isso é importante que estejamos preparados para isto. Para receber em nossa casa, o menino Deus, o nosso Salvador.

Que possamos refletir nisto ainda hoje e mantermos sempre acessas as velas do advento que iluminam nossos caminhos e nos direcionam a Verdade, Caminho e Vida Eterna.


Na paz de Cristo e com a fé de Maria...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Eu sou parte integrante da genalogia de Jesus

Amados, apresento a vocês hoje, a liturgia proposta, contida no Evangelho de Jesus Cristo, narrada por Mateus 1,1-17:

1. Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão:
2. Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, Jacó gerou Judá e seus irmãos,
3. Judá gerou Farés e Zara, de Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram;
4. Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon;
5. Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed gerou Jessé.
6. Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, da mulher de Urias.
7. Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
8. Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
9. Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
10. Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias.
11. Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
12. Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;
13. Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor;
14. Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud;
15. Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó.
16. Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo.
17. No total, pois, as gerações desde Abraão até Davi são quatorze; de Davi até o exílio na Babilônia, quatorze; e do exílio na Babilônia até o Cristo, quatorze.

Mateus nos apresenta logo de início no seu Livro, a genealogia de Jesus, a árvore genealógica, a sua origem, sua linhagem. Após fazê-lo, vai situar as gerações que antecederam a Jesus em quatorze, que representa mais um capítulo na infinidade de números místicos que se apresentam na Bíblia. Infelizmente ainda não cheguei a esse estágio de conhecimento a fim de poder trazer qualquer discussão a respeito, logo, me absterei de fazer comentários. Mas não pude, também, deixar de pesquisar a questão de Mateus trazer a nós toda a estrutura da ascendência de Jesus e duas foram as conclusões que pude chegar: primeiro, a questão de se demonstrar o cumprimento das promessas de Deus para seu povo, realizadas com o surgimento de Abraão, depois Davi e, por fim, Jesus. A outra, a questão de apresentar, dentre toda a linhagem, homens que foram escolhidos para liderarem, fosse reinando ou conduzindo o povo do exílio na Babilônia, além de personagens que não tinham, por assim dizer, uma conduta adequada á homens tementes a Deus, como o caso do rei Acaz que foi um líder voltado ao paganismo, totalmente afastado de Deus.

Mas o que isso quer nos dizer exatamente nos dias atuais? Simples. Quer mostrar que Deus hoje escolheu você para fazer parte da história da salvação da humanidade. Se fossemos continuar a linhagem de Jesus Cristo, sendo todos nós batizados, somos também filhos de Deus, irmão de Jesus. Você pode até olhar para traz, em seus antepassados e se colocar numa posição defensiva dizendo não ser capaz, que na sua família há pessoas más, idólatras, mesquinhas ou vis. Mas eu te digo meu irmão. Não importa de onde você veio. Deus hoje escolheu você para continuar a obra na terra, assim como fez com Jesus. Deus hoje chamou você e o ungiu para proclamar a Boa Nova do Reino, a curar os doentes, a pisar cobras e escorpiões, a viver uma vida justa, não importando quem foram seus antepassados. Uma coisa é certa. Deus quer você, quer o seu melhor.

Então amados, eu hoje digo a vocês que se libertem do cansaço, da preguiça, da síndrome de Gabriela (eu nasci assim...) e se volte para as coisas de Deus. Reúna o Seu povo e comece já a liderá-los, a conduzi-los para o caminho que leva a Deus. Haja com justiça e Deus lhe recompensará.

Na paz de Cristo e de todos os homens de Deus que o antecederam,

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

João Batista - Exemplo de humildade

Salve amados, a paz.

Hoje vamos refletir a respeito do Evangelho de Nosso Senhor Jesus, narrado por Lucas. (7:19-23)
19. e os enviou ao Senhor, para perguntar: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?”

20. Eles foram ter com Jesus e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar se tu és aquele que há de vir ou se devemos esperar outro”.

21. Naquela ocasião, Jesus havia curado a muitos de suas doenças, moléstias e espíritos malignos, e proporcionado a vista a muitos cegos.

22. Respondeu, pois: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são purificados e surdos ouvem, mortos ressuscitam e a pobres se anuncia a Boa Nova.

23. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito”.


A passagem nos relata que João, na prisão, sabendo que iria morrer, envia seus discípulos até Jesus com fins de indagarem D´Ele se seria realmente o Cristo esperado. Jesus responde aqueles apontando-lhes as boas obras que vinha fazendo e manda-os contar isto a João, alertando a todos que o escutavam que feliz o homem que não se escandalizasse com os milagres que vinham sendo realizados.

Amados, a reflexão desta quarta feira centra-se na fé de um único Deus, o Deus verdadeiro. Alguns vêem esta passagem como uma indagação do próprio João à respeito de Jesus, se este realmente seria aquele que teria vindo. Em outras palavras, apontam que João, na prisão, e sabendo que morreria, fica com temor das coisas que viriam a lhe ocorrer e aí, teria caído na descrença. Mas eu, particularmente, vejo isto por outra ótica. João queria mesmo era provar aqueles que o seguiam quem era o verdadeiro Cristo.

Ainda no ventre de suas mães, ambos já saltitavam de alegria quando se encontravam; Mais tarde, João passa anunciar a vinda, o surgimento do Salvador tão esperado; No Jordão, ao ver Jesus este se coloca na mais humilde posição, negando-se a também batizá-lo, reconhecendo em seu primo o enviado de Deus. Por outro lado, a história nos conta que muitos seguiam a João achando que ele era o Cristo; em virtude do seu incansável combate contra as injustiças, muitos o continuaram seguindo mesmo após o início da vida pública de Jesus; uma grande parte dos judeus viam a Jesus como mais um profeta, mesmo diante dos milagres ocorridos. Então, pergunto: quem precisava mais de certifica-se de que Jesus era o Cristo? João ou seus seguidores?

João em nenhum momento vacilou em sua fé, na sua certeza. João conhecia bem as escrituras e sabia que os milagres produzidos por Jesus eram os sinais de que Ele era o salvador, pois que conhecia bem as escrituras do profeta Isaias. Mas os seus seguidores não. Seus seguidores, ainda que João não fizesse nenhum milagre, continuava seguindo os passos do profeta. Escutavam e o obedeciam. A ele dedicavam seus tempos. João, na prisão, e sabendo que morreria, mas uma vez tentava mostrar aos que estavam junto a ele quem era o verdadeiro Jesus, a quem verdadeiramente deveriam ouvir. A indagação formulada a Jesus não era para conhecimento de João e sim para que seus seguidores, que deveriam também conhecer o livro do profeta Isaias, certificarem-se de que Jesus não era tão somente um profeta, mas o Cristo, o Enviado de Deus. Importante notar que João, mesmo sendo seguido fielmente por multidões, em nenhum momento se deixa apoderar pelo demônio da vaidade e incansavelmente lhes indica quem é o verdadeiro Cristo.

Ao fim, Jesus vai dizer a todos que estavam ao seu redor, além dos então seguidores de João, que “feliz de quem não se escandaliza a meu respeito”. Feliz é aquele que tem fé, cujos olhos foram abertos e puderam ver o verdadeiro Cristo, que o reconheceram pelas suas boas obras, pelos seus ensinamentos. Felizes daqueles que não duvidavam de Jesus e criam N´Ele.

Meus queridos, quantas e quantas vezes deixamos passar os sinais que nos são enviados, que vemos em nosso dia a dia. O evangelho de hoje nos chama a realidade de termos a visão aberta para reconhecer Aquele que veio para nos salvar. Do único e verdadeiro Cristo. É preciso saber distinguir entre o certo e o errado, é preciso saber separar o joio do trigo. É preciso conhecimento da Palavra, das Escrituras, de forma a não sermos enganados por aqueles que querem se colocar lado a lado com Deus, por aqueles que se julgam os melhores, que não tem um pingo de humildade para afastar de si os olhares do mundo. É preciso saber reconhecer a verdade, pois só ela liberta. “Conhecereis a verdade e Ela os libertará.” Conhecer é ter intimidade, é procurar viver com Jesus, seguir seus passos, estar a todo momento junto a Ele.

Peçamos hoje ao Senhor duas coisas. Primeiro, que dê sabedoria aos nossos sacerdotes, pastores e padres, que afaste de seus corações todo o mal da soberba, arrogância e vaidade que lhes possam atingir, que sejam humildes em saber indicar Aquele que é o nosso verdadeiro salvador. João não se achava digno de desamarrar os laços das sandálias de Jesus e apregoava isso com relutância. Era humilde pois sabia que os desígnios de Deus pairavam sobre Jesus e não ele. Então neste dia direcionemos nossas orações aos nossos lideres religiosos para que, assim como João, nos direcione para a Verdade, o Caminho e a Luz. Peçamos, também, neste dia, que nossos corações sejam iluminados e possamos aprender a enxergar os sinais e prodígios de Deus. Que não venhamos nunca a duvidar de quem é o verdadeiro Cristo. Que não percamos jamais a nossa fé e possamos assim, dar testemunho das obras do Senhor.

Na paz de Cristo e no amor de Maria..

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

OBEDIÊNCIA - Fazendo a vontade de Deus

Salve amados, a paz de Cristo.

O Evangelho proposto para o dia de hoje encontramos em Mateus 21: 28-32:

28. “Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha! ’

29. O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi.

30. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi.

31. Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: “O primeiro.” Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus.

32. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele.


Hoje vou iniciar contando um pouco do meu maravilhoso final de semana, quando estive reunido em família para celebrar dois momentos muito importantes: o aniversário de minha mãe que no dia 9 completou 86 anos e de minha “filhota” que no dia anterior, havia feito 16 anos. Duas gerações separadas por 70 anos. É muito tempo. Para nós. Mas aos olhos de Deus sabemos que devem significar poucos “segundos”. No domingo, marcando esses momentos, celebramos eucaristicamente a data e nos fizemos presente a celebração dominical na Catedral de Petrópolis, onde reside uma parte da família e aonde sempre festejamos essas datas. Como era dia de Santa Luzia, nos fizemos presente também na igreja dedicada a ela. Conta a história que Luzia foi uma jovem de uma região da Itália, que tendo recebido uma formação cristã, se apaixonou por Cristo a ponto de lhe oferecer uma dedicação exclusiva, inclusive uma virgindade perpétua. Seus pais, contudo, já a haviam prometido em casamento a um jovem que quando soube que a intenção de Luzia havia sido referendada tempos depois por seus pais, denunciou-a como cristã ao reino pagão. Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, foi muito judiada, tendo inclusive, seus olhos perfurados, mas como a mão divina sempre esteve sobre ela, sua visão havia sido restaurada no dia seguinte. Foi decapitada em 303, para assim testemunhar com a vida - ou morte - o que na juventude dissera: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade".

