quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Em quem depositamos nossa confiança?

Como são grandes e admiráveis vossas obras, ó Senhor e nosso Deus onipotente! Só tu és santo! Todas as nações virão prostrar-se diante de Ti, porque tuas justas decisões se tornaram manifestas.

Bom dia povo amado de meu Pai. Que bom estarmos juntos neste dia que o Senhor fez para que N´Ele nos alegremos e exultemos seu Santo Nome. As leituras de hoje para meditarmos está em Apocalipse 15,1-4, Salmos 97 e Lucas 21,12-19.

O Evangelho de Lucas nos relata que Jesus continua alertando seus seguidores à respeito dos acontecimentos que antecederão ao dia do juízo e diz a Eles que por causa de Seu nome, por serem Seus seguidores, muitos sofrerão as injustiças dos homens e serão entregues até mesmo pelos seus parentes e amigos. Mas Jesus os orienta a não se desesperarem com tais situações nem planejar nada que possa mudar o rumo de suas vidas pois que Ele será o advogado e falará através de seus labios, a fim de sustentarem suas defesas. Jesus os tranquiliza afirmando que não cairá um fio de cabelo de suas cabeças. Basta permanecer firmes na fé e na caminhada.

Como é confortante ouvir tais palavras da boca do Santo dos Santos. A mim deixa o coração mais confiante, mais tranquilo, pois sei que mal algum poderá me abater, pois o Senhor Deus onipotente está comigo.
Na Comunidade Coração Novo estamos reunidos em Assembléia e ontem ao abrir os trabalhos do dia, nosso fundador relatava uma passagem que havia ocorrido pela manhã e referia-se a confiança, ou melhor, a perda da confiança, do temor de se perder alguém, de decepções com pessoas, etc. E hoje vemos esta passagem justamente nos relatando a respeito também de decepções. Jesus nos alerta que por causa de Seu Nome sofreremos, inclusive tendo familiares e amigos como nossos algozes. Mas orienta aos seus que não se desesperem por isso e que confiem plenamente no Senhor.

Quantas vezes meus queridos amigos, não nos decepcionamos com alguém? "Poxa, eu nunca poderia esperar isso de fulano!". Confiança é algo que depositamos nas pessoas que nos são muito próximas como nossos parentes ou aqueles amigos mais chegados que estão sempre conosco. Ninguém coloca confiança em quem não conhece, em quem nunca viu, ou mesmo naqueles que são da confiança de pessoas que nos são próximas, não é mesmo? A confiança é algo que se adquire pela fidelidade com que a pessoa se apresenta a nós. Ora, e quando esta confiança é abalada? e quando a pessoa em que confiamos nos "entrega" a própria sorte? Parece que o mundo se acaba. Não existe mais nada. Tudo morre diante de nós. Aquilo em que mais nos amparamos se esvai e aí ficamos sem nada. Mas quer saber? Ficamos mesmo. Sem nada. E sabe porque? porque não tinhamos nada.

A nossa confiança, a confiança de um cristão deve ser depositada antes de tudo em Cristo Jesus. É como diz a letra de um louvor muito conhecido "prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão..". Cristo nos deu prova mais que suficiente de seu amor, de sua lealdade para conosco. Deus é fiel. E isto é real. Ele e somente Ele, cumpre suas promessas. Deus nunca vai nos decepcionar. Ele é nosso protetor, nosso Senhor Todo Poderoso e Soberano. Mas é preciso confiar e seguir firme na caminhada. Ter fé é confiar, é crer, é amar. E se tomarmos para nós a propriedade deste amor, nada poderá nos abalar, nenhum fio de nossas cabeças irão se perder. Tomemos posse verdadeiramente quando exaltamos "Deus Nosso Senhor!" ou "Nosso Senhor Jesus Cristo". Entreguemo-nos a Ele, Nosso Salvador, de todo coração e o mais, Ele fará.

Por sermos seguidores de Cristo, por termos Jesus como nosso Salvador, aínda padeceremos muito. Isto ainda nem está acontecendo, então nos preparemos. É hora de revermos nossas condições humanas e passarmos a depositar nossa confiança no Deus Onipotente, criador do Universo. Entre as promessas do mundo e a fidelidade de Deus, fiquemos com esta. Tudo o que o mundo pode lhe oferecer é passageiro, não é duradouro. E ainda pode vir a nos tirar a salvação, pois que para ver as facildades mundanas, seremos obrigados a abrir mão de nossa fé, de nossas convicções, de nosso Deus. Que saiamos então vitoriosos da batalha com a besta, louvando ao Senhor pelas maravilhosas obras em nossas vidas, pois justos e verdadeiros são Seus Caminhos.

Na paz de Cristo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Quando será chegada a hora?

Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído. O Senhor vem julgar nossa terra.

Bom dia povo amado de meu Pai, povo escolhido. Hoje é mais um dia que o Senhor fez para nós, para que N´Ele nos alegremos e exultemos seu santíssimo nome. Que hoje seja mais um dia de vitórias em suas vidas e de seus familiares e amigos.

Já tiveram a oportunidade de ler as mensagens de Deus para nós neste dia? As leituras propostas são: Apocalipse 14,14-19, Salmos 95 e Lucas 21,5-11.

No evangelho de hoje, Jesus e seus discípulos apreciam a grande obra do templo e, chamando a atenção dos presentes, alerta que "dias virão e não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído". Jesus alertava aos díscípulos, principalmente, sobre o fim dos tempos, sobre o dia do juízo final. Preocupados com suas vidas, talvez com suas sortes, os seguidores de Cristo lhe pergutavam quando seria isto. Mas Cristo é enfático em afirmar que não cabia a eles saber quando isto aconteceria; Mas que ficassem alertas pois falsos profetas surgiriam aifirmando, inclusive, ser deus e muitos viriam até eles dizer que o fim era chegado, anunciando guerras e catastofres. Jesus diz: não sigais essa gente, pois ainda que acontecam tais coisas e certamente fatos tais acontecerão, somente o Pai, somente Deus, sabe quando é chegada a hora, somente Ele sabe quando virá julgar nossa terra.

Irmãos, a Palavra de Deus para nossos corações neste dia são de extremo cuidado para conosco, seu povo amado. Não faz muito tempo andamos escutando a respeito do fim do mundo previsto agora para 2012, com base em escritos incas. Há anos atras ouvíamos falar no fim do mundo com a segunda guerra, depois que viria uma terceira e aí seria o fim. Geralmente, por ocasião do fim do ano aparecem, inclusive na mídia e com grande repercussão, videntes fazendo previsões escabrosas, de mortes, de catástofres, alertando que coisas horriveis acontecerão. Podem até haver coincidências, mas na realidade, tudo balela, tudo não passa de falsos alardes, visando inclusive a desacreditar o Filho de Deus. É preciso estar alerta e não dar ouvidos a essa gente e suas advinhações. Jesus já nos alerta que coisas horriveis realmente acontecerão, mas que a ninguém cabe saber quando virá o dia do juízo.

Jesus não veio para dizer quando isto acontecerá; Ele não veio para predizer o futuro; Ele veio para difundir o reino e chamar seu povo que estava perdido à Salvação. Portando amados, a nós cabe a conversão, a reconciliação. É preciso que estejamos preparados para o dia do fim. É precisos que tenhamos em mente que nosso fim não chega com nossa morte física, mas sim com a Espiritual e esta pode acontecer a qualquer momento. Se é o nosso coração que nos conduz a vida eterna então é preciso que estajamos preparados sempre para isso. No dia do juízo, quando o Senhor vier julgar a sua terra, que encontre e colha uvas maduras. Nós somos as uvas, símbolo da vida, filhos de Deus. Prepararemo-nos, pois, para a vida eterna. Quando for chegada a hora, eu quero estar no meu lugar, para que o Senhor me abraçe e me leve consigo para a morada eterna que Ele foi preparar-me

A paz de Cristo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Zêlo pela Tua Casa me consome...

Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!


Bom dia, queridos e amados irmãos.


As Pelavras de Deus para nossa vida hoje, estão contidas nas seguites leituras: Apocalipse 10,8-11, Salmos 118, Lucas 19,45-48.


Lucas hoje vem nos mostrar o zelo de Jeusus para com a Casa de Deus: "O zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim" - Sl. 69, 9. Isto havia sido profetizado há muito por Davi e agora se materializava diante dos olhos dos díscípulos e isto fazia com que eles se certificassem cada vez mais que aquele homem era verdadeiramente o Filho de Deus.

Queridos irmãozinhos, isto nos serve a mostrar a importância dos nossos templos, das Casas de Oração que, espalhadas pelo mundo todo, nos servem de abrigo d´alma; não somente as igrejas católicas, mas também aos templos evangélicos e todos aqueles os quais são dedicados ao culto ao Senhor Deus. E abro um parenteses aqui para me referir não somente aos tempos físicos, mas também o maior dos templos erguidos por Jesus que é o nosso coração. O zêlo para com as Casas de Oração, como Izaias se referia aos templos, também deve nos consumir. Mesmo dentro de nossos lares, aquele cantinho que reservamos à moradia permanente de nosso Deus deve ter uma preocupação extrema para cuidados. É ali, é nas Casas de Oração que o Senhor habita e vêm nos falar. É alí que buscamos e encontramos o refúgio para a cura de nossos males, para cura de nossas angústias, de nossas dores. Muita vezes o inimigo dos templos não são verdadeiramente os vendedores, o comércio que frequentemente encontramos nas portas dos templos, mas nós mesmos, com nossa falação, com nossas vestes por vezes minusculas, com os ruidos dos toques telefonicos, com nossa total demonstração de falta de respeito para com o altar, para com o sagrado. Não se trata de sacralizar tudo o quanto há dentro do templo, o que até então não seria de todo mal, afinal, tudo alí fora dedicado ao Senhor Deus, mas sim de respeito para com Cristo e principalmente para com o altar do sacrifíco e também para com o ambão, o lugar da´onde a Palavra de Deus é proferida pela boca dos nossos padres, dos nossos pastores, dos nossos missionários, emfim, pelos profetas da nossa geração. O templo, assim, deve ser o local solene onde vamos nos reunir para louvar e adorar ao único que é digno de louvor e glória e nunca para outro fim. Também assim devemos agir com nossos corpos, tratando-os de forma adequada e respeitável pois que somos corpos de Cristo e morada do Espírito Santo.

Que nos "templos" de Deus, que nas Casas de Deus possamos encher nossos corações das doces Palavras do Senhor.

Na paz de Cristo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Que reviva o que morto aparentemente está

"Ao vencedor, dar-lhe-ei o direito de sentar-se comigo no meu trono." Sl 14.

"Conheço a tua conduta. Tens fama de estar vivo, mas estás morto. Acorda! Reaviva o que te resta, e que estava para se apagar!"

Esta é Palavra de Deus para sua igreja hoje, e que ouvimos da boca de São João. Acorda igreja e veja seus atos se estão condignos aos mandamentos.

Amados, hoje somos chamados a exercer com fidelidade nosso ministério. Somos invocados a levantar e verdadeiramente adorar ao Deus vivo e glorificar seu Santíssimo Nome com nossas ações verdadeiras. Basta de sermos cristãos mornos ou adormecidos. Chega de leviandade com a Palavra de Deus, com seus mandamentos. Nos arvoramos na qualidade de bons cristãos, de fiéis à igreja de Cristo, mas e nossos corações? será que estão mesmo em perfeita comunhão com o Altíssimo? será que agimos realmente como manda as escrituras ou dizemos: "isto a mim não se aplica" ou "isto era na época passada". Meus irmãos, hoje eu lhes digo; chega! basta!. Ou seguimos verdadeiramente o que nos diz as escruituras sagradas ou não fazemos nada, pois Cristo não morreu pela metade, mas se entregou por inteiro à nossa salvação e foi fiel plenamente a Palavra de Seu Pai. Foi obediente.