Em virtude do episodio da vista, Santa Luzia é considerada a protetora da visão. Neste dia especialmente, pedimos a Jesus que nos cure dos males da vista. Que através do exemplo de fidelidade e castidade que buscou viver Luzia, possamos ter a graça de ver nossa visão restaurada. Que os olhos do nosso coração possam ser abertos e possamos ver a verdade naquele que é o Caminho. Que nunca sejamos tomados por alguma deficiência que possa-nos deturpar a visão e nos desviar do caminho seguro. É isto que nós cristãos católicos devemos ter em mente no dia de domingo: ter a fé e a fidelidade a Deus que Luzia teve e ver na sua forma de vida um exemplo de conduta honrosa que não se desviou nem sob o perigo da morte que veio a se concretizar pelas mãos do demônio. Deus a honrou, permitindo que neste domingo lembrássemos de quem foi Luzia.

Mas voltando ao domingo, depois de abençoados, voltamos para casa, partilhamos da mesa e continuamos um domingo maravilhoso.
Fora o relato de Santa Luzia – que achei oportuno falar já que não estive aqui no domingo – comentar sobre este dia é algo que hoje acho muito importante e o que vou falar daqui em diante, soará como um “mea culpa”, uma reflexão dos meus atos, um pedido de perdão.

Ao mesmo tempo que tive um maravilhoso final de semana em família, não posso dizer o mesmo a respeito de outras que conheço e que, por vias transversas, também faço parte. Minha cunhada não está muito bem em sua vida conjugal e minha esposa está muito preocupada, muito chateada com a situação e por não estar conseguindo ajudá-la. Eu por minha vez, já tendo um pré-conceito a respeito da situação em que os dois estão vivendo, me coloco inerte, passivo perante aos fatos que escuto e vamos falar a verdade, procuro nem escutar, não dar atenção. Mas ontem, chamado pela minha maravilhosa esposa, parei para refletir toda a situação que nos envolve: a minha família e a família dela. Com a cabeça no travesseiro pude entender o quanto ainda preciso modificar minha vida, meu modo de agir. Me digo cristão mas vejo o quanto me falta para começar a me converter. Me sinto um próprio fariseu quando falo à respeito de família com os outros e não procuro viver esta família que apregôo. Como sou vil e mesquinho preocupando-me somente com minhas coisas, com minha família, com o meu bem-estar, com minha felicidade, com minha satisfação. Ah, Deus, quanto preciso melhorar e modificar. Tenho de modificar meu jeito de ser e viver em comunhão com os irmãos, principalmente aqueles que estão mais próximos de nós, aqueles que estão ao nosso lado e precisam de um conforto, um acalento. Não importa o que um dia nos levou ao afastamento, o que por ventura possa nos ter entristecido. O que importa é que Deus nos mandou, nos indicou o caminho do amor pedindo-nos que amassemos a todos nossos irmãos, que fossemos um, como Ele, o Pai e o Espírito Santo eram Um. Se procuro falar a todos que somos todos parte de um só corpo que é Cristo, brigando com um irmão, ficando de cara feia para ele, estou brigando com uma parte de Deus. E aonde está o “cristianismo” que procuro levar às pessoas? Sou ou não sou um fariseu? Estou ou não estou indo contra tudo aquilo que Deus me ensinou e falo para todos quando estou agindo desta forma? Pois é. Tenho muito caminho ainda a seguir. Tenho muito ainda que modificar. Como sou indigno inclusive de estar aqui e ocupar este espaço e tentar falar de Deus se meu testemunho diz exatamente o contrário.

O evangelho de hoje me alerta também para isso. Jesus conta aos sacerdotes e fariseus que o seguiam a história de um homem que tinha dois filhos. Chamando-os a trabalhar na vinha, um disse que não ia, mas arrepende-se disso, vai. O outro, contudo, prontamente disse ir, mas não comparece ao trabalho. E Jesus pergunta então aos doutores, aos sábios, qual deles havia feito a vontade do pai.

É neste trecho que vou pegar minha reflexão para hoje. Estou fazendo a vontade do Pai? Quando Ele me chamou nesta parte da vida, prontamente o atendi, e disse que iria caminhar. Mas até onde estou lutando, até onde estou conseguindo chegar no campo, até onde estou me esforçando para concretizar o trabalho? Ao menos iniciei minhas tarefas? Não. Fazendo um exame de consciência, vejo que sequer levantei. Sequer estou tentando. Mas isto até agora. Como aquele primeiro filho, devo me arrepender dos meus erros e me colocar no caminho reto. Tenho de levantar de minha posição e me colocar a disposição de quem precisa de mim, de quem está ao meu lado, tenho de me colocar em comunhão com o irmão, só assim, estarei participando verdadeiramente do Corpo de Cristo. Somente modificando minhas atitudes, estarei em busca de ser um verdadeiro cristão. Jesus nos diz hoje que é tempo de nos arrependermos. Ainda há tempo de voltarmos ao caminho justo e reto, ao caminho que vai nos levar à morada eterna.

Hoje o Senhor Jesus me escutou, escutou minhas preces deste domingo e começou a abrir a minha visão. Está restaurando a minha percepção das coisas. Hoje, em nome de Jesus, vou levantar da minha cadeira e procurar modificar meus passos, minhas atitudes, meu jeito de pensar e viver.
Que a Santíssima Trindade possa iluminar os seus caminhos, que possam, assim como eu, fazer uma reflexão em suas vidas e abrir os olhos para um novo amanhecer, uma nova vida, de volta ao caminho. Estamos vivendo este momento. O momento de preparo, de alerta para a volta do Todo Poderoso. Você vai querer vê-lo, ou não? Não perca a sua graça.

Na paz de Cristo e no amor de Maria...

sábado, 12 de dezembro de 2009

O Cristão e sua Bíblia

Salve amados, a paz.

Hoje acordei com Deus me falando ao coração. Como é bom quando isto acontece. Quando sentimos Deus presente em nossas vidas desde o primeiro minuto do dia. E Deus me falava a respeito da Bíblia e o quanto sua leitura é necessária para o Conhecimento da Palvra e da cura dos males. E fiquei ainda remoendo na cama tentando entender o que realmente Deus queria me dizer com aquilo e me veio a mente, em meus pensamentos, o que Deus quer de mim neste dia. E isto vou partilhar com vocês.

A bíblia está presente nos mais diversos lares do mundo. Cada um que se diz cristão, tem em suas casas um exemplar deste livro tão precioso para muitos. Até mesmo os que se intitulam cristão - mas não o são, pois vêem Jesus como mais um espírito de grandeza e encarnado (são os espíritas) - tem as suas mãos um exemplar da sua “bíblia”.

Hoje não dá mais para eu dizer aceitar a Cristo e não conhecer sua palavra, não conhecer o que Deus quer de mim, conhecer sua benevolência, seu amor para comigo. O fato de eu ir aos cultos, participar das missas dominicais, não me leva a conhecer a palavra como deveria. Não me leva a conhecer esse meu Deus. Para realmente conhecê-lo, tenho de buscá-lo aonde Ele vive, aonde Ele está presente, esperando que alguém vá até Ele. E este lugar, meus amigos, é a Bíblia. È na Bíblia que vamos encontrar a paz com que sonhamos. È na bíblia que vamos encontrar o acalento para nossas preocupações, o alívio para nossos fardos, a cura para nossas enfermidades, até mesmo é lá que vamos encontrar a inteligência e a força para nossas guerras contra nossos inimigos. Lá está a nossa energia. A nossa força e nossa fortaleza. A Bíblia é isto para o Cristão. È o Torá dos Judeus. È o livro de cabeceira, a fonte de vida dos seguidores de Cristo.

“Ah, eu sou bom”. “Ah, eu sou faço bondades. Procuro não magoar ninguém”. “Procuro só fazer o bem”. “Dou esmolas. Até sou dizimista na minha igreja.” Quantas vezes não escutamos isto da boca das pessoas quando são indagadas a respeito de seguirem a Cristo, a respeito de suas religiosidades. O que adianta eu dizer que faço boas obras se não conheço a Palavra? “Ah, não sei quem foi o primeiro Rei de Israel, mas sei que Jesus foi um homem bom que trouxe a Paz aos homens e morreu para nos salvar.” De fato, não há muita importância em se saber ou não quem foi o primeiro dos homens a reinar sobre Israel, mas de certo, e muito mais certo, que Jesus foi mais do que simplesmente Aquele que morreu por mim para minha salvação. E quando penso nisto vejo que nada conheço a respeito de Deus. Vejo o quanto tenho de aprender a seu respeito, a respeito de seus mandamentos.

Mas a quem conhecemos, quais as pessoas cristãs que fazem da bíblia a sua fonte de vida? Vamos reformular a pergunta. Quem? Quais pessoas que se dizem cristãs e que seus livros de cabeceira é a bíblia? Que sua fonte de energia é a bíblia e que nunca saem de casa sem Ela? Será que somos nós os católicos? Não. São nossos irmãos evangélicos. Desde cedo eles são levados a conhecer a Palavra. São levados a ter a bíblia como centro de seus universos, de suas vidas. Seus passos são pautados n´Ela. Suas vidas são guiadas pelo Senhor.

Mas hoje esse panorama está mudando. O cristão católico já está buscando a conhecer mais a bíblia. Já está tirando de cima de suas mesas o que até então servia de enfeite da sala de estar e buscando nela a cura para seus males, o acalento para seus sofrimentos e dores, a sabedoria para vencer as batalhas do dia a dia. Está buscando a Conhecer mais a Deus Pai e a Deus Filho e pedindo ao Deus Espírito Santo que lhe ilumine o coração para assimilar a Palavra.

Mas nossos irmãos evangélicos estão anos luz em termos bíblicos à nossa frente. Hoje já não vemos tantos passando à nossa frente com suas bíblias debaixo do braço. Hoje os templos projetam a Palavra, o trecho bíblico que vai servir de inspiração à pregação do dia, nas paredes através do Retroprojetor. Conheço até um Pastor HiTech que leva consigo um aparelhinho tipo desses “I Pod” que lhe mostra o versículo buscado. É a tecnologia a serviço de Deus.

Mas e nós, os católicos? Se antes criticávamos nossos irmãos pelo fato de aonde estivessem carregassem suas bíblias, a necessidade de se Conhecer mais profundamente a Deus deve nos colocar em termos de igualdade. Posso não estar com a minha bíblia em papel como comumente Ela nos é apresentada, mas procuro por Ela aonde quer que eu esteja. Hoje não consigo viver sem ler, interpretar e procurar colocar em prática a Palavra e por isso sou levado a até Ela aonde quer que se encontre, afinal, como já falei, Ela está presente em 90% dos lares e ao alcance de todos. Muitas das vezes empoeirada, com suas paginas coladas ou mesmo com o papel amarelado em virtude do tempo que ficou guardada. Mas Ela está lá. Esperando por você. Esperando por nós para nos dar a conhecer mais e mais desse Cristo que buscamos seguir, desse Deus que nos protege e nos dá a vida.

Mas nós? O que queremos? O que nos impede de, a partir de agora, diante a necessidade de se conhecer ao fundo nosso Salvador, a buscar a Palavra, a tirar uns minutos dos nossos “preciosos” tempos e buscarmos a Deus aonde Ele se encontra? O que nos falta para isso?

Pois hoje eu digo a vocês, meus irmãos. Talita Cum! Levanta-te. Acorde da “morte” intelectual do conhecimento bíblico. Saia do marasmo, livre-se do mal da vergonha, da preguiça, do comodismo. Hoje Deus quer se dar a conhecer mais um pouco para você. Hoje Ele quer que você comece a adorá-lo de outra forma. A partir de hoje Ele quer que você seja um novo Cristão: o que conhece a Palavra a fundo e tem a certeza de que o Espírito Santo vai lhe iluminar quando tiver de usá-la contra todos aqueles querem te ferir pela sua fé, que querem abalar as estruturas que você vai construir com Deus.

Pense nisso. Comece já.

Na paz de Cristo...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Respeito as atitudes dos outros

Bom dia amados. A reflexão que trago hoje está contida no Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus 11:16-19:

16. Com quem vou comparar esta geração? É parecida com crianças sentadas nas praças, gritando umas para as outras:
17. ‘Tocamos flauta para vós, e não dançastes. Entoamos cantos de luto e não chorastes! ’
18. Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Tem um demônio’.
19. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras”.

Seguimos hoje a passagem de ontem onde Jesus estava tecendo elogios à João, o batista, reconhecendo nele o espírito do profeta Elias, que como Ele, João, era também implacável no anuncio da vinda do Reino. Jesus continua se dirigindo aqueles que o seguiam e se coloca a criticar o povo de Israel, os que estavam sempre a murmurar, comparando-os a crianças que nunca estão satisfeitas com as brincadeiras que lhes são propostas em grupo tornando-as, assim, crianças amargas, chatas, dominadoras, que só querem fazer a sua vontade.

E Jesus vai dizer que veio João, mas que a sua forma de vida, seu temperamento, a força com que bradava o reino, intolerante com a injustiça, severo para com os que não andavam reto nas leis do Senhor, era vista por muitos como desnecessária, o achavam louco, destemperado, totalmente radical no seu pensar. Agora, o filho do homem era também criticado pela sua forma de vida, pois vivia cercado de cobradores de impostos, pecadores, e toda raça de pessoas mal vistas dentre o povo mais abastado e dominador. Jesus colocava isso como forma de demonstrar que o povo nunca está satisfeito com o que lhe é apresentado, são como crianças, infantis, que rejeitam tanto a radicalidade da vida de João, quanto a complacência e tolerância trazida por Jesus, ainda que ambas visem ao anuncio do Reino de Deus.

Interessante essa visão de Jesus sobre o seu povo. E uma comparação tão atual que podemos dizer, ou melhor, volto a afirmar que o mundo muda, passa por transformações, mas o ser humano, não muda. As idéias não mudam, as formas de pensar e agir não mudam. Se adaptam ante a diversidade de facilitadores, mas não mudam. As reações são as mesmas desde o início dos séculos.

Os corações dos homens também. Já é comum em nossas vidas rejeitarmos determinadas coisas que nos são apresentadas. Dependendo do que seja, sempre vemos com um pé atrás aquilo que nos é confrontado. Rara não são as vezes que rejeitamos as coisas por serem difíceis demais, cansativas, duras. Outras vezes, rejeitamos por que achamos fáceis demais, pelo simples fato de não nos motivarem ao esforço. Assim também é com a religião. É como Jesus via o povo Judeu. Criticavam João, achando-o um camarada perturbado, louco, muito radical na sua forma de vida, não iria levá-lo a lugar algum as suas atitudes. Os mesmos também criticavam a Jesus, pois este era complacente demais, tolerante demasiadamente para com os pecadores. Onde já se viu, não condenar a mulher que cometera adultério, sentar-se a mesa de ladrões notórios. O que é isso?

Assim somos nós também no dia de hoje. Nunca estamos satisfeito com o que temos, com o que nos é apresentado. Quem sabe pudéssemos ser inventores, ter o poder de transformar as coisas, amoldando-as a nosso jeito. Mas não o somos. As coisas nos são apresentadas como o foram adotadas, criadas, principalmente as coisas de Deus, os seus mandamentos, as nossas obrigações para com Ele. Não tem como mudar. É aceitar. É inclusive um exercício de fé. Não posso ficar criticando o irmão pela sua forma de agir. Tenho antes de ver o foco em que coloca o seu agir. Tanto João como Jesus tinham como alvo o anuncio do Reino de Deus, a conversão dos homens, a reconciliação das “ovelhas” perdidas como gostava de se referir aos judeus afastados de Deus e, sobretudo, trazer mais e mais pessoas a conhecer a justiça divina. Mas cada um era diferente. Suas atitudes eram totalmente diversas. Um, podemos dizer, destemperado diante dos erros dos pecadores, o outro terno, sereno, como um pai, que buscava no companheirismo, na amizade, trazer para junto de si, os que até então eram pecadores. Cada um tinha uma forma de agir, de pensar, mas todos visavam o Reino.

Assim, amados irmãos, não sejamos tão infantis e descrentes das coisas que nos são apresentadas, que nos são colocadas frente a nosso julgamento. Vivemos em uma sociedade e dentro dela há muitos que agem diferente um dos outros. Cada um tem uma particularidade em sua forma de atuar. O que nos deve ser importante, o que deve nos preocupar, é o foco, é o fim realizado. Jesus criticava aos críticos. Aqueles que não aceitavam uma coisa e outra e falavam como crianças que se desafiam mutuamente. Devemos sim, respeitar os outros. É esta a nossa reflexão para hoje: o respeito. É esta virtude o nosso foco de hoje. Saber respeitar as atitudes dos outros é algo que só irá nos facilitar a nossa vida terrena. Se queremos ser respeitados em nossas idéias, em nossas formas de agir, devemos também respeitar. Podemos até ser críticos, mas críticos construtivos e não destrutivos. Respeito é a palavra chave para esse dia.


Na paz de Cristo...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

João Batista, o maior exemplo de evangelista

Salve amados de meu Pai, o Rei dos Reis e de Israel. A liturgia de hoje nos traz o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 11:11-15:


11. Em verdade, eu vos digo, entre todos os nascidos de mulher não surgiu quem fosse maior que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele.
12. A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo.
13. Pois até João foi o tempo das profecias — de todos os Profetas e da Lei.
14. E, se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir.
15. Quem tem ouvidos, ouça.

Esta passagem das Escrituras vem mais uma vez falar de João, o batista, ou batizador, como muitos a ele se referiam. João que nasceu 6 meses antes de Jesus, seu primo, tinha como missão já profetizada por Izaias, de abrir os caminhos para a vinda do Cristo. Após o falecimento de seus pais, João foi viver no deserto e, a partir dali, começou a proclamar a aproximação do reino dos céus. Às margens do rio Jordão, João pregava a remissão dos pecados dos judeus, a conversão dos gentios e os “batizava” como forma de concretizar a reconciliação. Suas palavras eram ouvidas por muitos, inclusive nobres do reino e sacerdotes. Sua fama corria Jerusalém. Ele era o profeta de Deus, mas muitos acreditavam que era o Cristo por Deus enviado. Quando era indagado a respeito, João era enfático em negar dizendo que Aquele que viria seria maior que ele que não era digno, sequer, de lhe amarrar as sandálias. Antes do início da vida pública de Jesus, Ele, o filho de Deus, foi ao encontro de João e pediu-lhe que lhe batizasse. Mas foi preciso insistir muito com ele, pois João recusava tal tarefa julgando-se indigno de “batizar” o Redentor.

Nos versículos anteriores a estes, Mateus relata que João havia sido preso e alguns de seus seguidores foram levar tal notícia a seu primo, Jesus. Após ficar sabendo da prisão e de os seguidores de João terem se retirado, Jesus falou aos que estavam ao redor e escutaram falar de João, tecendo os maiores elogios que alguém poderia vir a receber do próprio Cristo. A exaltação de Jesus a João, o coloca no rol dentre os maiores profetas, mesmo os que lhe haviam antecedido, chegando a compará-lo a Elias. Jesus vai dizer que ninguém no mundo era maior de João. Entretanto, no Reino dos céus o menor seria maior que aquele profeta.

Mas o que Jesus quer dizer-nos com isso. Seria uma simples exaltação a um parente que muito admirava? Jesus chega a até compará-lo a Elias, um dos maiores profetas que haviam precedido a João, em alusão a profecia do retorno daquele que iria anunciar a vinda do Messias (Malaquias 3: 23). O quão grandioso foi João, que arrancou eloqüentes elogios do Todo Poderoso? Quem foi João, o que fazia este homem de tão esplendoroso? E eu lhes digo. Nada de mais. Apenas um homem temente e fiel a Deus e acima de tudo, implacável no anuncio da Palavra.
As Escrituras nos dão conta de que João foi um homem muito humilde e simples. Filho de um pequeno sacerdote e uma serva dedicada ao Templo, sua vida foi pautada dentro dos ensinamentos religiosos. A história nos conta que João teria iniciado sua vida religiosa por assim dizer depois da morte de seus pais. Primeiro teria falecido Zacarias, obrigando a João e sua mãe a mudarem de cidade para uma com maiores recursos, inclusive de trabalho para o sustento familiar. Com o falecimento da mãe, João então doa todos os seus bens e vai iniciar a sua missão de anunciador do Reino. Sua vida religiosa foi influenciada pelos escritos a respeito de Elias, chegando ele a copiar o uso de vestes obtidas de peles de animais. João, em sua missão, nunca temeu a morte. Pregava com vigor a transformação dos homens, a fim de preparar seus corações para o Salvador. Não poupava os lideres religiosos ou políticos, que escravizavam o povo. Pregava a justiça a todo custo e bradava contra os impuros. Isto fazia com que João fosse odiado por uns e amados por outros. Mas todos de certa forma o respeitavam. O próprio rei da época, que era alvo das críticas de João, titubeou antes de cumprir a promessa feita a sua enteada.
Este foi João. Um perfeito seguidor das Palavras de Deus. João foi isso. Só isso. Simplesmente isso. Eu gostaria de ser como João. Não para receber também elogios do meu Salvador, mas gostaria de pregar com rigor a Palavra. Não temer os homens e lutar contra injustiças. Não. Eu sou pequeno demais para isso. Até tento. Mas não consigo. Eu é que não sou digno de amarrar as sandálias do precursor de Jesus. João fora o maior dos profetas já existentes. E o maior dos homens que já existiu e anunciou a Cristo. Peçamos, assim, ao Senhor nosso Deus, que nos prepare, que transforme e fortaleça os nossos corações. Que nos torne humildes. Que nos torne dignos de receber as graças dos céus. Peçamos a Ele que nos tome pelas mãos e nos guie, de forma a não temermos nenhum mal que por ventura se volte contra nós. Que Ele derrame sobre nós sua unção para que possamos firmemente anunciar a boa-nova do Reino, afinal o menino Jesus está às portas de seu nascimento e o mundo precisa recebê-lo, saber a que virá. Que possamos ser estes anunciadores do menino Deus. Que nos façamos, sempre, o menor dos homens para que o Senhor Jesus cresça.