Portanto, queridos de meu Pai. Levantemos. Reacendamos a chama de nossos corações que estavam para se apagar e corramos! corramos para os braços do Pai, corramos de volta ao primeiro amor. Retornemos ao amor de uma criança, simples, singelo, humilde, contrito, carinhoso, verdadeiro. Que Viva este que está morto.

Na paz de Cristo.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Esperando a vinda do Salvador...

Feliz quem se apóia no Deus de Jacó!

Feliz quem se apoia no Deus de Jacó O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor faz erguer-se o caído, o Senhor ama aquele que é justo. É o Senhor quem protege o estrangeiro.

Bom dia povo de Deus. A paz de Cristo. Mais um dia que o Senhor fez para que N´Ele nos alegramos e bendigamos seu santo nome.

As leituras para hoje são: Flm:1,7-20, Sal:146,7-10 e Lc:17,20-25.

O Evangelho nos conta que os fariseus perguntavam a respeito da chegada do reino de Deus, tão pregado por Jesus, mas este não dava respostas concretas, certas, falando ao seus discípulos e ao povo, que o reino se encontrava no meio deles. O Evangelho deste dia nos traz a reflexão a busca por Deus. Aonde vamos buscar Deus? Há tantas igrejas, tantas seitas, tantas filosofias de vida que apregoam que Jesus está seu meio e fazem de tudo para arregimentar mais e mais fieis para suas fileiras. Vendem graças, fazem e desfazem "trabalhos", invocam espíritos que dizem vir dos céus, enfim, tentam ludibriar a fé das pessoas que, carentes, se tornam alvos fáceis, verdadeiras "ovelhas" na mão de lobos cruéis.

Amados, Feliz quem se apóia no Deus de Jacó. Feliz quem segue os preceitos de Deus e o busca incensantemente de todo coração. Jesus alerta aos seus seguidores: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. Dirão: ‘Ele está aqui’ ou: ‘Ele está ali’. Não deveis ir, nem correr atrás". Quando o Senhor voltar Ele nos chamará. Mas até que Ele volte é preciso que aconteçam muitas coisas e todas estão descritas na biblia. Esses fatos certamente mecherão com os sentimentos humanos, tornando os homens frágeis, temerosos, e aí, estarão a todo custo buscando ao Pai. Por isso, não é importante ao Senhor que se vá ao seu encontro pois Ele virá até nós. O importante é que estejamos preparados. Essa é a importância da humanidade para Cristo. Que estamos retos no caminho de Cristo. Nossas atitudes devem falar por nós.

Assim meus queridos, preparemos. Ainda há tempo para nos reconciliarmos e voltarmos aos caminhos reto do Senhor. Ainda é tempo de revermos nossos hábitos, nossas atitudes para com o próximo, nossa vida cristã e tentarmos colocar tudo no devido lugar traçado por Cristo. Cristo não está aqui, nem alí. Cristo está no meio de nós e por isso somos felizes, pois estamos debaixo de sua graça.

Deixo a vocês trechos da II de Pedro 3: 9: O Senhor não tarda a cumprir sua promessa, como alguns interpretam a demora. É que ele está usando de paciência para convosco, pois não deseja que ninguém se perca. Ao contrário, quer que todos venham a converter-se. 12. enquanto esperais com anseio a vinda do Dia de Deus, quando os céus em chama vão se derreter, e os elementos, consumidos pelo fogo, se fundirão? 14. Caríssimos, vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura, sem mancha e em paz. 15. Considerai também como salvação a paciência de Nosso Senhor. Isso já vos escreveu nosso amado irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada. 16. Ele trata disso também em todas as suas cartas, se bem que nelas se encontrem algumas coisas difíceis, que homens sem instrução e vacilantes deformam, para sua própria perdição. Aliás, é o que fazem também com as demais Escrituras. 17. Portanto, caríssimos, vós sabeis disto com antecedência. Precavei-vos, para não suceder que, levados pelo engodo desses ímpios, percais vossa própria firmeza. 18. Antes procurai crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, desde agora, até o dia da eternidade. Amém.

Assim meus queridos, preparemos. Ainda há tempo para nos reconciliarmos e voltarmos aos caminhos reto do Senhor. Ainda é tempo de revermos nossos hábitos, nossas atitudes para com o próximo, nossa vida cristã e tentarmos colocar tudo no devido lugar traçado por Cristo. Cristo não está aqui, nem alí. Cristo está no meio de nós e por isso somos felizes, pois estamos debaixo de sua graça.

A paz de Cristo para todos...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Eterna e grande gratidão...

O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.


Bom dia povo amado de Deus. Mais um dia que o Senhor fez para nós, para que N´Ele nos alegremos e exultemos Seu Santo Nome.

As leituras propostas para hoje são tremendas: Tt 3,1-7; Sl 23 e Lc 17, 11-19.

O Evangelho de Lucas nos relata o episódio da cura dos 10 leprosos, onde somente um retorna para agradecer ao Senhor por usa benção. Este episódio nos retrata duas coisas: um, a gratidão e a compaixão e benevolência. Quando Jesus viu somente um voltando para agradecer, ainda pergunta a respeito dos outros nove. Mas o Senhor não se preocupa com a falta de gratidão daqueles. Poderia muito bem tirar-lhes a benção mas deixou que os nove mantivessem a cura alcançada. A lepra aqui é o pecado que muitas vezes nos assola, nos consome. Quantas vezes pedimos a Deus para que sejamos curados, que sejamos salvos. Mas quantos de nos retornamos a Ele para agradecer? Quanto de nós realmente agradece ao Senhor a cada minuto pelas graças alcançadas? pelo dom da vida, pelo alimento que temos a mesa, pela saude de nossos amigos, de nossos familiares? por chegarmos sãos e salvos no trabalho e retornar ilesos para casa neste mundo tão violento? quanto de nós nos mantemos agradecidos ao irmão que nos estende a mão?

Hoje é um momento propício para isto. Agradecer. Como nos diz Paulo em sua carta a Tito, se outrora éramos insensatos, rebeldes, extraviados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo na maldade e na inveja, dignos de ódio e odiando uns aos outros, hoje, libertos pelo sangue de Cristo na Cruz, devemos demonstrar que sua morte não foi em vão, mas sim, início da nossa fé, da nossa devoção. Restaurados e renovados pelo poder do Espírito Santo, voltemos ao Senhor para agradecer as bençãos que nos são derramadas a cada minuto. Em tudo dai graças é o que Paulo vem nos dizer através da carta aos Efézios. "Em tudo" é TUDO. Para o bem daqueles que amam a Cristo, TUDO coopera.

Sejamos pois humildes e de coração contrito, demos sempre graças ao Pai. Louvemos o Seu Santo Nome pois o Senhor é o pastor que nos conduz e NADA poderá nos faltar...

Na paz de Cristo e no amor de Maria....

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Eleições...

Nunca, pelo menos em minha vida, tenho escutado tanto relação a esse momento de disputa eleitoral que vivemos. Uns querem a continuidade do governo que está no poder, outros querem a votla de quem já esteve. Na política é assim. Não há muita modificação. Não há novos "rostos".

Mas a discussão nesta eleição tomou um rumo diferente, trazendo a "igreja" para a discussão. Cada vez mais o povo se viu inteiramente discutindo sobre a moral de cada candidato e avaliando seus projetos. Não só as promessas de governo mas seus feitos e de seus aliados nos tempos passados. Não vou discutir mérito eleitoral de cada candidato, nem de certa forma analisar o que cada um fez ou pretende fazer. Aqui em casa estamos com o SERRA 45 e pedimos que Deus o oriente a fazer um bom governo. Mas também se o outro lado ganhar, que Deus o ilumine, principalmente quanto as questões de cunho moral.

Mas quero utilizar este espaço para, sem entrar em polêmica, em relação as pessoaa que dizem que politica e igreja não deviam se misturar. Tenho escutado isso porque muitos não se importam com religiosidade que o candidato tem. A uma diferença entre "ser" igreja e "viver" igreja. Um dos grandes problemas na vida daqueles que se dizem "católicos", ou mesmo crentes, evangélicos, é imaginar que indo a missa ou aos cultos dominicais, já cumpriu seu preceito religioso, já está salvo, quites com Deus. Mas penso que a religião é para ser vivida e respeitada em todos os seus mandamentos. Não importa a qual religião siga, mas se você não leva ela consigo, em todo o tempo de sua vida, não zela pelos preceitos religiosos nas suas atividades, no seu lazer, na sua casa, no seu trabalho, se você não vive o que prega o evangelho nas 24 horas por dia, então você está perdendo tempo com sua religião. Está perdendo tempo em ir a igreja. O que acontece comigo, com meus familiares, amigos, e acima de tudo, irmãos em Cristo, pois estes são minha familia acima de tudo, me interessa. Do meu ponto de vista, a candidata do PT tem projetos indignos que interferem na ética, na moral, na minha vida religiosa, enfim, em tudo aquilo que aprendi na minha catequese, com minha familia, e o que é pregado pela Biblia. O mundo não mudou. Se sou de Cristo, tenho que agir como Ele e detestar tudo aquilo que fira o que Deus imaginou para o seu povo. Se somos cristãos como gostamos de arvorar aos quatro cantos, então devemos agir como tal. É impossível adorar a Deus e ao dinheiro, é deveras mortal deixar os ensinamentos D´Ele por um punhado de benefícios que o demonio coloca a nossa frente.

Eu me preocupo com minha salvação e de minha familia. por enquanto, eu vou sobrevivendo às custas e na graça de Deus. Meu futuro a Ele pertençe e minha vida é consagrada a Ele.

Na paz de Cristo a todos...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ecoando a Voz de Deus...

"O Seu som ecoa em toda terra!" Salmo 18.

Amados, a liturgia deste dia - Lucas 6, 12-19, nos traz a memória a escolha de Cristo pelos seus apóstolos, os que, dentre tantos seguidores, teriam uma incumbência a mais do que somente aprender e colocar em prática os ensinamentos Jesus: tornaram-se missionários, foram enviados a ensinar e, por isso, ungidos de poder para pregar a Palavra, expulsar os demônios e curar os enfermos e, assim, Seu som pode ecoar em toda terra.


Meus queridos, neste mês das missões temos pelo batismo o chamado para sermos não só discípulos de Cristo, mas também de verdadeiros missionários evangelizadores. Temos a obrigação de fazer ecoar em toda terra, a Voz de Deus. Quantos são aqueles que ainda não conhecem verdadeiramente a este Cristo que adoramos e veneramos? Quantos são aqueles que se dizem conhecer a Jesus e buscam nas seitas e religiões ligadas a heresias como as adivinhações, prognósticos, ventroloquia, magia negra, etc. – tudo explicitamente condenado na Bíblia – a cura para seus males, a esperança e a justiça que tanto anseiam seus corações? São estes que estão perdidos que precisamos buscar e trazer de volta a Casa do Pai. São estes que devem ser evangelizados de forma que não fiquem a mercê dos falsos profetas. Este, inclusive, era um dos enfoques dado por São Judas Tadeu quando prelecionava à Igreja: cuidado com os falsos profetas. Como Paulo nos diz, já não somos mais estrangeiros nem migrates, mas concidadãos dos Santos. Somos filhos de Deus e irmãos de Cristo. Fomos ungidos pelo batismo e comunhão com Cristo. Então? qual é nossa missão?


Irmãos, oremos hoje, neste sentido. Que Deus nos ilumine e encha nossos corações com Seu Espírito a fim de que possamos desempenhar nossa missão de Cristão. Que sejamos humildes, mansos e pacientes. Que Ele fortaleça sempre nossa fé a fim de que não venhamos a desanimar e cair nas armadilhas do inimigo. Que possamos ecoar o Som de Deus por toda a terra, fortalecendo a Igreja de Cristo.


Que Deus abençoe a todos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A porta estreita

O SENHOR ampara todos os que caem e reergue todos os combalidos. "O Senhor cumpre sempre suas promessas"

Amados irmãos, a paz de Cristo.