Na paz de Cristo e no amor de Maria, rogando para que o Senhor nosso Deus esteja sempre conosco...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Montando o seu presépio

Salve meus queridos, estou de volta mais uma vez neste dia, agora para falar de um dos símbolos do natal, ou melhor, de um dos símbolos que reúne vários significados.

Hoje estava na Comunidade Coração Novo, da qual sou um dos colaboradores, e me deparei não com um, mas com alguns presépios montados e distribuídos pelos cômodos da casa. Nesse momento, me dei conta que até então não havia montado o meu presépio, embora já estejamos hoje no término do 9º dia do mês de dezembro.

Enquanto observava aquelas estruturas montadas, me veio a mente a reflexão do significado de se montar um presépio, afinal, esta é uma prática que fazemos em nossos lares há muito tempo. Contudo, muitos de nós o fazemos – montamos um presépio - em virtude da tradição, afinal, “cristãos” que somos todos em virtude do batismo que nos realizam no nascimento, temos em nossas vidas os símbolos religiosos que nos remontam a datas importantes e significativas como é, por exemplo, o natal. Fazendo isto por pura tradição, não nos apercebemos na simbologia que existe em cada momento retratado na estrutura de um presépio. E é sobre isto que quero falar um pouco neste post.

Nos conta a história que Francisco, de Assis, montou o primeiro presépio que se tem notícia. Conseguiu alguns apetrechos e levou para a floresta a fim de explicar o sentido do natal aos camponeses e outras pessoas humildes que muitas vezes ficavam fora das celebrações litúrgicas. O presépio foi todo montado a partir dos relatos dos evangelistas que revivem em nossas mentes o momento do nascimento do Cristo. Então vamos ver.

Como sabemos, Jesus não nasceu na terra de seus pais como seria o mais acertado. O Rei Herodes, sabendo que um “rei” nasceria dentre o povo, se coloca a tentar matar aquele menino tão logo nascesse. José, alertado pelo anjo de Deus, pega Maria e se coloca a viajar para outra cidade para fugir da ameaça e perigo eminentes.

Começamos a pensar aqui. Há 2009 anos nascia o menino Jesus e por força do destino, para fugir da Sua destruição, Ele é obrigado a nascer fora de sua cidade. Como estamos no preparo da “cidade” de Jesus para o seu nascimento? Se Jesus naquela época nasceria em uma determinada cidade, hoje Ele tem nascimento dentro de nossos corações, no nosso interior. Como estamos preparando a casa de Jesus hoje para que Ele nasça? Será que sempre temos de obriga-lo a viajar milhares de quilometros para que novamente não seja crucificado, não seja morto?.

Pois bem, José e Maria viajam e já tendo anoitecido procuram, sem sucesso, um canto, um lugar para pousarem, mas batem de porta e porta e não encontram um lugar. Ao casal, é oferecido um estábulo ao lado de uma estalagem. Mais uma vez vemos Jesus sendo rejeitado mesmo antes de nascer. Se antes o demônio já buscava por derramar seu sangue, agora o povo não o recebe. Será que ninguém está vendo o sofrimento de uma mãe que encontra-se as portas de dar a luz? Talvez até o vejam, mas seus corações estão por muito endurecidos a ponto de não se pertubarem com os gemidos que certamente Maria estava soltando por se aproximar as dores de um parto.

Ah, pobre casal santificado. Mas poucos ou ninguém sabia o quanto de riqueza estavam trazendo consigo. Mas eles, Maria e José, sabiam e por isso aceitaram os desígnios de Deus. E no meio dos animais e de outros apetrechos usuais em um curral, puseram a se preparar para a vinda do Salvador, do escolhido para ser o salvador do povo. E ali, naquela noite, nasceu o nosso Rei Jesus. Um nobre dos céus nasce na simplicidade, no meio de seu povo que nem se apercebe disso. Não nasce em palácios ou outros lugares luxuosos como muitos acreditavam que viria ao mundo. Mas na pobreza e os animais são o símbolo disso. Ha também um anjo e alguns pastores no retrato do nascimento do Cristo. Eles também significam essa simplicidade. O anjo é o emissário de Deus. Através dele, Deus acolhe a todos e chama-nos a ser testemunhas vivas da Sua criação. E nós? Nós nos propomos a ser testemunhas do nascimento de Cristo ou preferimos ficar quentinhos dentro de nossas estalagens aquecidas? Aonde pretendemos estar? Vamos ouvir o chamado de Deus através de seus anjos? Preferimos fechar os ouvidos dos nossos corações?

Paralelamente ao nascimento de Cristo, ou melhor, fazem parte ainda da ilustração, uma estrela e três “reis”. O evangelista Mateus relata que “tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém”. Mateus não diz quantos eram, nem que eram reis. Mas a história da época nos mostra que no oriente os sacerdotes também eram considerados “reis”. Mas isto não é o importante. O importante mesmo é a estrela de cinco pontas e os viajantes do oriente que chegavam para adorar ao Senhor. Magos. Não judeus, mas magos, é como Mateus se refere a eles, talvez querendo aí demonstrar que os povos pagãos, que não-judeus acreditaram na vinda de um Salvador da humanidade. A estrela de cinco pontas teria um significado de todo especial de nos situar geograficamente. Cada ponta siginifica um ponto cardeal: norte, sul, leste e oeste, convergindo a uma ponta central, a que indica o céu que significa o Senhor Jesus. Vemos assim que desde o nascimento do menino Deus, já estava traçado o seu e o nosso destino. Jesus viria a ser desprezado pelo seu povo, pelos judeus, sendo reconhecido entretanto, por nós, não judeus, povos pagãos, de cultura e adorações próprias. Esta é uma das reflexões neste dia. Não importa aonde estejamos, não importa o que vivemos hoje em dia. Se reconheçemos em Jesus a superioridade de Deus, devemos convergir para esta verdade, para a Verdade que nos indica o céu, que nos leva para Deus. Devemos assim nos converter aos ensinamentos de Cristo. Escutar suas Palavras e colocá-las em prática. Abdicar dos velhos constumes e aceitar a nova forma de vida que Jesus coloca a nossa disposição: a virtude em busca da Santidade. Sigamos a estrela de Belém e nos coloquemos a adorar ao Senhor Deus menino.

Mas um dos maiores simbolos presente no presépio é a manjedoura. E o que é uma manjedoura? É o artefato utilizado para colocar a ração, a comida do animais. A manjedoura foi utilizada como berço do menino Deus. E o que isso significa? Significa que desde seu nascimento aquele menino já estava predestinado a se dar em alimento ao seu povo. Nascia ali o pão que viria a saciar nossa fome. E isso Jesus viria a nos dizer mais tarde como relata João 6.51 “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo”. Neste ponto pergunto: qual será o nosso alimento nesta noite em que celebramos o nascimento do nosso Salvador? Do que vamos nos alimentar nesse dia? Vamos nos empanturrar das guloseimas que tradicionalmente colocamos em nossas mesas ou vamos procurar nos fartar do pão vivo que neste momento está nascendo para nos dar o sustento que nossas almas precisam?

Se você, como eu, ainda não montou seu presépio, quando o fizer, vá colocando peça por peça e medite no significado rico de cada uma. Se você já montou, então pare diante dele, analise a posição de cada membro daquela representação e ore. Ore pedindo a Deus que lhe ajude a montar em seu coração o seu presépio. Como fez com os magos, mostre a você o caminho para se chegar até Aquele que vem nos indicar o céu; que Deus prepare em você a manjedoura que vai receber o pão vivo que desce do céu, saciando-lhe da fome de justiça; como aos pastores, conceda-lhe a graça de poder ser testemunha de Sua obra. Pensemos nisto e nos convertamos a um verdadeiro natal cristão.

Na paz de Cristo, e no amor de Maria e José...

Jesus, o alívio dos nossos fardos.

Amados, a paz.

A Palavra de hoje está contida no Evangelho de Cristo, segundo Mateus 11: 28-30:
28. Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso.
29. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós.
30. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.


As promessas de Deus. Oh Senhor, obrigado pela sua benevolência. A passagem de hoje nos remete ao momento em que Jesus está acabando de enviar seus 12 aos povos distantes, com a missão de evangelizar, curar os doentes e enfermos e expulsar demônios. Mas após este envio, Jesus não fica inerte à missão e continua pelos arredores pregando nas cidades próximas. Em virtudes dos descrentes de que fosse o Cristo, Jesus profere seu discurso mais rígido, profetizando à respeito do juízo final, sobre as conseqüências a serem sofridas por aqueles que não se converteram ou se reconciliaram com Deus e cita, para tanto, exemplos de cidades cujos povos pagãos haviam crido na vinda do filho do homem, sem que se tivesse, naquelas cidades, feito tantos milagres quanto os foram realizados para os judeus. Ao povo que o seguia Jesus ainda continuou chamando-os para Ele, para poder lhes dar as suas graças.

Jesus é o filho de Deus vivo. Jesus é o Pai de amor e generosidade. Sua benevolência não tem fim. E aqui acho que podemos ver isto um pouco. Mesmo após condenar aqueles que o rechaçavam, Jesus não desistiu do povo. Ainda teve complacência dos oprimidos e os chamou mais uma vez para perto deles. E dizia-lhes que tomassem sobre eles o Seu jugo pois que este era suave e o seu fardo, que era leva. E dizendo-lhes isto, exortava-os a caminhar junto a Ele.

Segundo um dicionário Cristão, jugo era uma peça pesada de madeira, colocada no pescoço dos animais para fazê-los trabalhar em conjunto, nas lavouras, em arados ou puxando carroças. Era o que vemos hoje em dia no interior, principalmente de Minas Gerais com os carros de bois, ou mesmo com as carruagens de cavalos. O jugo significava escravidão, submissão e aquele povo, mesmo “liberto”, não se encontrava livre pois vivia sob o “jugo” não só dos romanos como também daquelas classes de judeus mais dominantes, abastadas, intelectual e financeiramente, cujos corações se vendera aos inimigos do seu povo.

Mas o que seria o “jugo” de Cristo? Se jugo era uma “amarrra” que prendia os animais, então Jesus também queria prender o povo. E como, aonde, “prender” os homens segundo Cristo? Com seus mandamentos, com seus ensinamentos. Este era o jugo de Jesus. Era isto que Jesus se referia quando chamou aqueles homens: “Sejam meus seguidores. Tomem as minhas Palavras. Elas não são tão difíceis de serem seguidas, de serem obedecidas. E a recompensa por seguir-me, é a vida eterna de paz. Digo isso pois sou benevolente e amoroso para com todos os que me seguem.”

E como você está? cansado? Desgastado pelo tempo? Não consegue entender por que coisas as vezes desagradáveis estão acontecendo a você? Está a ponto de desistir? Perdendo sua fé?
Amados irmãos, Jesus hoje novamente nos chama a estar a seu lado. Hoje Ele está vendo nosso cansaço, nossos desgastes com tantas preocupações, necessidades, tantas coisas que nos colocam pra baixo, que nos prendem na tristeza, no desanimo, tornando-nos deprimidos. Mas Jesus vem nos dizer que sigamos a Ele. Que ouçamos suas Palavras de vida eterna, de alegria, de uma felicidade eterna. Ouçamos e a coloquemos em prática. Que a tomemos por jugo. Jesus dizia: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos” (João 14.15) Mas como é um jugo leve, seremos suficientemente capazes de suportá-lo, sem que caiamos no desgaste. E Jesus sabe disso. Ele nunca nos coloca nada que não possamos suportar.

Interessante é notar, ainda, um pequeno detalhe: o jugo é uma peça de madeira que se utiliza para atrelar DOIS animais. Ora, mas e o que tem isso? Isso quer dizer que ninguém está sozinho ou deve-se fazer sozinho na caminhada, no trabalho, no seguir a Cristo. Em uma primeira missão Jesus enviou seus discípulos DOIS a DOIS a pregar a boa nova e curar os doentes; na passagem da Cruz vemos novamente a figura da duplicidade quando Jesus cansado pelas circunstâncias é ajudado pelo jovem Cirineu. Paulo nunca esteve sozinho em sua jornada, sendo acompanhado, inclusive na prisão, por um dos seus irmãos em Jesus. Muitas outras passagens temos na bíblia onde vemos a presença de dois ou mais na caminhada, onde vemos que o jugo de um é partilhado por outro. Com isto, Cristo nos exorta a não sermos só. A estarmos sempre em comunidade, seguindo a seus mandamentos, indo pelo mundo e pregando o evangelho. Deus não nos criou para andarmos só. “Onde dois ou mais estiverem reunidos”, Ele se fará presente (Mateus 18.20). E por que isso? Para que não venhamos a desanimar. Para quando estivermos cansados e quase perdendo as esperanças, nosso par possa nos ajudar e isto mutuamente.

Assim amados, não estejamos nunca sozinhos nesta caminhada. Caminhemos lado a lado aos nossos irmãos. Tomemos o jugo que nos é ofertado por Jesus e sejamos seus discípulos, seus seguidores. As nossas recompensas são as graças alcançadas por guardarmos seus ensinamentos, seus mandamentos. Por seguirmos um caminho reto em direção a luz que é Cristo.

Novamente eu lhes pergunto: como você está se sentindo hoje, meu irmão? Cansado? Sentindo-se humilhado? Venha comigo. Escutemos a Jesus em nossos corações e o sigamos.

Na paz de Cristo...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Fiat... "faça-se".

Amados, o Evangelho proposto para hoje, de Jesus Cristo segundo Lucas 1: 26-38:

26. † Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27. a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria.
28. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo”.
29. Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
30. O anjo, então, disse: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus.
31. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai.
33. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
34. Maria, então, perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?”
35. O anjo respondeu: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus.
36. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril,
37. pois para Deus nada é impossível”.
38. Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo retirou-se.

Prezados e amados irmãos, hoje é dia 8 de dezembro e, para nós católicos, dia de festa, dia de guarda, dia em nos voltamos para a celebração em honra ao virginal coração de Maria. Hoje é dia da Imaculada Conceição. O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, estabelecendo na igreja católica que Maria foi concebida sem mancha de pecado original.

"Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus onipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente crida por todos os fiéis."

As celebrações desta terça-feira, dia 8 de dezembro, estão voltadas em honra à Imaculada. A virgem sem mancha, livre do pecado original. O Papa Bento XVI nos chama a contemplar a beleza da obra de Deus na vida dos homens através de Maria, recordando-nos que Maria é uma "Mãe que partilhou as fadigas cotidianas de toda mulher e mãe de família", mas é uma mãe totalmente singular, escolhida por Deus para gerar o seu Filho unigênito: por isso foi "preservada de toda mancha de pecado". (Fonte: Radio Vaticano, em http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=340347)

Não foi por outro motivo que o evangelho de hoje nos traz a reflexão o início da concretização da obra do Pai, ao enviar seu anjo para anunciar à Maria, que ela teria sido escolhida para gerar em seu ventre o Filho de Deus. “Fiat”, faça-se, faz em mim a tua vontade. Estas foram as palavras daquela menina que a história revelou ter apenas 15 anos à época, criada desde seu nascimento dentro dos mais rígidos padrões da educação. Filha de Joaquim e Sant´Anna, Maria estava predestinada a algo grande. Sua mãe era estéril e por ser censurado por não ter filhos, Joaquim se retirou para o deserto a fim de meditar e orar. Seus pedidos foram ouvidos por Deus que permitiu a Sant`Anna conceber Maria. Aos 3 anos foi oferecida ao templo de Jerusalém e ali permaneceu como serva fiel e temente a Deus até os 12 anos de idade, quando, após o falecimento de seu pai, mudou-se de cidade. Assim vemos que Maria esteve todo tempo sob a guarda do Altíssimo, sendo preparada devidamente para trazer ao mundo o nosso Salvador. O “sim” de Maria é algo que é da essência daqueles que são preparados para Deus e por Deus; Maria é prova disso. Em nenhum momento nos conta a história que Maria tenha titubeado, tanto na aparição do anjo, quanto no que se revelava a ela. Aquela menina de apenas 15 anos prontamente atendeu ao chamado Divino entrando para a história da Salvação, trazendo em seu ventre o menino Deus que lembramos nesta época do ano.

Estes são os princípios da nossa devoção no dia de hoje. Ver em Maria, a virgem imaculada, de coração puro, humilde e contrito, um exemplo maior de serva fiel e temente a Deus. Antes da fé em Maria, devemos TER A FÉ DE MARIA e, atentos ao chamado de Deus, também dar o nosso “sim” para a realização de Suas obras.

Amados irmãos, assim como Maria, Deus nos escolheu e nos reservou desde pequenos para sermos os realizadores de Seus desejos, de Seus propósitos. Paulo vai afirmar isso na sua carta aos Efésios (1, 3-6) “Nele (em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor. Conforme o desígnio benevolente de sua vontade, ele nos predestinou à adoção como filhos, por obra de Jesus Cristo, para o louvor de sua graça gloriosa, com que nos agraciou no seu bem-amado”. A medida que teimamos em não ouvir o Seu chamado, que teimamos em dizer “não” a Seus pedidos, estamos rechaçando ao próprio Deus de nossas vidas e certamente atrasando Seus propósitos. Assim neste dia de hoje paçamos a Deus um coração límpido, curado, sarado e que renove em nós constantemente nossa fé de forma a jamais perdê-la. Sejamos crentes nas promessas do Todo Poderoso. Vamos dar sempre o nosso “sim” a Ele para que possamos receber as graças de “gerar” em nossos ventres, em nossos corações, todos os dias de nossas vidas, aquele que virá a redimir o mundo de seus pecados. Que possamos servir a Deus, com amor e dedicação, predestinados que somos para isso.

Peço licença aqui para reproduzir a letra de uma canção composta por Bruno Camurati e Karen Melo e cantada pela Banda Dom, do meu amigo Augusto que traduz com perfeição aquilo que foi o “sim” da nossa Mãe Maria:

Chamas por mim, ouço tua vozQue queres de mim, ó meu Senhor?Estou aqui, ao teu disporServo fiel à tua vontade eu sereiTeus planos vão além do que eu possa entenderQuem sou eu pra merecer tantas graças assim?Meu sim eu quero te dizer, querer o teu quererE assim viverPois eu já não posso maisCalar a voz que grita em mim
FiatFaça-se, faz em mimQuero que faças simTua vontade, simFaz em mimQuero que faças sim
Simples mulherPura e fielComo tua mãe eu quero serSilenciar diante de tiE guardar tudo dentro do meu coraçãoNão quero que a embriaguez dos vinhos que bebiMe impeça de provar o sabor do teu vinho novoSede nunca mais terei, contigo posso sempre renascerEu sei, já não posso mais.Calar a voz que grita em mim


Na paz de Cristo e no Amor, com a Fé e Devoção DE Maria,

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A cura de Cristo

Amados, a paz. O Evangelho proposto para hoje vamos ver através do relato de Lucas Lucas 5:17-26

17. Num desses dias, ele estava ensinando na presença de fariseus e mestres da Lei, que tinham vindo de todos os povoados da Galiléia, da Judéia e de Jerusalém. O poder do Senhor estava nele para fazer curas.
18. Vieram alguns homens carregando um paralítico sobre uma maca. Eles tentavam introduzi-lo e colocá-lo diante dele.
19. Como não encontrassem um modo de introduzi-lo, por causa da multidão, subiram ao telhado e, pelas telhas, desceram o paralítico, com a maca, no meio, diante de Jesus.
20. Vendo a fé que tinham, ele disse: “Homem, teus pecados são perdoados”.
21. Os escribas e os fariseus começaram a pensar: “Quem é este que fala blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, a não ser Deus?”
22. Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou: “Que estais pensando no vosso íntimo?
23. Que é mais fácil, dizer: ‘Teus pecados são perdoados’, ou: ‘Levanta-te e anda? ’
24. Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra, — e dirigiu-se ao paralítico — eu te digo: levanta-te, pega tua maca e vai para casa”.
25. No mesmo instante, levantando-se diante de todos, pegou a maca e foi para casa, glorificando a Deus.
26. Todos ficaram admirados e glorificavam Deus, cheios de temor, dizendo: “Vimos hoje coisas maravilhosas”.


Irmãos, o evangelista começa esta passagem relatando um dos dias em que Jesus pregava ao povo, e os doutores das leis e também fariseus se colocavam a escutá-lo. Diz Lucas que estes viriam de todos as cidades da Galiléia e Judéia, demonstrando o quanto a fama de Jesus e seus milagres de cura já teria alcançado há muitos. E nisto Lucas é enfático: O poder do Senhor estava nele para fazer curas. Jesus era cheio da unção. E isto trazia até ele todo tipo de gente, inclusive aqueles que não acreditavam que poderia realizar tais milagres e queriam vê-lo desacreditado, afinal, Ele se dizia filho de Deus.

Ao final da passagem, após ter curado um paralítico e ser interpelado pelos doutores da lei em virtude disso, Lucas vem nos dizer que “todos” ficaram admirados e glorificavam Deus, cheios de temor, dizendo: “vimos hoje coisas maravilhosas”. Questão: “todos” a quem o evangelista se refere também incluía os fariseus e doutores da lei ou estes eram excluídos em virtude de serem o grupo contrário a Cristo? Acho que não. Mateus vai nos dizer em seu evangelho a mesma coisa: “todos”. Logo, todos, inclusive doutores e fariseus glorificaram a Deus pelas maravilhas que viram. Mas aonde quero chegar com esse questionamento? E eu digo: na fé. Quero aqui distinguir o fato de se ter fé e glorificar a Deus pelas maravilhas que nos apresenta e o fato de somente dar glórias após se ver as coisas maravilhosas.