O evangelho de Lucas para hoje - Lc:13,22-30 - nos apresenta uma bela e chamativa passagem onde um dos discípulos interpela Jesus sobre quantos serão salvos. Esta preocupação do seu seguidor é sempre uma constante na vida dos Cristãos e a todo momento, precupados com nossa salvação, também perguntamos a Cristo: "Senhor, quantos de nós serão salvos?".


Entrar no céu requer passar por uma porta estreita; do outro lado, está o Senhor sentado em seu trono e na hora que Ele se levantar e fechar a porta, ninguém mais entrará. Muitos então começarão a dizer que estavam sempre junto a mesa do banquete, mas não serão reconhecidos por Ele. Mas alerta o Senhor, que muitos virão de todos os cantos e estarão sentados ao Seu lado. Mas muitos também ficarão do lado de fora do Reino.


Temos que ter em mente que não é a quantidade, mas a qualidade que agrada ao Senhor. É a nossa condição de Cristão, são nos nossos atos que interessam a Deus. A salvação deve ser vista sob 2 pontos de vista. Primeiro, a salvação não é criação nossa; é uma graça de Deus; Ele é quem nos concede a graça por sua misericórdia. Segundo, temos que ter consciência que esta graça será alcançada por nós, por nossos próprios méritos. Nós devemos nos adequar ao que o Senhor nos pede, a forma de vida que Ele sonhou para nós. No Senhor devemos pautar nossas ações.


Não é porque estamos dentro da igreja, cumprimos nossas obrigações de ir a missa ao menos uma vez por semana, nos sentamos e volta da mesa do banquete, que devemos pensar estar salvos. A prática da justiça é que nos levará a Salvação eterna. É preciso que vigiemos, que oremos, que estejamos sempre buscando a prática do amor fraterno, da obediência, da servidão, para que sejamos dignos de alcançar a graça de Deus que é a nossa Salvação.


Oremos e vigiemos, amados irmãos, para que quando chegar a hora, possamos ser reconhecidos pelo Pai e carregados em seus braços para o céu.


Hoje, 27 de outubro, é o Dia Mundial de Oração pela Paz.. "Não fiquemos impassíveis diante de um mundo cheio de odio. A paz é um bem tão fundamental e, ao mesmo tempo, tão ameaçado, que suscita nas pessoas conscientes uma trepidação constante e às vezes também um sentido de impotência; com efeito, or vezes ela parece uma meta humana." Joao Paulo II - 1986


Que esta data seja um mote para elervarmos aos céus nossas preces e rogarmos ao Senhor a sua misericórida. A oração de intercessão também é um exercício da justiça que deve ser perseguida pelos Cristãos que queirem passar pela porta estreita do céu.


Na paz de Cristo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

João, o Batista....

Prezados irmãos,

Hoje, 24 de junho, a nossa igreja católica celebra - e celebramos de forma especial - João, popularmente chamado São João. Apesar de poucos serem citados nas escrituras, não poderemos negar que tivemos diversos joão´s, de muita importância para nossa vida cristã. Foram profetas, evangelhistas, homens que andaram ao lado Jesus, que foram tementes a Deus, e buscaram uma vida santa. Mas o João que hoje celebramos não é outro senão João, o batista. O precursor da chegada de Jesus. Aquele quem as escrituras já prediziam seu destino. Aquele cuja mão de Deus esteve sobre ele durante todo o tempo de sua vida.

"Deus é propício!". Este é o significado do nome joão. E aquela época, não houve nada mais propício na região que a chegada de joão, que o seu nascimento. Para começar, sua mãe era estéril e ser estéril naqueles séculos era algo inconcebível, visto inclusive como castigo de Deus. Embora Zacarias e Izabel fossem pessoas bem vistas no povoado em que viviam, respeitadas, estes comentários certamente eram feitos às suas pessoas. Com o nascimento de João, rompe-se a esterilidade sabida e ressurge a vida, o desafloramento de um ser todo especial, uma criança abençoada e ao mesmo tempo, abençoadora. Por sua vez, tinhamos também Zacarias, que por conta de não acreditar nas promessas de Deus, tem sua voz retirada, e fica emudecido até que após o nascimento de seu filho, cumprindo o que lhe era determinado, lhe dá o nome "João". Para espanto e surpresa de todos do povoado, não só Izabel dá a luz, como Zacarias volta a falar... quem seria aquele menino? o que ele iria ser? o que lhe estava predestinado? Assim perguntava todo um povoado que presenciou a glória de Deus em suas vidas.

Meus queridos, vejo a data de hoje, uma data de muita importância para mim. Celebrar João, o batista, significa celebrar de uma forma toda especial o meu retorno aos braços do Pai, a minha conversão à Cristo. Celebrando João Batista, me sinto batizado pelas águas que me trazem a conversão do espírito e relembrando sua memória, me sinto a vontade para pedir ao Pai que permita seja eu um pouco desse João, um pouco desse efusivo anunciador da Boa-Nova que é Jesus.

João deve ter para nos que, de alguma forma procuramos difundir o reino de Deus, uma importância ímpar, sem igual. É olhando o que João foi que deve nos estimular a anunciar agora a boa-nova. O mundo de hoje não é mais "tão calmo" como era em sua época. Os pecados, os males, assolam o mundo de uma forma muito pior. Nossas crianças já nascem no pecado e por conta dele. Nossos sacerdotes, nossos pastores, volta e meia caem em tentação e se desviam e levam inúmeras ovelhas à perdição. E nós? o que fazemos? Será que somente ficar lamentando tais atitudes e fatos é o correto? Ou será que como João Batista não devemos ser a voz que brada no deserto contra toda injustiça e erro dessa humanidade que está aí?

Jesus quando se foi nos deixou um legado. Anunciar a boa-nova. Sermos continuidade não somente dele, mas de todos os homens e mulheres de Deus que antes Dele vieram anunciar sua chegada. A chegada de um Salvador, que veio morrer por mim, por ti, por nossos amigos, irmãos, etc. Será que Eles morreram em vão? Será que suas histórias não nos ensinaram nada até hoje? até quando seremos complacentes com o que vemos? Domingo agora passado - dia 20/06 - escutava eu a homilia do Pe JAC, pároco da Catedral de Petrópolis e ele falava sobre a importância de se utilizar os talentos que deus nos dá em prol da nossa comunidade cristã. Imediatamente olhava para minha amada esposa que já foi catequista de escola bíblica, para minha prima que é catequista da igreja católica e também para sua filha, Roberta - que também tenho por "minha menininha" - que começa agora a despontar para o lado da Igreja, e chamava-as a meditar sobre a homilia e sua importância. Roberta adora tirar fotos, já é uma fotografa profissional e eu toda hora lhe falo que este serviço também serve a divulgar a boa obra. Aquela pregação do Pe JAC veio como tapa em nossas orelhas... Engraçado como Deus nos coloca em lugares certos para escutarmos o que Ele quer nos dizer.

Então que hoje, meus queridos irmãos, possamos celebrar a João, o batista, de uma forma toda especial, pedindo ao Senhor Deus que nos torne forte mesmo no deserto, para podermos anunciar com efusividade a Jesus, o Salvador. Que saibamos utilizar nossos chamados, nossos dons de evangelizadores, de pregadores, de divulgadores da Palavra de Deus, com muita sabedoria, entusiasmo, alegria e rigor, para ganharmos mais e mais almas para Cristo. Esta é nossa forma de promover conversões. Que possamos ser como João. Que possamos ficar um pouco parecido com este grande Santo de Deus.

Na paz de Cristo Jesus...

JAugusto....

terça-feira, 1 de junho de 2010

Coração Enganoso... completamente enganoso,..

Amados, a paz.

As leituras propostas para o dia de hoje estão em 2Pe:3,12-15,17-18; Sal:90,2-4; 10; 14; 16 e Mc:12,13-17.

13. Então, mandaram alguns fariseus e partidários de Herodes, para apanhar Jesus em alguma palavra.

14. Logo que chegaram, disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te deixas influenciar por ninguém. Tu não olhas a aparência das pessoas, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus. Dize-nos: é permitido ou não pagar imposto a César? Devemos dá-lo ou não?”


15. Ele percebeu-lhes o fingimento e respondeu: “Por que me armais uma armadilha? Trazei-me a moeda do imposto para eu ver”.

16. Trouxeram-lhe uma moeda. Ele perguntou: “De quem é esta figura e a inscrição?”. Responderam: “De César”.

17. Então, Jesus disse: “Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. E estavam extremamente admirados a respeito dele.


Queridos irmãos, a passagem de hoje nos mostra mais uma vez, fariseus e doutores da lei tentando pegar Jesus por suas palavras, por suas pregações, afinal, o Nazareno aquela altura já tinha milhares de seguidores e aonde ia, centenas o ouviam e procuravam colocar em prática seus ensinamentos. Tinham-no como rabi, como Mestre, como Senhor, como uma autoridade, como Rei.


Ao interpelarem Jesus quanto a licitude ou não do pagamento de impostos a César, queriam ouvir de Jesus apenas uma resposta: a que fatalmente o condenaria, de uma forma ou de outra. Por um lado, Roma, na condição de povo dominador dos judeus, cobrava destes altos impostos, oprimindo o povo; por outro os judeus faziam de tudo para pagar menos impostos ou nenhum valor aos romanos, escondendo destes tudo o que pudesse ser valorado. Se Jesus dissesse que era errado pagar impostos, seria tido como um agitador – e assim já era visto; mas se dissesse que era lícito, perderia a credibilidade do povo, pois estes o viam como o Salvador, o que viria a libertar o povo judeu da opressão romana. Mas Jesus, sabiamente, e vendo a esperteza daqueles que maldosamente o interpelavam, disse-lhes que a César cabia o que lhe era devido e a Deus deveria ser devolvido o que era Dele.


Amados, a reflexão do texto de hoje vou centrar na questão da maldade que carreia o coração humano. Quantas vezes não agimos como aqueles fariseus interpelando irmãos à respeito de algo, esperando deles, respostas que satisfaçam nossos egos, nossas vontades? Respostas que venham a respaldar minhas atitudes erradas? Perguntas retóricas que tendem a resguardar ações praticadas? Oh, pobre coração. Pobre, enganoso e corrupto coração, que muitas vezes pode nos levar a perdição sem que nos apercebamos disso. E Jesus já sabia disso, tanto que, uma vez questionado sobre o que comiam aqueles que o seguiam, alertava que o mal é o que saia da boca do homem e não o que entrava por ela.


Deus tem para nós uma grande promessa como vemos em Ezequiel 36, 26 “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.” Mas esta promessa do Pai não se cumpre se não nos deixarmos guiar por Ele, se não deixarmos Ele fazer a obre em nós. Isto nós vamos conseguir orando, jejuando, penitenciando e vigiando. Só assim poderemos tentar impedir a ação do maligno sobre nossos pensamentos, nosso íntimo, nosso coração. Buscando a intimidade com Deus, conseguiremos manter um coração límpido e em paz como nos fala Pedro neste dia 2Pedro 3, 14: “Caríssimos, vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura, sem mancha e em paz.”


Pensemos nisto.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Pentecostes

Não consigo conter a alegria do meu Pentencostes e a saudade que sinto de tudo o que vivi nesta última semana de oração pela unidade. Ainda quero escrever aqui sobre isso, mas falta-me algum tempo. Mas o farei. E se alguém tiver interesse, me cobre.

Hoje de uma forma especial, escrevo pois as leituras propostas para este dia, me tocaram muito: 1Pe:1,10-16; Sal:98,1-4 e Mc:10,28-31.

28. Pedro começou a dizer-lhe: “Olha, nós deixamos tudo e te seguimos”.
29. Jesus respondeu: “Em verdade vos digo: todo aquele que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho,
30. recebe cem vezes mais agora, durante esta vida — casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições —, e no mundo futuro, vida eterna.
31. Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão primeiros”.