Vemos em todas as passagens bíblicas de cura que esta era precedida da fé. Deus curava através de Cristo por meio da fé do enfermo. “sua fé te salvou,” “Senhor, se queres, tens o poder de curar-me” eram algumas das frases mais ditas diante de Jesus. Em Hebreus temos a definição do que vem a ser fé que é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. Ou seja, fé é acreditar, é ter certeza de que as coisas irão acontecer, ainda que eu nunca tenha visto acontecendo. Tomé agiu como muitos. Só acreditou, ou disse acreditar, depois que tocou as chagas de Cristo. Mesmo que diversos irmãos tenham lhe dito que Jesus ressuscitara, Tomé permaneceu infiel as promessas de Jesus. Assim para mim, a fé é a coisa mais importante, mais primordial para que eu venha alcançar as graças de Deus.

Como anda a nossa fé? Será que estamos acreditando nas promessas de Deus, nas suas curas somente após vê-las realizadas? Adquirir a fé, meus amigos, não é um caminho fácil. Somos humanos. Não descrentes, mas humanos, e cheios de falhas. Pedro tinha fé mas as vezes se deixava abater como vimos na passagem do barco no mar, mas ele também chegou a caminhar sobre as águas. Diz a bíblia que os discípulos foram enviados para pregar a boa-nova e curar os doentes e expulsar os demônios e assim fizeram a muitos. O que foi isso se não a fé? Cristo esteve ao lado de cada um discípulo em suas jornadas? Não. Eles pregavam, curavam e expulsavam os demônios em nome de Jesus. Eles se apresentavam ao povo não em nome próprio mas em “nome de Jesus”. E o povo que era curado cria nisto. Isto é fé. No caso deles, de ambos os lados, tanto dos discípulos em acreditar que poderiam também fazer as mesmas coisas que Jesus, quanto do povo que não estava vendo o Salvador diante deles, mas Seus seguidores.

Assim meus queridos, hoje é o dia em que Jesus nos chama a atenção para nossa fé. A fé em suas promessas de cura para nós. Não façamos como a maioria do povo e demos glórias somente pelo que vemos, mas sim, pelo que ainda não vemos, pelo que ainda não obtivemos mas temos a certeza que o Senhor Deus irá nos conceder, realizar em nossas vidas. Sejamos audaciosos aos olhos humanos. Jesus concedia a cura quando via a fé dos que o seguiam. Mostremos pois nossa fé Naquele que pode nos curar, nos proteger. Tenhamos fé no Senhor da Justiça e nossa justiça se realizará.

Fé. Fé que a tua hora vai chagar. Fé que as promessas de Deus vão se cumprir. E Comecemos desde já a glorificar ao Rei dos reis. Esta é a palavra de ordem para hoje.

Na paz de Cristo e no amor de Maria.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Batismo reconciliador

Amados, a paz. A liturgia proposta para hoje está contida no Evangelho de Lucas 3, 1-6


1. No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe, tetrarca da Ituréia e da Traconítide, e Lisânias, tetrarca de Abilene,
2. enquanto Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, a Palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.
3. Ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados,
4. como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías: “Voz de quem clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele.
5. Todo vale será aterrado; toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas serão endireitadas, e os caminhos esburacados, aplanados.
6. E todos verão a salvação que vem de Deus”.


Irmãos, estamos vivendo a época do advento, do tempo de preparo e entramos hoje na segunda semana. Nesta etapa, a igreja nos chama a refletir em João, o Batista e no seu ministério que não foi outro senão o de preparar o caminho para a chegada daquele que viria redimir a humanidade, do filho de Deus vivo.

João pregava a conversão dos corações e procedia ao batismo dos convertidos. Mas não eram tão somente judeus quem João reconciliava e batizava, afinal a Voz que Clama no Deserto era ouvida por muitos, judeus e também gentios. Muitos inclusive acreditavam que ele seria o Cristo enviado. Aos que lhe perguntavam à respeito, dizia o batizador que aquele que estava por vir era maior que ele e que não seria digno de amarrar-lhes as sandálias.

Interessante é a forma como Lucas nos transmite a Palavra. No início desta passagem, Lucas vai citar a todos que de certa forma detinham o poder, não só do reino, mas também espiritual, culminando por enfatizar que Deus buscou dentre um dos seus menores, no filho de um sacerdote de uma pequena aldeia de Jerusalém, para ser o anunciador da vinda de Jesus.

Assim amados irmãos, abramos nossos corações ao que Deus quer nos dizer nesta época. O fato de não ter sido um dos sumo sacerdotes nem qualquer dos governantes o delegado de Deus para anuncio da vinda do Cristo nos prova que não existe “maior” ou “melhor” aos olhos de Deus. Ele escolhe e capacita seus eleitos. Foi assim com João. É importante que estejamos com nossos corações aptos a ouvir a Palavra, a ouvir o Seu chamado.

É importante que venhamos a converter nossos corações, mudarmos nosso modos de agir e pensar e reconciliarmos verdadeiramenteo com Nosso Senhor e assim como João, prepararmos o caminho para sua chegada. Prepararmos o caminho em nossos corações e nos daqueles conosco convivem. Preparemo-nos para um Santo Natal.

Na paz de Jesus.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Natal. o Maranathá

A Paz, de Cristo.

O Evangelho proposto para hoje é o contido em Mateus 9,35-38; Mateus10,1 e Mateus 10,6-8.

35. Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade.
36. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos:
37. “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!”
1. Chamando os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e de enfermidade.
6. Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!
7. No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’.
8. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!

Meus queridos, acho que quem aparece aqui pelo blog já deve ter reparado que não costumo aparecer por aqui aos finais de semana. Eu os tiro para um tempinho mais com a família e também com as obras da igreja ou da comunidade da qual eu e minha família colaboramos. O Ministério de um é compartilhado por todos aqui. Mas hoje eu decidi ler. Não só ler a Palavra mas também a partilhar com os amigos que acessam este espaço.

No evangelho de hoje temos um Jesus incansável, que está percorrendo as cidades e povoados de Jerusalém, ensinando em suas sinagogas e curando a todo o tipo de doente que lhe era trazido, pois tinha compaixão daquela gente. A fama de Jesus já era tão grande que uma enorme multidão se aglomerava por onde Ele passava. Daí Ele afirmar que a “messe” precisava de mais trabalhadores. Chamando seus 12 seguidores mais próximos, Jesus lhes transfere a unção da cura e os manda ir “ao mundo”, orientando-os, contudo, a primeiramente às “ovelhas” perdidas da Casa de Israel anuncia que o Reino estava próximo. Quanto aos seus feitos, orientou Jesus que não recebessem nada, absolutamente nada, pois que o poder lhes fora dado gratuitamente.

Irmãos, estamos na época do Natal de Nosso Senhor. Momento este em que tiramos para refletir (aliás, deveríamos fazer isto constantemente, mas o natal nos chama a isto mais propositadamente) sobre o que é a vinda de Jesus à terra. Jesus, o Cristo tão esperado, principalmente pelos Judeus, cujas escrituras já o anunciavam, viria a ser para aquele povo, o redentor, o salvador. Viria a ser o líder que levaria os judeus a vencer a guerra, a ter o poder, a ser uma nação. Os judeus estavam naquela época sob o domínio de Roma, dos Romanos que dominavam quase todo o mundo. O Cristo que pediam para ser enviado seria então o libertador desse povo.

Mas Jesus vem e nasce sem que ninguém saiba quem o é. Jesus vai nascer no meio dos pobres, totalmente desamparado de qualquer estrutura para sua vinda ao mundo, nem sua nem de nenhuma criança. Nasceu num estábulo, ao lado de animais e sua primeira cama foi uma manjedoura, um “comedouro” dos bichos. E no meio dos pobres vai crescer. Mas ali no meio dos pobres é que vai tomar os primeiros passos de sua educação. Não só a educação intelectual mas também a espiritual.

Certamente, em matéria de educação, o material humano fornecido a Jesus foi magnífico, pois ele via a situação de um povo que, mesmo desesperado, tinha a esperança, a fé nas escrituras que anunciavam um Cristo que viria salvar-lhes. E neste meio Jesus cresceu. Cresceu, se fez homem e apareceu ao povo. E o povo então via surgir naquele homem a sua esperança. O Enviado pregava em todos os cantos, falava dos problemas das pessoas, curava os doentes, expulsava os demônios, enfim, Jesus levava ao povo toda a sorte das graças de Deus. Mas infelizmente, muitos que viam aquilo não se agradavam. Achavam que o Enviado de Deus viria libertar o povo da escravidão lutando com os opressores, liderando uma revolta. E não era isso que viam. Viam um homem sábio, humilde, que falava de paz e harmonia. Falava de enfrentar as dificuldades com paciência, com calma e tranqüilidade. Falava em tratar bem os diferentes e ajuda recíproca de todos. Ensinava conceitos de virtude, honra e moral, sem levantar um pingo de voz, contra aqueles que o rechaçavam, contra seus opositores. Este era o Enviado de Deus. Este era seu filho amado. Um homem bom tranqüilo, sereno e agora o vemos aqui como o piedoso.

A Palavra de hoje nos diz que Jesus tinha compaixão. E se compadeceu do que via. Teve piedade da grande multidão que o procurava e passava horas lhe ouvindo e sendo curados. A multidão era tanta que Jesus mesmo se via impossibilitado de realizar o trabalho sozinho, de realizar essa tarefa somente Ele. (Não vou e nem quero entrar no mérito da discussão de que, sendo Ele, Deus, poderia num estalar de dedos “curar” a todos. Poderia também ter descido da Cruz, já pensaram?) E por isso chamou 12 de seus seguidores e os enviou em auxílio, transferindo-lhes o Poder, ungindo aos discípulos para curar os doentes e enfermos e libertar os cativos dos demônios. A palavra não diz, mas resta claro que a unção permitia-lhes também ressuscitar os que já estavam mortos. Jesus não chamou ninguém para guerrear, para entrar em luta com os romanos ou com os opressores que haviam saído das entranhas de Israel. Jesus os enviou para salvar seus espíritos, suas vidas. Para tornar um povo forte, regenerado, livres das amarras da vida, dos problemas, de tudo. Jesus não veio para transformar pobres em ricos e destituir reis. Jesus veio para dar “vida” ao povo. Veio para lhes dar a esperança para lutar, para trabalhar, para vencer com dignidade.

Esse foi o Enviado por Deus. Este foi o Cristo que veio para a “casa de Israel”, para “resgatar as ovelhas perdidas”, converter o povo escolhido, para dar-lhes a salvação, para encher o coração daqueles de alegria. Mas muitos destes, pobres gentes, duvidaram que um “pobre” homem que era “mortal” pudesse ser o Enviado, ser o Libertador do povo oprimido. E por isso deixaram passar a sua benção. Não escutaram e nem quiseram saber daquele homem. E ainda esperam até hoje o “seu” messias.

Mas nós que cremos, nós que conhecemos este Cristo maravilhoso que nos foi dado por herança, esperamos é o seu retorno. Esperamos a sua vinda gloriosa daquele que está sentado a direita do Pai. Isto é o que nesta época somos chamados a celebrar: o Maranathá. Mas para isso devemos nos preparar. Devemos estar preparados para receber no Salvador. Devemos estar preparados para o chamado. Devemos preparar nossos corações, nossas mentes para que quando Cristo voltar possamos ir com Ele para a Casa do Pai, para habitar a nova Jerusalém. Portanto, se você ainda não se sente preparado, anime-se. Converta-se. Liberte-se. Cure-se. Ele está voltando mas ainda há tempo para isso.