Ontem víamos que um jovem chegava a Jesus e lhe perguntava sobre o que seria preciso fazer para que pudesse alcançar a vida eterna. Quando Jesus enumera os mandamentos, o jovem lhe diz que isto já fazia, desde sua mocidade. Jesus então o abraça e lhe diz que somente lhe falta uma coisa: vender tudo o que tinha e dar aos pobres e assim, garantir seu tesouro no céu. Diz a bíblia que o jovem retirou-se muito triste, porque tinha muitos bens.



A passagem de hoje nos mostra uma preocupação de Pedro com o futuro, e nos mostra que ele começa a interpelar Jesus, dizendo-lhe que ele e os outros discípulos haviam largado tudo e o seguido. Jesus então lhes responde dizendo-lhes que aquele que larga tudo para trás, receberá cem vezes mais. Nesta vida, em sofrimento, com perseguições, mas no futuro, a vida eterna.



Queridos irmãos, amigos. As leituras de hoje nos chamam a um exercício de conversão. A vivermos uma nova vida em Cristo, buscando a santidade, porque nosso Pai é Santo, como em 1 Pedro, 1, 15-16.



A princípio, as palavras de Jesus podem parecer estranhas e duras. Largar tudo, deixar tudo para trás, pai, mãe, filhos, irmãos, terras, para poder alcançar a vida eterna, as vezes pode parecer uma provocação, já que Jesus dizia que os ricos não alcançariam o reino. Se assim o fosse, poderíamos dizer, então, que o pobre já tinha garantido o sue lugar. Mas não é assim que devemos ver. “Deixar tudo para trás” é viver uma nova vida, é se despir de tudo aquilo que nos impede de ter uma vida de santidade. É deixar para trás o “velho homem” e se converter aos princípios cristãos, é buscar a santidade pois nosso Pai é Santo. Não é o fato de deixar pai, mãe, vender tudo o que tem, mas, sim, de se preocupar mais com o “servir” do que ser “servido”. Jesus veio para servir, para ser servo. Se buscamos a santidade, se buscamos a vida eterna, é por este caminho que devemos nos colocar: servir. Dar tudo o que tem aos pobres, tornaria estes diferentes de nós e somente trocaríamos de lugar, mas ao dividirmos o que temos, ao ajudarmos aos que precisam, diminuímos a margem que nos distancia e estamos dando nossa prova de amor.



Pedro vem nos dizer hoje – 1 Pedro, 1, 10-16 que, uma vez seguindo a Jesus, como filhos obedientes, não devemos olhar para trás, não devemos praticar mais atos que praticávamos, ter os valores que antes tínhamos, que devemos nos esquecer de tudo o que nos motivava a viver uma vida fraca, passageira, pois que tudo aquilo fazia então, parte de um passado, do tempo em que ainda não conhecíamos as Palavras de Cristo. Agora que sabemos e estamos alertados para o que precisamos fazer para alcançar a vida eterna, devemos proceder de maneira a buscar sempre a santidade, a mudar nossos hábitos e costumes.



Largar pai e mãe é não depositar sua salvação nos homens, naqueles que lhes são caros. O nosso porto seguro deve ser sempre Jesus. É NEle que devemos buscar a salvação, é Nele que devemos ter apego, é Ele o nosso provedor, a nossa família. Largar tudo para trás e seguir a Cristo é muitas das vezes uma grande dificuldade para nós, mas é um exercício contínuo pela busca da santidade. Diariamente ocorrem diversos fatores que nos desencaminha, que nos tira o sossego, que nos usurpa a paz que recebemos. Jesus vai nos dizer isto no versículo 29, ao se reportar às perseguições que sofreríamos mas, se buscamos a vida eterna, devemos estar vigilantes, pois no futuro a teremos. Isto é promessa de Cristo. E se temos fé, ainda que do tamanho de um grão de mostarda, receberemos nosso galardão no céu.



Portanto amados, busquemos hoje refletir sobre nossa vida atual, vida de agora cristãos, convertidos ao cristianismo, seguidores de Cristo. Não olhemos para o que deixamos para trás. Nossa vida antiga já não mais deve existir. Vícios de linguajar, desespero, arrogância, mesquinharia, soberba, impaciência, intolerância, etc., tudo isso é coisa do velho homem. Se pela graça de Jesus uma nova criatura surgiu, esta agora deve ser sua caminhada: a busca pela santidade, pela vida eterna.



Eu preciso muito me escutar escrevendo sobre isto.



Na paz de Cristo, nosso único Senhor e Salvador,

terça-feira, 18 de maio de 2010

Reunidos no cenáculo II

1. Assim Jesus falou, e elevando os olhos ao céu, disse: “Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique,
2. assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste.
3. (Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste)
4. Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer.
5. E agora Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com a glória que eu tinha, junto de ti, antes que o mundo existisse.
6. Manifestei o teu nome aos homens que, do mundo, me deste. Eles eram teus e tu os deste a mim; e eles guardaram a tua palavra.
7. Agora, eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti,
8. porque eu lhes dei as palavras que tu me deste, e eles as acolheram; e reconheceram verdadeiramente que eu saí de junto de ti e creram que tu me enviaste.
9. Eu rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
10. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles.
11. Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para junto de ti. Pai Santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um, como nós somos um.


Salve povo amado de Deus,

Que este seja mais uma dia de alegria e glória Naquele que nos uniu.

Queridos irmãos, iniciamos no domingo mais uma semana dedicada a oração pela unidade dos cristãos, a vontade da união cristã, como Jesus pediu. Esta é mais uma etapa na longa jornada em busca da reconciliação, da unidade, de voltar a ser uma só igreja, não uma igreja física com seus dogmas e mandamentos, mas uma igreja centrada no único fundamento que é Cristo. Ou é isso ou de nada adiantou toda sua paixão, todo seu ensinamento, tudo o que deixou. È verdade que esta tão pretendida união é difícil, mas também é verdade que não é impossível, pois se nosso Deus é o Deus do impossível, nada pode contra seus desejos. Como diz o autor do belo louvor “Posso sentir os seus anjos aqui” (Banda Canal da Graça) “Quando unimos nossas vozes para louvar o inimigo vai querer nos disperssar; por isso clamamos ao Senhor que mande seus anjos por nós lutar contra o mal.”

Amados, a desunião não vem de Deus. Deus nunca quis seu povo disperso. Nós homens é que buscamos esta dispersão. Desde os tempos de outrora, já na época dos primeiros “cristãos” essa dispersão já era sentida e preocupante. Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios demonstra essa preocupação no capítulo 1, versículos 10 a 15:

10. Irmãos, eu vos exorto, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, a que estejais todos de acordo no que falais e não haja divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos no sentir e no pensar.
11. Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós.
12. Digo isto, porque cada um de vós fala assim: “Eu sou de Paulo”, ou: “Eu sou de Apolo”, ou: “Eu sou de Cefas”, ou: “Eu sou de Cristo”!
13. Será que Cristo está dividido? Será Paulo quem foi crucificado por amor a vós? Ou foi no nome de Paulo que fostes batizados?
14. Dou graças a Deus por não ter batizado nenhum de vós, a não ser Crispo e Gaio.
15. Assim, ninguém pode dizer que fostes batizados no meu nome.

Vivendo ainda Jesus sob a forma humana, perguntou aos seus discípulos quem eles achavam que Ele era. E responderam-lhe: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias, ou um dos profetas”. E continuando, perguntou-lhes sobre quem eles diziam que era. E Pedro lhe responde reconhecendo ser Jesus o filho do Deus vivo. E Jesus vai felicitar a Pedro por este reconhecimento, acrescentando que “em cima dessa pedra” seria então construída a sua Igreja, a igreja de Cristo.

Amados, em nossas igrejas ontem iniciamos o ciclo de atividades desta semana dedicada à unidade dos cristãos e, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima – RTS, no Méier – RJ, tivemos a grata honra de receber a Palavra de Deus vinda da boca do Pr. Ricardo Neves, do Ministério Colheita da Tijuca. E o pastor nos trouxe a reflexão a importância da unidade e o motivo de ela, embora tão perseguida, ainda não foi alcançada. E ele justamente tocava neste ponto. No fato de que nós homens criamos as igrejas e, ao fazermos isto, não focamos suas fundações, não centramos suas criações, naquele que é o único fundamento da Igreja: Jesus. Relutamos em reconhecer como Pedro, que Jesus é o Senhor, é o Filho de Deus vivo. E com isso criamos desde então barreiras. Criamos nossos corações de pedra e é geralmente sobre esta “pedra” que fincamos nossa base. Perdemos com isso, muitas vezes, a identidade cristã e passamos a buscar no homem a motivação da nossa religiosidade. Vamos a igreja por causa do padre bonitinho, do pastor que prega na unção, do irmãozinho que toca maravilhosamente ou da irmã cuja voz é uma benção. Mas não vamos a igreja por causa de Cristo. Não vamos louvar e dar glórias ao único que é digno de louvor e glória. Isso é que nos torna desunidos. Isso é que nos dispersa. È nos dogmas que criamos, nas tradições que fielmente praticamos, que nos perdemos e nos afastamos mais e mais de Jesus. Jesus não fundou igrejas, mas uma única igreja, que somos nós. Somos parte de um corpo que é a igreja de Cristo. E é isto que deve permear nossa religiosidade, nossa devoção.

O movimento ecumênico, que busca essa re-união, representa, acima de tudo, respeito, amor, fraternidade. Se não amamos o próximo, como podemos estar com nossa igreja fundada na pedra? Ecumenismo não significa igualdade, mas caminhar juntos na direção daquele que nos uniu. Todos nossos dedos são diferentes, mas, juntos, compõem os pés que nos movem e as mãos que damos para caminharmos sempre juntos na mesma direção, sempre buscando a Cristo.

Esta semana estamos relembrando o tempo do cenáculo, quando os discípulos estavam reunidos, como faziam os judeus. Enquanto uns celebravam pois a festa de pentecostes festejava a colheita, os seguidores de Jesus estavam reunidos em oração, a espera do cumprimento das promessas que lhes foram dirigidas. E assim lhes chegou o fogo do Espírito Santo, trazido numa brisa leve que lhes tocou a alma.

Aproveitemos pois este tempo também para fazermos isto. Irmãos evangélicos, irmãos católicos, nos unamos em oração. Nos unamos em um cenáculo à espera do Espírito Santo, clamemos o discernimento para nossas atitudes, que possamos nos despir da desagregação, da desunião que vêm nos afastando de Jesus, que vêm destruindo o Corpo Santo do Filho do Deus Vivo. Jesus está voltando, portanto, devemos estar preparados.

Pela unidade dos cristãos, pela satisfação da vontade do Pai, que sejamos um, como Ele e o Pai são um.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

reunidos nos cenáculo I

Salve, amados de meu Pai,

12. Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora.
13. Quando ele vier, o Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade. Ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo quanto tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
14. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu para vos anunciar
15. Tudo que o Pai tem é meu. Por isso, eu vos disse que ele receberá do que é meu para vos anunciar.


Amados irmãos,

Amanhã estaremos celebrando a Ascensão do Senhor, a subida de Deus aos céus, conforme estava escrito e, assim, estaremos a poucos dias da data em que celebraremos Pentecostes, em que relembraremos com muito louvor e adoração, a vinda do Paráclito, a descida do Espírito Santo sobre os discípulos que estavam reunidos, conforme o costume judaico, juntamente com Maria, mãe de Jesus, para a celebração da então festa pentecostal quando se comemorava a colheita do plantio, um dia de alegria e muita ação de graças. De acordo com o relato de Atos 2, 1-13, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.