Vinde Senhor Jesus. A tua Igreja te aguarda ansiosa.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dá-me a visão

Salve amados, a paz do Senhor.

Hoje vamos meditar no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus 9:27-31.
27. Partindo Jesus dali, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem compaixão de nós, filho de Davi!”
28. Quando entrou em casa, os cegos se aproximaram dele, e Jesus lhes perguntou: “Acreditais que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor”.
29. Então tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”.
30. E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”.
31. Mas eles saíram e espalharam sua fama por toda aquela região.

Nos localizamos com Jesus tendo voltado a sua cidadela, para junto dos seus. Uma grande quantidade de aleijados, surdos e cegos, lhe seguiam. E Jesus curava a todos. Nesta passagem Jesus estava indo para casa, após ter ressuscitado uma menina e dois cegos pediam a Ele as suas curas. Mas Jesus seguiu seu caminho até dentro do lar e ali, vendo a insistência dos dois, indagou deles se estes teriam a certeza, acreditariam que Ele poderia curar-lhes. Ante a afirmativa escutada da suas bocas, Jesus apenas toca-lhes os olhos e por causa da fé de cada um, voltam a enxergar. E Jesus ainda vai advertir a eles: vão, mas cuidado para que ninguém fique sabendo. Mas eles foram e “espalharam sua fama por toda aquela região.”

Meus queridos amigos, hoje é sexta feira. A primeira sexta feira deste mês de dezembro, final do ano de 2009. Estamos vivendo a época do Advento e nos encaminhamos para a segunda semana. Como sabemos, o advento é o tempo da espera, da esperança, da vida. É o tempo de preparo, preparo para a vinda do nosso Salvador. Não só a relativa a passagem de seu nascimento, mas também ao seu retorno, o Maranathá em nossas vidas.

O evangelho de hoje, esta passagem que nos conta Mateus é interessantíssima e, a princípio, cheia de contradições. Ora, primeiro porque os dois cegos foram interpelados por Jesus quanto a fé deles na cura e depois o fato de terem ido, mas sob o alerta de não contarem nada a ninguém. Ora, Jesus como filho de Deus saberia muito bem o que se passava naquelas mentes, não necessitaria fazer tal indagação, afinal, eles estavam seguindo Jesus e diz a bíblia que “gritavam” implorando. Tão pouco também seria necessária a advertência, já que, curados, estariam felizes com o coração cheio, explodindo e isto já seria alvo de perguntas à respeito de tal alegria e fatalmente acabariam contando. De outra sorte, Jesus já estava realizando tantos milagres, não só pela sua cidade mas por toda a redondeza, sua fama já era conhecida e Ele sempre estava cercado de pessoas, que não há como não se ter a certeza de que naquele momento não havia mais ninguém por perto que não tenha visto a cena. De fato, certamente haveria, o que nos leva a razão de afirmar que seria indispensável o alerta de Jesus.

Mas o que nos importa hoje é analisar dois fatos narrados: primeiro, Jesus entra em casa e somente ali vai curar os dois homens que o haviam seguido pelas ruas gritando; segundo, o fato de como Jesus intercedeu por eles concedendo-os a tão esperada cura. O restante é dispensável para nós neste dia.

Meus queridos, diz a Palavra que os cegos seguiam a Jesus e aos gritos, no meio da rua e da multidão que o estava sempre cercando, imploravam a cura. Jesus não poderia ter curado estes homens aonde estava? Claro. Poderia muito bem ter se voltado para eles e transmitido a unção, dispensando logo de uma vez os camaradas. Mas não. Jesus vai caminhar até sua casa e somente ali é que vai devolver a visão àqueles homens, mas não sem antes ter a certeza de suas bocas, quanto suas crenças.

Amado irmão, hoje eu te pergunto qual a sua doença? há quanto tempo você está enfermo e clama pela volta de sua saúde? há quanto tempo você não vai à Casa do Senhor? E o não menos importante: você tem a certeza de que Jesus pode lhe salvar?

Esta é a mensagem de Deus para nós no dia de hoje. Nossas enfermidades poderão muito bem serem curadas. Nós poderemos muito bem deixar de sofrer, mas precisamos ter a certeza, ter a fé de que Deus pode nos curar e ir pedir-lhe isto, efusivamente, dentro de sua casa, ao invés de ficarmos clamando aos quatro cantos pela cura. Esse estar “dentro de sua casa” significa que precisamos estar em sintonia com Jesus, precisamos estar em comunidade, sendo parte desse Corpo Santo que é Cristo. A afirmativa de que fora da Igreja não há salvação poderia vir a calhar nesta reflexão pois sendo Cristo a nossa “igreja” fora dele não há cura, não há salvação. E é a isto que Jesus nos exorta, nos chama a atenção no dia de hoje: é o momento de irmos a “casa” do Senhor, é o momento de regressarmos ao templo vivo do qual estamos afastados. E ao voltarmos ao Pai, levemos conosco a nossa fé. A certeza de nossa cura. Não só a vontade, mas também a certeza de que teremos de volta nossa saúde que se perdeu, que deixamos de lado. Hoje, especialmente, peçamos a Deus que nos devolva a visão. Que nos abram os olhos para que possamos “ver” a Verdade. Que nos abram os olhos do coração, para que possamos ver a glória do Senhor.

Fé é uma das palavras de ordem para hoje. A fé, a certeza de que Jesus vai nos fazer voltar a “enxergar” é que devemos ter neste dia de hoje. E não tenhamos medo ou receio de “contar” para todo o mundo a cura que Jesus realizou em nós. Ele sonda nossos corações e portanto nos conhece muito bem. Somos humanos e uma alegria dessa seria incapaz de ser contida. É como o primeiro amor, que você quer, porque quer, que todos saibam que você está amando. E é isto que teremos a tendência de fazer sem preocupações. Falar aos quatro cantos do mundo sobre a cura que Jesus nos realizou, sobre as enfermidades que Jesus nos tirou, temos de dar testemunho, hoje e sempre, das maravilhas que Ele opera em nós, para que todos creiam Nele e glorifiquem o seu Santo Nome.

Esta passagem me lembra a letra de uma musica que gosto muito, da cantora Jozyanne: Abra, abra os meus olhos, dai-me a visão, eu preciso ver, eu quero ver, aquele que faz o milagre... Toca, toca em meus olhos, Abra os meus olhos, Quero olhar em sua face, Esse é o meu sonho, Ver a tua gloria, este é o meu sonho Atenda-me.

Só quem foi curado de uma “paralisia” e “cegueira” sabe como é. É uma alegria incontentável. Não dá para segurar dentro do peito. Esta é uma das razões pela qual hoje escrevo: eu estava cego e Ele me devolveu a visão. Hoje eu só quero falar das maravilhas que o Senhor fez em mim.

Com a Paz do Senhor Jesus...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Firmados em Jesus

Salve amados,

A Paz....

O Evangelho proposto para hoje está em Mateus, 7, 21,24-27

21. “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus.
24. “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha.
25. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída sobre a rocha.
26. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia.
27. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!”


Estamos aqui ao final do famoso “sermão das bem-aventuranças” ou “sermão das montanhas” onde Jesus pregou a uma grande multidão.nos arredores da Galiléia. Essa pregação de Cristo basicamente foi uma das primeiras ao povo e se referia ao anuncio das graças dos céus advindas de características desejadas por Deus e ensinamento de princípios éticos e morais, em sua maioria, em contraponto ao verificado nos corações humanos naquela época como a avareza, a injustiça, soberba, a hipocrisia, dentre outros. Ao final da sua homilia, Jesus vai dizer ao povo que não basta reconhecê-lo como Salvador, mas sim haverá de ser colocado em prática tudo o que acabara de ensinar e a ilustração que utiliza para tanto vem nos falar da prudência.

A história nos lembra uma outra que escutamos desde que somos pequeninos, que nossos pais nos contavam, a respeito do “lobo mau e os três porquinhos”. Embora irmãos, cada qual tinha um caráter próprio, mas havia um que era o trabalhador, o preocupado com a família, o totalmente responsável, enquanto os outros dois, totalmente descansados, preguiçosos, só se preocupando com suas satisfações pessoais e momentâneas. Como precisavam de abrigo, cada um construiu seu abrigo da formas diferentes. Os mais preguiçosos o fizeram de palha e outro de madeira e o terceiro, o precavido, construiu uma casa de alvenaria. O final da história todos conhecem. Veio o danado do lobobão e sedento para devorar os apetitosos porquinhos soprou e derrubou as cabanas de palha e madeira, afugentando-os para a casa do terceiro que, por ser feita de alvenaria, não conseguiu ser destruída pelo famigerado animal, fazendo desistir dessa idéia idiota. Conta a história que viveram felizes para sempre, sem contudo afirmar se teriam tomado jeito e procurado modificar suas atitudes.

Jesus vem nos contar justamente essa historinha. Do homem prudente. Daquele que vai construir sua morada sobre a rocha de forma que nenhuma tempestade ou outra ação da natureza será capaz de destruí-la. Mas o que Jesus vem nos ensinar no dia de hoje? Simples. Ouvir simplesmente a Palavra de Deus não é sinal da nossa salvação, antes, contudo, é necessário que ponhamos em prática tudo o que nos é ensinado por Ele. Assim não basta conhecermos o que disse Jesus, mas as obras também são importantes para salvação. Este é o sinal que aprendemos e com isso mudamos nossas condições de vida. É sinal que houve uma conversão. Mas como já disse anteriormente, a conversão deve ser diária. Não existe essa conversa de que bastou eu ir a missa ou ao culto em determinado dia da semana (para nós católicos recomenda a “igreja” que estejamos presentes à Santa Ceia ao menos nos domingos = sétimo dia = dia do Senhor = nosso Sabbah) e escutar a homilia e dar meia dúzia de esmolas que estarei salvo; quando chegar a minha hora, estarei com Cristo. Não meus queridos irmãos. Nada disso. Para que venhamos a ter a Vida Eterna, é necessária uma ação constante em nossas vidas. É necessário que haja uma condição de vida justa para todos, a começar por nós. É preciso que nos dispamos de toda a impureza dessa vida e coloquemos em prática a bondade, a prestação de serviço, o nosso “dar” em favor dos outros, o nosso “servir” como Cristo serviu. E isto é um exercício diário, afinal, vivemos cercados de “lobos-maus”, em todos os aspectos da vida, seja material, financeira, emocional, mental e espiritual. Tudo querendo nos tirar do caminho reto, querendo nos engolir. Por isso precisamos ser prudentes. Prudentes como o terceiro porquinho que construiu sua morada de alvenaria. Assim também devemos ser. Devemos construir nossa morada na rocha, em solo firme, e este solo, esta rocha, não é outra senão o próprio Cristo. Se “firme” na rocha estivermos, certamente seguiremos uma vida justa e regrada na graça do Senhor. Ser firme na “rocha” significa dizer que a minha vida será pautada em constante oração, não só dominicais, mas durante todos os minutos de minha vida. com fins de não permitir que o maligno, que os “lobos-maus” da vida venham conseguir derrubar a minha casa, a minha estrutura espiritual. É preciso buscar conhecimento bíblico. Ser firme na rocha, é não desanimar ante as dificuldades da vida ou ficar acomodado sem aperfeiçoar sua vida, significa dizer que estou tentando, e conseguindo a cada dia, colocar em prática os ensinamentos do Senhor, lutando contra as injustiças que sofrem nossos irmãos, construindo um mundo melhor não só para os meus filhos mas também para aqueles que ao meu lado estão, e assim um dia, poder habitar a Nova Jerusalém ao lado do Senhor Deus..