Meus queridos, nesse tempo Pascal, vivemos a glória de Deus advinda da ressurreição de Jesus e nos glorificamos com o aparecimento espontâneo D´Ele a cada um de seus discípulos, de seus seguidores. Neste tempo, estamos sendo preparados pelas leituras da nossa Sagrada Cartilha de Oração, como diria o Pe. Manzotti, para vivenciarmos com alegria e efusão, as promessas de Cristo quando disse aos seus discípulos que era necessário que Ele se fosse para que o Espírito da Verdade viesse. E esse espírito é quem iria esclarecer tudo aquilo que Jesus havia dito durante todo o tempo em que esteve no meio de nós e que muitos não entendiam, além de mostrar o que iria acontecer, o que estava para acontecer, de forma alertar aos que N´Ele criam.

Essa promessa de Cristo já podíamos ver tão logo se fez sua partida, sua subida aos céus, com o fogo consumindo, no décimo dia seguinte. Mas segundo os relatos bíblicos, talvez Paulo é quem tenha recebido com mais efusão o Espírito Santo. Paulo soube muito bem aproveitar os dons que recebera de Deus, soube muito bem multiplicar seus talentos e não os enterrou como o homem da parábola que Jesus havia contado uma vez. Paulo, embora vivo na época de Jesus, não chegou a viver com Ele, não chegou a presenciar Seus feitos. Tudo o que sabia a respeito, o havia escutado de outros e por isso a raiva que tinha dos Seus seguidores. Paulo vai conhecer ao próprio Jesus em uma estrada, quando estava a caminho para talvez dizimar mais algumas dezenas de discípulos como já vinha fazendo. Ah, Paulo. Como a vida desse homem mudou quando recebeu o Espírito Santo sobre ele. Tratou logo de buscar a conhecer verdadeiramente a Jesus e foi procurar Pedro, que já sabia ser o designado para “apascentar as ovelhas” de Cristo. Não há nos relatos bíblicos menção ao tempo em que ficou junto de Pedro e de outros seguidores de Jesus. O certo é que, por receio e desconfiança de muitos, ele, Paulo, teria logo sido afastado e mandado “pregar” em outros lugares, bem distantes. Tendo feito isso, nos relata também as escrituras que Paulo teria sido bem sucedido em todas as missões de que participou. Com isso, podemos crer que Paulo teria aprendido muito mais no pouco tempo que buscou aprender sobre Jesus do que aqueles que passaram mais de 3 anos andando com Ele. Paulo, de origem judia, mas criado nos costumes gregos, era muito inteligente. E soube como ninguém, guiado pelo Espírito Santo, falar de Jesus. Aos judeus, falava como judeu, aos gregos, como grego. Observava a cultura que já conhecia muito bem e se utilizava das suas tradições para falar as “suas próprias línguas”. A primeira leitura de hoje nos mostra muito bem isto. Em Atos 17 e 18, veremos Paulo pregar a Cristo na sinagoga de Tessalônica, arrebanhando alguns Judeus; Depois foram para Beréia, onde mais judeus, entre homens e mulheres, se converteram e por fim, Atenas, uma cidade mergulhada no ateísmo, um povo idólatra, que adoravam diversos deuses. Sem temor, Paulo vai em praça aberta falar de Jesus, anunciar ao Deus Vivo, o único e verdadeiro. Mas como fazê-lo? E não foi outro senão o Espírito Santo quem revestiu Paulo da sabedoria para poder extrair dos costumes daquele povo motivação para lhes mostrar o verdadeiro caminho a ser seguido – Atos, 17, 22-31. E com isso conseguiu salvar mais almas para Deus.

Amados, contra fatos não há argumentos. As promessas de Deus sempre se cumprem e por isso devemos estar preparados, principalmente para a vinda do Espírito Santo que se faz presente em nossas vidas cristãs. Esse mesmo Espírito que estava com Paulo é o que habita em nossos corações nos dando força e revelando a cada dia esse Jesus maravilhoso, esse Deus forte, esse Príncipe da Paz que nos transforma a vida, que nos dá a vida eterna.

Assim, queridinhos de meu Pai, reflitamos hoje no tempo litúrgico em que estamos vivendo. Esperemos com alegria a vinda do Espírito Santo sobre nós, sobre nossos corações. Peçamos em nossas orações: “vinde Espírito Santo, não tardeis”. Talvez não venhamos a falar em línguas como os discípulos, curar doentes como Paulo e Barnabé através de suas vestes ou mesmo o dom da pregação, do anúncio com palavras da boa nova. Mas certamente, lá no nosso coraçãozinho despertará um talento escondido, adormecido, que irá servir a revelar ao mundo esse nosso Deus Vivo, que ressuscitou dos mortos e que está a voltar.

Na paz de Jesus, o Cristo ressuscitado e no amor com os discípulos e demais santos, esperemos com alegria a vinda do Espírito Santo.

Feliz celebração da Ascensão para todos.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Vivendo em comunhão na Alegria do Senhor

"Ao contrário, é pela graça do Senhor Jesus que cremos ter sido salvos, exatamente como eles” Atos 15:11.

Salve amados, a paz de Cristo.

Hoje, quinta feira, mais um dia que o Senhor fez para nós, para que N´Ele exultemos e nos alegremos. Hoje é dia de adoração, dia de prostrarmos aos pés da cruz e dar glória Àquele que é o único de todo louvor e honra.

Hoje, amados. Não quero refletir somente sobre o evangelho. As leituras propostas para hoje, estão tão divinas que merecem de nós uma profunda meditação, refletindo sobre todo o conjunto: Atos 15:7-21, Salmo 96,1-3; 10 e João15,9-11.

Em Atos, veremos que os primeiros cristãos queriam impor condições aos recém convertidos, regras que faziam parte da cultura judaica, das leis de Moisés. Eram judeus e, por ter sido Jesus um judeu, aqueles que o seguiam ou viriam a seguir, também deviriam aderir por completo, às tradições judaicas, como a circuncisão. Mas Paulo e Barnabé então vão demonstrar aos irmãos que se julgavam mais santificados, até por terem sido os escolhidos por Deus para receber o Cristo, que a mesma graça derramada sobre eles, também havia abençoado os antigos pagãos, aos gentios que agora começavam a conhecer ao Jesus que havia dado a vida em suas salvações. Que o mesmo Espírito Santo que os havia dado o entendimento, agora havia pousado sobre outros e estes também estavam cheios da graça de Deus. Assim, não haveria de ser imposta a lei judaica a eles, até porque não faziam parte de suas culturas, mas serem aceitos na igreja universal pela graça de Jesus, pelo amor de Deus que os havia, unidos, então. Já no Evangelho de João, Jesus vem nos falar desta graça, deste amor que Ele veio nos trazer e mostrar. É através deste amor, desta união com Deus, que viveremos a alegria do Senhor.

Amados, hoje Jesus vem nos falar ao coração sobre respeito, união e obediência. E como sempre, a Palavra é tão atual que nos assusta. Mas isto nos serve a uma grande reflexão à respeito de nossas atitudes, de nossas ações, de nossa rebeldia para com os ensinamentos de nosso Pai, nossa intolerância com nossos irmãos. Quantas vezes não nos julgamos mais santos, mais senhores da graça e tentamos subjugar os irmãos à nossas atitudes? Quantas vezes não olhamos algum irmão e o achamos menos abençoado, menos santos, dignos de serem julgados debaixo da lei. Amados, isso só vem nos demonstrar que esquecemos os ensinamentos de Jesus, não escutamos sua voz, que não aprendemos direito com Ele, que mesmo nos disse por diversas vezes que não veio para julgar a ninguém, mas para amar, para guiar, para acolher, para cuidar. Com a vinda de Jesus, não vivemos mais sob a lei, mas vivemos pela graça, pelo amor.

Devemos viver em comunhão. Em constante reconciliação, não somente com Deus, mas com nossos irmãos, pois Cristo vive em cada um de nós. De nada nos adianta irmos a igreja, participarmos das missas, dos cultos, ouvir a Palavra, rezar diante do santíssimo, se nos voltamos contra os irmãos. Se nos deixamos levar pela soberba, pela arrogância, pela raiva, por toda sorte de sentimentos vis nunca estaremos em comunhão com Deus e nossa alegria e salvação jamais será realizada.

Amados, se escutarmos a voz de Deus saberemos que nada vai nos levar ao céu, senão nossas atitudes para com nossos irmãos. Não é padre, não é pastor, não é ninguém. Vejam os fariseus e doutores da lei e muitos dos sacerdotes que julgavam ao povo e o traziam debaixo das leis, sob o rigor das regras e nem sempre a elas seguiam. Se obedecermos a Deus meus queridos, certamente viveremos uma eterna alegria no Senhor.

E Esta alegria, irmãos, não é uma alegria qualquer, momentânea, passageira. Essa é uma verdadeira felicidade; a que sentimos quando estamos nos braços do Pai, como a que sentimos no primeiro amor a Cristo. É uma alegria radiante que nos faz querer a todo momento, cantar um cântico novo ao Senhor, bendizer suas maravilhas à terra inteira, como diz o salmista no Salmo 96.

Somente aquele que procura ser obediente e seguir a Deus Pai que o Filho nos dá a conhecer, pode viver esta alegria.

Que a alegria e a paz do Senhor Ressuscitado que vive e reina à destra de Deus, seja a nossa eterna força.

Que Deus nos abençoe, hoje e sempre.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Só UMA coisa eu quero...

Só UMA coisa

Bom dia amados. A paz de Cristo.

O Evangelho de hoje está em Jo:6,1-15

1. Depois disso, Jesus foi para o outro lado do mar da Galiléia, ou seja, de Tiberíades.
2. Uma grande multidão o seguia, vendo os sinais que ele fazia a favor dos doentes.
3. Jesus subiu a montanha e sentou-se lá com os seus discípulos.
4. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5. Levantando os olhos e vendo uma grande multidão que vinha a ele, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que estes possam comer?”
6. Disse isso para testar Filipe, pois ele sabia muito bem o que ia fazer.
7. Filipe respondeu: “Nem duzentos denários de pão bastariam para dar um pouquinho a cada um”.
8. Um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse:
9. “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, que é isso para tanta gente?”
10. Jesus disse: “Fazei as pessoas sentar-se”. Naquele lugar havia muita relva, e lá se sentaram os homens em número de aproximadamente cinco mil.
11. Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes.
12. Depois que se fartaram, disse aos discípulos: “Juntai os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”
13. Eles juntaram e encheram doze cestos, com os pedaços que sobraram dos cinco pães de cevada que comeram.
14. À vista do sinal que Jesus tinha realizado, as pessoas exclamavam: “Este é verdadeiramente o profeta, aquele que deve vir ao mundo”.
15. Quando Jesus percebeu que queriam levá-lo para proclamá-lo rei, novamente se retirou sozinho para a montanha.

Amados, a Palavra de Deus para nós hoje, como sempre, é riquíssima para nossa reflexão. Quem não conhece esta passagem? Jesus, com 5 pães, deu de comer a 5.000 homens. Este foi um dos maiores milagres produzidos por Cristo de uma só vez. Já havia curado dezenas, senão centenas, mas de forma esparsa, um aqui, dois ali, os que aceitavam a salvação. Mas assim, de uma só vez, mais de 5.000 pessoas? Isto mesmo, mais de 5.000 pois sabemos bem que naquela época, as mulheres e crianças não eram contadas. E como se estava por ocasião da Páscoa, a multidão deveria ser grande mesmo, pois gente de todos os povoados viriam à cidade-mãe para comemorar a festa dos judeus. Jesus chama um de seus discípulos e testa a sua fé, perguntando-lhe onde arranjariam alimento suficiente para todo aquele povo. E o discípulo lhe respondeu que nem todo o dinheiro que havia com eles daria para comprar tanto alimento assim. No entanto, um outro discípulo, André, apresentou a Jesus um menino que trazia em uma cestinha apenas 5 pães e dois peixes. Um fato interessante aqui é a questão de como aquele menino sabia que Jesus e os discípulos procuravam como alimentar toda a multidão. De certo, os seguidores de Jesus procuravam ver com eles se alguém tinha algo que se pudesse dividir, de forma a alimentar aos irmãos. E aí entra esse garotinho, com sua cestinha, que deveria conter o alimento de sua família, e entrega a Cristo, procurando fazer a sua parte para ajudar e crendo que a vontade de Cristo se cumpriria na vida de todos. E isto realmente ocorreu. Todo o povo se alimentou e ainda sobraram doze cestos mais com os pedaços de pães que sobraram. E todos glorificavam a Jesus, vendo nele o cumprimento das profecias a respeito do Messias.

Sintam a riqueza dessa leitura para hoje. Trata de partilha, de ajuda, de fazer a sua parte, sem se importar se o irmão ao lado também fará ou não. E, acima de tudo, crê que a vontade de Deus se cumprirá em nossas vidas, de forma tão abundante que restarão sobras, transbordando cálices, enchendo cestos.

Queridos irmãos, o Salmo de hoje também se apresenta riquíssimo para um exame de consciência cristã e eu gostaria de dividir com vocês. È o salmo 27 de Davi, que extraio os seguintes trechos dos versos 4 e 14: “Só uma coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: poder habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida e contemplar a sua beleza... Espera no Senhor e sê forte, fortalece o teu coração e espera no Senhor.”

Como sabemos, Davi era o homem segundo o coração de Deus. Deus escolheu a Davi, um excluído da própria família, um garoto, para guiar o seu Povo. Davi sabia que andando reto nos caminhos do Senhor poderia ter tudo o que quisesse, que o Senhor sempre lhe proporcionaria vitórias contra seus inimigos, riquezas, prestígio, etc. E isto era tão verdadeiro que nem Saul conseguiu matar Davi. Mas Davi, com a pureza de seu coração pedia a Deus somente uma coisa, só uma, de forma incansável: poder habitar na casa de Deus.

Habitar na casa de Deus meus irmãos, é andar nos seus caminhos, obedecer a seus mandamentos, pois assim contemplaremos a beleza de sua face, estaremos debaixo de sua graça, seguro por Suas mãos. É só isto que Davi queria. Ele bem sabia que nada neste mundo, nenhuma riqueza se comparava ao amor de Deus. Que tudo neste mundo era passageiro. E nisto Davi acreditava de todo coração. Ele tinha fé e procurava esperar no Senhor pelas suas promessas.

Talvez aquele garotinho soubesse essa parte das escrituras, ou não. Não se sabe. Mas pelo que podemos observar, aquela criança tinha fé e creu que aquele que falava à multidão era de fato o Senhor. E soube escutá-lo. Sem se importar com o que os outros do povo estavam fazendo ou deixando de fazer, se apresentou com o que tinha de alimento para poder partilhar com o povo. Ele creu no Senhor e esperou o cumprimento da promessa de saciar a fome de milhares.

Queridos, quantas vezes em nossa vida nós deixamos de nos preocupar com nós mesmos, para partilhar às vezes o pouco do que temos com alguém que precisa, com alguém que tem menos ainda? Nos preocupamos se o irmão deu uma esmola, ofertou na comunidade, mas não olhamos para nós mesmos, e paramos para pensar se a nossa oferta, além de ser de coração, está ou não abaixo de nossas possibilidades? Será que tenho esperado em Deus ou preocupo-me comigo mesmo se amanhã terei alguma coisa?

Como já sabemos, tantas pessoas ficaram desabrigadas recentemente em virtude das chuvas que assolaram o Estado do Rio. Nossas igrejas abrigaram dezenas delas, outras centenas estão espalhadas pelos alojamentos criados pela prefeitura e pelo Estado. Será que já saímos do nosso lugar e fomos ofertar nossos pães e peixes para ajudar a alimentar a essa gente toda? Ou não o fizemos porque o fulano falou que vai fazer, porque o que tenho é pouco inclusive para mim, ou mesmo porque de nada vai adiantar o pouco que tenho porque não vai conseguir ajudar toda essa gente? E não falo somente de alimento. Falo de uma palavra amiga, de se doar um pouco do seu tempo para amaparar espiritualmente um irmão, para levar-lhe animo. Como está a nossa fé naquele que prometeu nunca desamparar o seu povo? Onde está nossa fé em Jesus?

Meus queridos, é hora de pararmos para refletir. E as leituras de hoje são propícias para isso. Partilhar o pão. Fazer a nossa parte sem nos importar com quem também está fazendo ou não, sem se importar com o amanhã. Centrar nosso coração em Cristo e jamais se desviar Dele. Pedir que Ele renove sempre nossa fé. Poder habitar na sua casa, trilhar o seu caminho em todos os dias de nossas vidas. Só assim contemplaremos a sua bondade, a sua misericórdia, a sua beleza, as maravilhas suas em nossas vidas.

Pensemos nisto.

Na paz de Cristo. E que Ele nos abençoe.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Jesus te chama...leiam com atenção

Salve amados, a paz de Cristo.

Como todos tem ciência, as últimas chuvas que cairam no RJ deixaram dezenas de mortos e centenas de desabrigados, passando necessidades. E elas estão precisando de você. É uma ótima oportunidade para exercitar a caridade, a humanidade, para levar o Cristo que há dentro de você aqueles irmãos que agora precisam mais que antes.

Hoje trago ao conhecimento de todos, um apelo que circula por nosso vicariato norte, onde o Pe Leandro roga pela ajuda dos que se enontram possibilitados a ofertar, ainda que somente um tempo em suas vidas tão corrida. Leiam com atenção ao seu comunicado:

"Amigos(as),
Hoje recebemos em nossa paróquia 52 pessoas vindas da Comunidade do Urubu, de Pilares. Destas, cerca de 30 são crianças. Precisamos juntar esforços para dar um pouco de ajuda a elas.
Precisamos de:
copos, pratos e garfos descartáveis, pão, café, acúcar e leite em pó, alimentos perecíveis (isso mesmo, perecíveis!): frutas, alface, cebola, tomate, batata, carne... para as refeições cotidianas
papel higiênico, sabonetes, escova e creme dental (higiene pessoal), absorventes femininos, fraldas infantis, lenço humedecido, hipoglós.

Por enquanto, não há necessidade de alimentos não perecíveis. Quase todas as crianças estão em escolas ou creches. Uma kombi da prefeitura virá para levá-las e trazê-las nos horários próprios.
Seria muito importante também uma ajuda afetiva: bater papo (sem invadir a privacidade do salão onde estão os colchonetes), ajudar a ocupar o tempo (principalmente das mulheres...),
recreação para as crianças, bate-papo com as famílias etc.

Atenção:

Não é hora de fazer proselitismo religioso. Nada de pregações. Há pessoas de outras religiões e vamos respeitá-las. Nosso ser cristão aparecerá num gesto de acolhida, numa oração simples (sem estardalhaço) etc.

Há a presença da Guarda Municipal durante a madrugada. Durante o dia, as pessoas da prefeitura estarão por aqui para tomar conta e prestar as assistências necessárias, mas qualquer um pode se oferecer para qualquer ajuda. É só conversar com as assistentes sociais. Há um funcionário da prefeitura para fazer a comida. Quem quiser, pode ajudar a picar ou cortar legumes, folhas etc e a servir a comida...

Amanhã, pela manhã, algumas pessoas da nossa paróquia vêm ajudar no café da manhã.
Alguns já ajudaram MUITO desde o início da tarde. MEU SINCERO MUITO OBRIGADO.

Recebemos muitas doações no fim de semana. Tudo o que chegou levamos para a Igreja N.Sra. da Consolata, de Benfica, que dá assistência à Mangueira.

Meu carinho e orações agradecidas a todos vocês.

Boa noite pra todos(as).

Pe. Leandro
Paróquia Imaculada Conceição e S. Sebastião
Rua Catulo Cearense,26 - Eng. Dentro
Tel. 2599-9900/2569-2244
"

Amados, como esta paróquia, outras também precisam de nossa ajuda. O nosso pároco mesmo comunicou isto na missa dominical.

Não fiquemos inertes ao chamado. É Deus nos chamando. É preciso saber ouvir aos sinais. Vamos dar testemunho de nosso Cristo Ressuscitado.

Na paz de Cristo.

JAG/PASCOM/SAP

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Saber ouvir...

Salve amados, a paz de Cristo.

Hoje é quarta feira, mais um dia que o Senhor fez para nós para que Nele nos alegremos e exultemos.

Hoje quero iniciar este post com votos de felicidades para o meu amado pastor, Pe. Wagner Toledo Moreira, pároco da Igreja Santo Antonio de Pádua, no Cachambi, RJ. Ontem ele completou 14 anos de sacerdócio, 14 anos a serviço de Deus. Que Deus o conserve amado pároco e que o Espírito Santo o ilumine sempre, renovando sua fé e seu ministério a cada dia.

A Palavra de hoje está no evangelho de João 3:16-21


16. De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
17. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
18. Quem crê nele não será condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus.
19. Ora, o julgamento consiste nisto: a luz veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20. Pois todo o que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas.
21. Mas quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que suas ações sejam manifestadas, já que são praticadas em Deus

A passagem acima é continuação do relato de João a respeito dos ensinamentos de Jesus a Nicodemus, um dos chefes dos judeus. Nicodemus era um fariseu, chefe do povo e portanto, inteligente, conhecedor da lei e gozava de prestigio entre todos. Segundo João Nicodemuns foi uma noite ao encontro de Jesus e, reconhecendo ser Ele o enviado de Deus, se coloca a escutar seus ensinamentos. E dentre eles, Jesus vai mostrar o amor de Deus para com seu povo. Que ao enviar seu filho, não o fez como forma de condenação mas sim, de salvação. O filho de Deus havia sido dado em sacrifício para a salvação do mundo, de forma que todo aquele que crer em Jesus tenha a salvação, a vida eterna, o livramento do mal. E continua dizendo que aquele que não crê, aquele que não se aproximar de Jesus, não terá a salvação prometida e perecerá.


Amados, estamos vivendo o período pascal denominado oitava da Páscoa ou segunda semana da Páscoa. Passaram-se pouco mais de 7 dias que Jesus Ressuscitou. Ele está vivo e vive em nosso meio. É neste período meus queridos, que somos chamados a ser testemunhas desta ressurreição. Somos lembrados que pela água e pelo sangue que jorraram na Cruz, fomos libertos do pecado e, portanto, preparados para a missão. E Jesus mostra isso hoje para nós. Jesus ensina a Nicodemus, um fariseu. Sabemos que os fariseus eram judeus arrogantes e julgavam-se conhecedores e cumpridores da lei, mais do que qualquer outro do povo. Não era raro hostilizarem os pobres, usando das leis como armas contra os humildes, aprisionando-os. Mas Nicodemus foi procurar Jesus e o fez a noite, por razões óbvias, para que ninguém o visse dando ouvido Aquele que se dizia o enviado de Deus. Nicodemuns pode ser apresentado a nós como exemplo de humildade. Senão um humilde, ao menos alguém que sabiamente se coloca a escutar aos outros para depois formar seu juízo. A verdade é que aquele Chefe dos Judeus reconhece através das obras de Jesus, ser Ele o enviado Deus e se permite aprender com Ele. Jesus então, traçando um paralelo entre o antigo testamento, se coloca a mostrar aquele fariseu o real sentido dos mandamentos de Deus e suas promessas de salvação para o seu povo amado, fazendo com ele uma aliança, ao enviar o seu único filho, não para condenar o povo, para exterminar como quando os anjos agiam, mas para trazer a libertação, trazer ao mundo a paz, o amor. Mas para isso, era necessário que o mundo reconheça Nele o Cristo e creia; pois aquele que crer será salvo, terá a vida eterna. Mas o que não crer, o que fechar os ouvidos aos seus ensinamentos, os que preferirem continuar agindo como agem, mesmo depois de lhe serem abertos os olhos, estes perecerão, estes já estarão condenados.