O Sermão da Montanha, ou das Bem-Aventuranças, são as promessas das graças de Deus para nós. Não percamos essas bençãos. Vigiemos sempre nossas atitudes. Cristo nos chama hoje a sermos prudentes. A vigiar. Ele está voltando. Estamos vivenciando o período da Volta do Senhor. Portanto, vigiemos para quando Ele voltar estejamos firmes na ROCHA, firmes em JESUS CRISTO.

Na paz de Cristo.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Partilhar é preciso

Salve amados,

O Evangelho de hoje está contido em Mateus 15: 29-37.

29. Partindo dali, Jesus foi para as margens do mar da Galiléia, subiu a montanha e sentou-se.
30. Grandes multidões iam até ele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Eles os trouxeram aos pés de Jesus, e ele os curou.
31. A multidão ficou admirada, quando viu mudos falando, aleijados sendo curados, coxos andando e cegos enxergando. E glorificaram o Deus de Israel.
32. Jesus chamou seus discípulos e disse: “Sinto compaixão dessa multidão. Já faz três dias que estão comigo, e não têm nada para comer. Não quero mandá-los embora sem comer, para que não desfaleçam pelo caminho”.
33. Os discípulos disseram: “De onde vamos conseguir, num lugar deserto, tantos pães que possamos saciar tão grande multidão?”
34. Jesus perguntou: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete, e alguns peixinhos”.
35. Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão.
36. Depois tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e os deu aos discípulos, e os discípulos † os distribuíram às multidões.
37. Todos comeram e ficaram saciados; e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.

Mais uma vez o evangelho vem nos contar a passagem em que Jesus vai se compadecer do povo que o seguia e preocupar-se com alimento para os seus corpos. Só que aqui temos algumas particularidades. Mateus nos conta em seu evangelho que anteriormente Jesus estava na sua cidade, perto dos seus. Ao tentar se retirar para um lugar deserto em virtude da tristeza que lhe abateu pela morte de seu primo, João, o Batista, Jesus foi seguido por uma grande multidão que queria lhe ouvir. Naquela época Jesus haveria de fazer o milagre da multiplicação dos pães alimentando 5.000 homens, fora mulheres e crianças, já que estas não eram computadas.

Nesta passagem Jesus vai para a região de Tiro e Sidonia que, conforme es Escrituras era uma região formada por não judeus, com cultos próprios. Daí podemos inferir que esta região era formada por gentios. Interessante notar a passagem em que uma mulher vai ao encontro de Jesus para que sua filha seja curada. Jesus insiste em dizer que Ele teria vindo única e exclusivamente para o seu povo, os judeus, para conduzir as “ovelhas” perdidas de volta ao rebanho. Mas a mulher foi firme em seu propósito e não deixou que sua benção passasse. Não deixou de crer que Jesus fosse o seu Salvador. Ela havia se convertido Àquele de quem só havia escutado falar. Diante da insistência da mulher Jesus decide curar sua filha e ainda permanece durante 3 dias nas redondezas, onde uma grande multidão – desta vez cerca de 4.000 homens – foram Lhe escutar e se convertendo, serem curados e libertos.

Acerca de Tiro e Sidonia, Jesus faz um comentário em Mateus, 11, citando esta região quando vai falar da fé do seu povo, dos judeus, pois que ainda diante de tantos milagres realizados no meio deles, não tiveram a fé em Jesus, não se converteram como ocorreu com o povo daquela região de gentios. “A multidão ficou admirada, quando viu mudos falando, aleijados sendo curados, coxos andando e cegos enxergando. E glorificaram o Deus de Israel.” Este testemunho Mateus nos dá no versículo 31 do capítulo 15.

Mas voltando ao momento do evangelho, vemos um Jesus misericordioso. Já neste momento, embora não tenha vindo para libertar outro povo que não os Judeus, teve compaixão dos não-judeus que o reconheciam Salvador. Os que eram trazidos aos seus pés, eram curados. E para saciar-lhes a fome do corpo, Jesus novamente vai fazer a multiplicação dos pães. Só que agora a Bíblia nos contabiliza o numero 7 – 7 pães distribuídos e 7 cestos de sobra. Ora, se Sete é o número da perfeição divina, estaria Mateus a indicar que com o feito de Jesus em curar e libertar um povo de não-judeus, estaria sendo “perfeita” a vontade divina? Talvez. O certo é que Jesus novamente nos mostra, mostra aos judeus que estavam por perto e aos não-judeus a importância da partilha, da divisão, de necessidade de se compartilhar o pouco que se tem com todos para que, assim, possam ser “alimentados”.

Estamos vivendo a época do Advento. Época em que devemos nos preparar para a chegada do dia em que celebramos o natal de Jesus. Rememorar o dia em que nasceu também para nós o Salvador. O dia em que as profecias começavam a concretizar-se no mundo. Mas, mais que celebrar o seu nascimento, devemos aos dias de hoje nos resguardar para a Sua volta, para o dia da promessa, em que Ele retornará: o Maranathá. Este deve sim ser o sentido do natal no meio de nós Cristãos. Nos prepararmos para a Vinda de Jesus, quando Ele nos guiará de volta a Casa do Pai. Paulo, um misto de judeus e gentio, já dizia não ser deste mundo. E nós também não o somos. Estamos aqui para cumprir uma etapa de nossas vidas. Nossa casa é no Céu, é na Nova Jerusalém a qual Jesus foi preparar-nos. Mas para que possamos atingir essa graça, devemos estar preparados. Devemos estar com nosso espírito em Jesus. Devemos estar afinados com seus mandamentos. E a partilha, a divisão, é um de seus ensinamentos que devem permear nosso dia a dia. Já partilhamos hoje com alguém menos favorecido? Ou mesmo com um igual? Já partilhamos a Palavra? Já dividimos um pão, uma roupa, um calçado? Já partilhamos um conhecimento, um talento nosso com aquele que precisa, que tem necessidade de nossa ajuda?

Pensemos nisso. Partilhar. Principalmente com “não-iguais” a nós. É o que nos ensina o Senhor Jesus no dia de hoje."

Na Paz de Cristo...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A banalização da fé

Salve amados, a paz.

Hoje trago até vocês uma noticia veiculada no dia de ontem, tendo sido manchete no portal de jornalismo G1, do conglomerado Globo: “Imagens do suposto esquema de mesada a deputados têm até oração

Noticia igual saiu em todos os veículos de comunicação do Brasil, e também deve ter sido manchete na mídia estrangeira. Os evangélicos repudiaram tal fato. E nós católicos, através da CNBB, também o fizemos. Mas isto não é fato isolado. Há pouco tempo atrás assistia um vídeo documentário onde traficantes invocavam a proteção de Deus em suas atividades marginalizadas. E por aí vai afora.

E o que prova-nos isso? Prova-nos o quanto estamos banalizando nossa fé. Hoje já esquecemos o maior dos mandamentos que é amar a Deus sobre todas as coisas, não tomando seu Santo nome em vão. Por qualquer coisa falamos no nome de Deus, para qualquer problema invocamos a proteção divina, para conseguir nossos desejos mais banais rogamos a Deus e até fazemos promessa.

Mas que Deus é esse que vemos sendo invocado, sendo adorado constantemente por aí? Será que é o Deus, o Adonai a quem o povo hebreu e nós por testemunho juramos adorar eternamente? Será que o meu Deus que eu conheço é o mesmo “deus” dos traficantes, dos políticos corruptos, dos fariseus, dos falsos profetas, pastores e padres? Quem é esse Deus? Será que é o JaveHaah que guiou Davi pelos vales tenebrosos e invocamos sempre para que nos guarde do mal? Acho que não. Sabemos que nosso Deus é justo. É um Deus de amor mas também um Deus que protege seu “povo” de todos quantos queiram lhe fazer mal. É um Deus guerreiro que luta à frente daqueles que caminham junto a Ele. Amados, é entristecedor vermos esse tipo de noticia nos jornais. É lastimável vermos a banalização do nome do nosso Deus.

Fariseus!. Hipócritas! Raça de víboras! Não são adjetivos por mim dados a essa corja de malfeitores. O próprio Jesus já se referia a esses calhordas na Sua época. Pois é o que são. Mas de quem é o erro? Será que o erro não é nosso mesmo? Será que não deveríamos vigiar mais para que estas coisas não viessem a acontecer? Será que não deveríamos educar mais os nossos jovens para que quando vierem a ser tornar adultos, eles o sejam verdadeiramente “homens” e “mulheres” de Deus”? Será que não banalizamos nossa fé e tentamos minorar nossos erros, fazendo equivalência dos pecados? “Não, isto não é tão pecado assim...” ou “... que mal há nisso, é só um pouquinho. Amanhã eu reponho...” ou “olha, não quero fazer fofoca, mas...”.

Quantas vezes não agimos assim? Será que realmente estamos sendo Cristãos com “C” maiúsculo, mesmo, como deve ser. Que orgulho eu posso ter de ser cristão se meus atos me condenam? Não, meus amados, não é o diabo quem me condena, não é aquele imundo quem aponta minhas falhas. São meus atos, sou eu mesmo, com minhas atitudes, com minha hipocrisia, com minha intolerância, com minha “desvalorização” da fé sagrada quem está errando. Sou eu quem esqueceu os princípios da fé que vem de geração em geração. Esqueceu o que é a verdade e quem É o Caminho e a Vida. Amados, Jesus está voltando. Vigiemos nossos passos. Ainda há tempo para uma verdadeira conversão. Não uma conversão de conveniência, de se usar uma camiseta com dizeres bíblicos, de simplesmente assistir a um culto ou a missa. Mas sim uma conversão de atitudes, de personalidade, uma conversão para a Verdade, a verdade de Deus, do Deus de amor e de Justiça que nos foi ensinado, do Verdadeiro Deus Vivo e não de um demônio feito de bronze, de barro ou gesso, pois deve bem ser esse “deus” a quem esses demônios agradecem o dinheiro ganho em suas falcatruas, o dinheiro ganho a base de sangue, que invocam a proteção para suas coisas ilícitas, injustas.

Vigiai amados, convertamo-nos verdadeiramente de coração. Hoje. Não amanhã. E saibamos distinguir, separar e guardar o nosso DEUS e nossa FÈ


Na Paz de Cristo