Vejam amados, o quão importante é a humildade. Podemos dizer que ser humilde é o primeiro passo para a nossa conversão. Nos despirmos de nossos conceitos, de nossas verdades, é de suma importância para um aprendizado ideal. Ninguém é dono da verdade. Isto é uma verdade absoluta. Mas a verdade está nas Escrituras e Nele é que devemos buscar os ensinamentos que irão mudar nossas vidas, nossa forma de ver o mundo, de ver o outro. Saber ouvir demonstra interesse em aprender e respeito. Dizem que saber ouvir é uma arte. E o é. É um verdadeiro exercício de humildade, da humildade que deve ter o cristão. E como isso é difícil. Não raro termos atitudes tão arrogantes como qualquer fariseu da época de Cristo. Nos arvoramos de termos conhecimento, de sabermos mais que os outros. Até mesmo que os mais velhos julgamos saber. Tratamo-os de forma esnobe, deixando-os de lado, exilando a muito do convívio social. Tratamos aos pobres com desdenho, pré julgando a falta de conhecimento para as coisas e não raro nos aproveitarmos disso para colocar aos outros debaixo do jugo da “lei”.

Mas a reflexão de hoje não fica somente aqui em saber ouvir. Está também em ir ouvir, ir buscar o conhecimento. Também dentro da característica da humildade está o “ir” ao encontro do outro para escutar. Ainda que tenhamos estudo, conhecimento, nunca sabemos tudo. Sempre há alguma coisa que precisamos aprender, que precisamos conhecer, ou mesmo relembrar, afinal, não raro nos desviarmos de fazer a coisa certa e, por costume, julgarmos estarmos corretos em nossos agir. Portanto, é preciso que nos livremos das amarras do orgulho e tratemos de ir buscar conhecimento, de buscar a verdade. Mas é preciso que se diga ainda que não há necessidade de se fazer isto em segredo. Que te importa se outros virem? Os humildes herdarão o reino dos céus. Lembremo-nos disso.

Feliz páscoa... que Deus nos abençoe.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Chorar com os que choram... sorrir com os que sorriem...

Salve amados, a paz...

O Evangelho de hoje está em Jo. 21: 1-14

1. Depois disso, Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim:
2. Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Gêmeo, Natanael, de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos dele.
3. Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Nós vamos contigo”. Saíram, entraram no barco, mas não pescaram nada naquela noite.
4. Já de manhã, Jesus estava alí na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus.
5. Ele perguntou: “Filhinhos, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”.
6. Ele lhes disse: “Lançai a rede à direita do barco e achareis”. Eles lançaram a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes.
7. Então, o discípulo que Jesus mais amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu e arregaçou a túnica (pois estava nu) e lançou-se ao mar.
8. Os outros discípulos vieram com o barco, arrastando as redes com os peixes. Na realidade, não estavam longe da terra, mas somente uns cem metros.
9. Quando chegaram à terra, viram umas brasas preparadas, com peixe em cima e pão.
10. Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”.
11. Então, Simão Pedro subiu e arrastou a rede para terra. Estava cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rasgou.
12. Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor.
13. Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com o peixe.
14. Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.


Meus queridos, João hoje nos relata mais uma, uma terceira aparição de Jesus aos seus discípulos, mas como eu já dizia ontem, certamente Jesus apareceu mais do que essas três vezes, afinal, o discípulo amado relata o que viveu ou no muito o que conseguiu lhe chegar aos ouvidos. Mas hoje não quero fazer meu devocional somente sobre o evangelho. As outras leituras propostas, como sempre, nos trazem material para uma reflexão riquíssima, e isto eu vou tentar partilhar com vocês.

Agora a pouco escrevia eu no twitter que hoje é mais uma sexta feira, mais um dia que o Senhor fez para nós, para que Nele nos alegremo-nos e exultemos (Sal: 118, 24). E continuei escrevendo que esta alegria só não era total em virtude das tragédias que vem assolando o mundo, deixando diversos desabrigados, feridos e mortos. Agora mesmo recentemente aqui no Rio de Janeiro, em Niterói, houve o desabamento de um morro, soterrando cerca de 200 pessoas. Como estas pessoas podem se alegrar no Senhor neste dia? Para quem está a salvo das calamidades, é fácil dar glória, mas para quem perde um ente querido, um filho recém nascido ou mesmo na tenra idade sofre, se desespera, perde as vezes até o pouco de fé que ainda lhe resta. E como estas situações são propícias para que o homem se perca de Deus. É nestes momentos que se faz mais do que necessária a ajuda, não só financeira ou material, mas sobretudo, espiritual.

Em Hebreus, 4, Paulo hoje continua nos lembrando das promessas de Deus quanto a descansar no lugar que fora destinado por Ele ao seu povo. O apóstolo nos lembra que assim como a Moisés, Deus nos fala atualmente pela boca de seu Santo Filho, Jesus. E nos traz a lembrança o alerta do Altíssimo em não endurecermos nossos corações e ouvirmos a sua voz. No tempo de Moisés o povo andava pelo deserto e a cada sofrimento lamuriava, blasfemava, chegaram até rejeitar Deus e maldizer que preferiam continuar sendo escravos em um país estrangeiro. Isto lhes endurecia os corações, impedindo-os de ouvir a voz de Deus e afastando-os mais e mais da Terra prometida. E por isso vagaram por mais de 40 anos pelo deserto. Paulo vai dizer ao final da passagem de hoje, que a Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Julga os pensamentos e as intenções do coração. (Hb. 4: 12). Nisto, lembra a nós que cremos, que não devemos nos deixar desviar dos caminhos de Deus. Por mais que seja nosso sofrimento, nós que cremos, devemos lutar para sempre reforçar nossa fé e esperar o cumprimento das promessas do Senhor ao seu povo.

Mas como cristãos nossa obrigação não para em ter fé. Como diz o salmista: “Aleluia! Celebrai ao Senhor, porque Ele é bom; eterna é Sua misericórdia” (Sl. 118: 1). E como podemos celebrar ao Senhor? O que significa celebrar ao Senhor? Lembram de ontem quando Jesus falava aos discípulos em uma das suas aparições e dizia a eles que eram testemunhas do que viam e que deveriam dar esse testemunho ao mundo. Dar testemunho, amados é antes de tudo, levar o Cristo que está dentro de você aos outros. É ver no irmão o Ressuscitado. Lembra que em todas as aparições os discípulos não reconheciam a Jesus fisicamente? Só quando este lhes falava ou repartia o pão é que aqueles que o seguiram antes da crucificação tinham então a certeza de que se tratava do Cristo, do filho amado de Deus? Pois é queridos, dar testemunho é partilhar do pão, do peixe, da água, da túnica. Levar Jesus aquele que precisa agora é tarefa do Cristão. É o momento oportuno para fazê-lo. Em uma passagem, Paulo e outro discípulo são parados por um aleijado que esmolava e, não tendo nada de material a oferecer, deram o que eles tinham: a paz de Cristo e a cura de seus males, em nome de Jesus.

Pois façamos isto hoje. Exercitemos nossa crença, nossa fé no Ressuscitado, levando a Jesus aqueles que hoje estão sofrendo em demasia. Levemos uma palavra de apoio para mostrar-lhes que Deus tem uma promessa para suas vidas; que Deus não os esqueceu, e que dias melhores virão. E se mesmo isso não lhe for possível fazer, seja por motivo qualquer, não se esqueça que você é intercessor. Interceda, proste-se em oração, rogue ao Senhor pelas vidas que sofrem, pelas almas que se perderam, por tudo o que tem acontecido não só no Rio, mas em todo o mundo como temos visto desde o início do ano. Paulo nos lembra em Romanos 2, que "diante de Deus não são justos os que ouvem a lei, mas serão tidos por justos os que praticam a lei". Portanto, devemos nos amar mutuamente, como o Senhor nos amou ao ponto de dar a vida por nós. Sirvamos ao Senhor de todo o coração; choremos com aqueles que choram e alegremo-nos com os que se alegram. (Rm. 12: 15). Sofrer, todos nós sofremos. O que nos resta é saber sofrer em Deus. Dizemos que Ele é nosso refúgio e fortaleza e perguntamos a quem temeremos. Será que falamos isto da boca para fora? Será que não temos fé e não cremos nas Escrituras que juramos seguir? Portanto, como Paulo disse também em Romanos, “sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Socorrei às necessidades dos fiéis. Esmerai-vos na prática da hospitalidade. Abençoai os que vos perseguem; abençoai-os, e não os praguejeis”, mas que nossas ações não sejam fingidas, que não façamos como os fariseus.

Hoje é o dia que o Senhor fez para nós. Todos nós. Nele, em Deus, devemos buscar nosso descanso, nosso refúgio e, amparados, Nele alegrar-nos e exultarmos seu Santo e precioso nome. Estendamos a mão aquele que necessita. Levemos nosso Cristo aquele que sofre. Levemos a alegria de estar guardado por Aquele que Vivo está.

Na Paz de Cristo Ressucitado..

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Testemunhando a Cristo

Evangelho Lc. 24:35-48


35. Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.

36. Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”

37. Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um espírito.

38. Mas ele disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração?

39. Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um espírito não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.

40. E dizendo isso, ele mostrou-lhes as mãos e os pés.

41. Mas eles ainda não podiam acreditar, tanta era sua alegria e sua surpresa. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?”

42. Deram-lhe um pedaço de peixe assado.

43. Ele o tomou e comeu diante deles.

44. Depois disse-lhes: “São estas as coisas que eu vos falei quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.

45. Então ele abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras,

46. e disse-lhes: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia,

47. e no seu nome será anunciada a conversão, para o perdão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém.

48. Vós sois as testemunhas destas coisas.



Paz amados, a paz de Cristo Ressuscitado.


Hoje continuamos a ver o relato de Lucas onde o evangelista nos conta os momentos vividos pelos discípulos após a morte de Jesus. Até então, Jesus aparecera a poucos, como a Maria na porta do sepulcro, aos discípulos que caminhavam para Emaús, e talvez há mais alguns não citados na bíblia, mas que certamente mereceram a atenção de Cristo.

Hoje vamos ver que os discípulos de Emaús, após caírem em si e se aperceberem que Aquele que havia caminhado com eles e partilhado a refeição na estalagem era o ressuscitado, voltam a Jerusalém e procuram pelos outros discípulos, os quais as escrituras nos dão conta de serem em um grande número, além dos 11 principais, os mais chegados. Os dois começam então seus relatos e contam como o reconheceram, como reconheceram a Jesus ao partir o pão. E nisto aparece no meio deles o próprio Cristo, saudando-lhes com votos de paz. Todos os que estavam reunidos tremem assustados pensando estarem vendo coisas, fantasmas, mas Jesus vai tranqüilizá-los e mostra-lhes através de suas chagas que está de volta, em carne e osso, como predisseram as escrituras. E continua dizendo aos presentes que tudo aquilo que haviam vivenciado era o que Ele ensinava antes dos acontecimentos. E explicando, abriu a inteligência deles para que entendessem as escrituras. Ao fim deste momento, diz Cristo aos presentes o que está nas escrituras: “o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu nome será anunciada a conversão, para o perdão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém”. E assim convoca a todos a serem testemunhas do que haviam visto.


Amados irmãos em Cristo, cada dia que passa me alegro mais e mais neste Jesus que me ressuscitou dos mortos, desse Cristo que me estendeu a mão e me chamou a caminhar com Ele. Devo confessar aos irmãos que tenho encontrado pedras no meu caminho e não raras vezes tenho tropeçado feio, mas não desisto. Minha família e meus amigos não me deixam desistir. São meus “cirineus”, pacientes ao ponto de me estenderem a mão, mesmo que eu insista em não querer. Isso só serve a demonstrar que o processo de conversão é dolorido, é custoso, é difícil. Mas se queremos realmente seguir aquele que deu a vida por nós devemos sempre tentar e tentar. A cada momento. Jesus nos conhece. Ele conhece ao povo que lhe foi dado por herança e chama a cada um pelo nome. Sabe nossas realidades e nos oferece o perdão. Por isso não desisto. Eu sou um cristão e não desisto nunca.


Mas a reflexão para hoje está em dois aspectos do evangelho: primeiro, aquele momento de descrédito onde os discípulos precisam tocar em Jesus para certificarem-se de que as promessas foram cumpridas, e depois ao fato de Jesus novamente chamar-lhes para levar a boa-nova a toda criatura, dando testemunho do ressuscitado.


Como dizia ontem, é da natureza do ser humano ser incrédulo, precisar tocar as coisas para certificarmos de que realmente existe, de sorte que, se não vermos, se não pudermos tocar, não existirá. Em contraponto, colocamo-nos a acreditar em nossa imaginação e vemos “fantasmas” em diversas coisas e fatalmente nos atemorizamos, trememos na base tomados pelo medo. Mas como nos vemos livres disso? Como nos livramos dos nossos temores? Como podemos acreditar senão vemos? Se não vimos como os discípulos viram? Se por mais que eu faça nunca consiga realizar nada em minha vida? Jesus disse uma vez que felizes são aqueles que creram sem terem visto (Jo. 20: 29); um salmista vai dizer para esperarmos em Deus e Ele tudo o fará (Sl. 36: 5). Muitas passagens da Bíblia nos trazem a esperança de dias melhores, de vitória, de paz. Mais nada do que nela está contido nos servirá se não tivermos fé, se realmente não crermos naquilo que nos é apresentado como as promessas do Altíssimo. “Quem crer e for batizado será salvo” (Mc. 16:16). Então, primeira coisa, ter fé. Crer que Ele ressuscitou e está VIVO no meio de nós.


O segundo aspecto da minha reflexão está no chamamento à missão. Aos discípulos reunidos, a nós que cremos, Jesus vem chamar-nos a sermos testemunhas de tudo o que foi vivenciado, de tudo o que foi vivido e levando nosso testemunho, anunciar ao mundo, em Seu nome, a conversão para o perdão dos pecados, a todas as nações, a todos os povos. Assim, Cristo nos exorta a sermos missionários, a sair em missão do anuncio da boa-nova, a pregar a conversão dos pecados ao mundo, a toda criatura das mais diversas nações. Se pela fé vivemos a Palavra, pela nossa fé devemos anunciar a Jesus. E aí entra a parte mais importante e difícil de nossa missão. A conversão deve ser anunciada a começar por Jerusalém, deve ser iniciada a começar por nossa casa, por dentro de nós, por nosso coração. Ah! Como é difícil. Como posso anunciar a paz de Cristo se eu mesmo vivo em guerra com familiares, com vizinhos, com amigos? Como posso dar testemunho de piedade e compaixão se não tenho isso para com aqueles que erram para comigo? Como posso ser aquilo que Jesus me pede para ser se “caio” sempre que tropeço? Por isso é preciso estar sempre em vigília. É preciso estar atentos e, a todo momento, cuidarmos para não tropeçarmos nas dificuldades da vida que nos levam a pecar. E não menos importante: não desistir nunca. Jamais. E para isso é necessário estarmos sempre em comunidade pois é lá que encontraremos nossos “cirineus” que nos ajudarão nessa caminhada. Não devemos nunca temer nada. Não devemos nos atemorizar em virtude dos percalços da vida. Lembremos sempre: A paz do ressuscitado chegou até nós. Ele está conosco e caminha ao nosso lado, dando-nos serenidade e força para caminharmos. Creiamos, nos convertamos e saiamos para anunciar isto.


Na paz de Cristo...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Reconhecendo ao Ressuscitado

Salve amados,

Ultimamente tenho tido pouco tempo para aparecer por aqui. Mas não esqueço desta minha “casa”, deste lugar em que posso partilhar meu devocional, minha busca a Cristo.

Esta semana que passou pude celebrar com minha comunidade, a de Santo Antonio de Pádua, a nossa Semana Santa, onde pudemos refletir e viver com o coração, toda a paixão, desde a entrada em Jerusalém até sua crucificação, e a glória do Senhor, a nossa Páscoa. Com isso, liturgicamente entramos no tempo pascal que se estenderá até a celebração de pentecostes, em maio. Nesta semana entramos na Oitava da Páscoa, onde buscamos celebrar toda aquela semana em um único dia. E por isso nós dizemos que a Páscoa dos cristãos é eterna, não é celebrada em uma única data do ano, mas durante todos os dias do ano, através da Eucaristia, que foi instituída por Cristo na Santa Ceia. È ao redor da mesa, ao redor do altar, que relembramos diariamente o sacrifício de Jesus para, ao final, celebramos a sua ressurreição na comunhão. Por isso as celebrações não devem ser meramente acompanhadas, mas vividas por todos. Mas vamos a reflexão de hoje.

Evangelho
Lc. 24:13-35

13. Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, a uns dez quilômetros de Jerusalém.
14. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.
15. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles.
16. Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo.
17. Então Jesus perguntou: “O que andais conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste,
18. e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?”
19. Ele perguntou: “Que foi?” Eles responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo.
20. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
21. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram!
22. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo
23. e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo.
24. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém viu”.
25. Então ele lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!
26. Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?”
27. E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele.
28. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante.
29. Eles, porém, insistiram: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entrou para ficar com eles.
30. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles.
31. Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles.
32. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”
33. Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos.
34. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!”
35. Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.



Esta passagem do Evangelho nos relata dias após a morte de Jesus e nos mostra a tristeza que se abatera sobre o povo que o seguia. Entristecidos, desanimados e ao mesmo tempo incrédulos, dois dos discípulos de Cristo caminhavam por uma estrada, indo embora da cidade de Jerusalém para onde certamente teriam ido acompanhado-o. Jesus se aproxima deles, indagando-os pelo motivo de tal tristeza. Mas eles não o reconhecendo, devolvem-lhe a pergunta, indagando se por acaso não sabia o que tinha acontecido, contando-lhe que haviam ido a Jerusalém acompanhando aquele que iria libertar o povo, que sofreria, mas ao terceiro dia ressurgiria em toda sua glória; mas que esse tempo havia passado e nenhum sinal do Salvador fora visto, a não ser pelo relato de algumas mulheres que haviam ido ao túmulo onde o haviam enterrado e nada encontraram a não ser as suas vestes. Jesus vendo a tristeza de seus seguidores, resolve então explicar-lhes todas as partes das Escrituras que relatavam aquele momento e as profecias da ressurreição, até que chegando a um vilarejo, buscam hospedagem para o pernoite e, à mesa, o Senhor partilha o pão com os dois e logo em seguida desaparece. Aí começam a entender e ver que Aquele que esteve com eles era o Senhor que ressuscitara.

Olhem amados, que linda passagem. Sintamos a riqueza dos acontecimentos. Sintamos o fogo do Espírito Santo ardendo em nossos corações como ocorreu aos discípulos de Emaús, como é conhecida essa passagem. Ela nos mostra primeiramente que nunca, mas nunca mesmo, caminhamos sozinhos. Ela nos mostra que Jesus está sempre conosco, nós que o amamos e o glorificamos e que o seguimos, principalmente em nossos momentos de tristezas, de pouca fé.

Quem diz que cristão não se abate está enganado. Cristão se abate, se entristece, se deprime, se irrita e também por vezes tem a fé abalada. A vida que o mundo nos oferece é dura, não é fácil. Seja para os jovens ou adultos, a caminhada é difícil. É a falta de emprego, problemas financeiros, de saúde, etc. Muita coisa acontece para nos desanimar, para abalar nossa confiança, nossa fé. Parece até estamos vivendo no deserto, que estamos caminhando sem rumo. Agora mesmo, ontem, dia 6 de abril, em que foram contabilizadas mais de 100 mortes em virtude das chuvas que assolaram o Estado do Rio de Janeiro. Como falar de Deus para as familias dessas pessoas que perderam seus entes queridos? Quantas famílias que ficaram desabrigadas, que perderam o pouco que tinham, que muitas das vezes passam a vida toda juntando os trocadinhos para poderem adquirir as coisas, suas casas, suas mobílias e tudo foi-se embora. É triste. É desanimador. Falar em esperança numa hora dessas é até tomado como ofensa. Então é licito se entristecer, afinal o homem tem coração, se magoa. Mas é aí que o cristão vai diferenciar, pois não deve permanecer nestas situações de mágoa. O cristão pode até cair, como Cristo caiu varias vezes em sua via crucis, mas tem que se levantar, tem que reviver, tem que buscar nas escrituras, o motivo para sua alegria, para o animo, para a vida nova. Ainda que não encontre pelo caminho o seu Cirineu, certamente vai ter Jesus ao seu lado, ajudando, confortando seu espírito. É preciso que busquemos a Cristo. É preciso que não viremos nossas costas e nos afastemos do local onde foi realizado o sacrifício. Essa busca pela nova vida é que nos leva a Eucaristia, é o que nos leva a mesa do Senhor, ao altar, onde celebramos a vida eterna, onde vamos ver que Aquele que esteve conosco, dando-nos animo, nos levantando, nos tirando do abismo é o Senhor que ressuscitou. Mas para isto é preciso que estejamos com o nosso coração aberto à vinda do Salvador, que saibamos reconhecê-lo quando o escutarmos. Paulo vai falar isto em Hebreus (Heb. 3: 7-10) alertando-nos para nosso descrédito, nossa má vontade em escutar a voz de nosso Senhor, lembrando-nos do que acontecera com o povo saído do Egito que endureceu o coração e pôs Deus à prova, padecendo durante 40 anos no deserto.

7. Por isso — como diz o Espírito Santo —, “hoje, se ouvirdes a sua voz,
8. não endureçais os vossos corações, como na rebelião, no dia da tentação, no deserto,
9. onde vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras
10. durante quarenta anos. Por isso, irritei-me com essa geração e afirmei: sempre se transviam no coração e desconhecem os meus caminhos.

Pensemos nisto.

Na paz de Cristo,

segunda-feira, 29 de março de 2010

Semana Santa

“Se contra mim acampa um exército, meu coração não teme; se contra mim ferve o combate, mesmo então tenho confiança...” Sal; 27,3

Bom dia povo de Deus. Paz e bênçãos. Que este seja verdadeiramente mais um dia que o Senhor fez para nos alegrarmos e Nele exultarmos seu santo nome. Hoje faz 2 meses que minha mãe partiu de volta ao Pai. Sinto saudades, mas vou seguindo na certeza de que ela recebeu sua coroa e seu galardão e está inserida no coro de santos adorados.

Iniciamos ontem, domingo, as celebrações da Semana Santa e, como agente de Pastoral da Comunicação, é o tempo de um trabalho constante na paróquia da minha comunidade, na Sto Antonio do Cachambi, RJ. Durante esta semana reviveremos a paixão de Jesus para que nunca venhamos a nos esquecer o seu sacrifício para nossa salvação. No próximo Domingo, de Páscoa, chegaremos ao ápice das nossas festividades, quando então estaremos celebrando a ressurreição do Senhor. Celebrar a paixão de Cristo tem para nós um sentido único de um verdadeiro retiro onde devemos refletir a nossa escolha em seguir a Jesus. É refletindo na paixão e morte de Cristo que verdadeiramente poderemos nos alegrar na vitória de sua ressurreição. A Páscoa será a aliança eterna que nasce a partir da chegada de Jesus a Jerusalém para se entregar. Jesus não foi a Jerusalém senão para se cumprir as profecias, a começar pelo jumentinho que iria transportá-lo à cidade (Jeremias; 9,9). Portanto, devemos esta semana estar em comunidade para podermos celebrar com o coração contrito toda a paixão do nosso Salvador. Quem quiser ver como estão sendo as celebrações na Paróquia, é só acessar: http://santoantoniocachambi.blogspot.com

Mas vamos a nossa reflexão para hoje. As leituras propostas estão maravilhosas, lindas e de grandes reflexão: Is:42,1-7; Sal:27,1-3, 13-14; Jo:12,1-11. Primeiro as profecias de Isaias a respeito do ungido do Senhor: “Eis meu Servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião”. Deus nos chama a sermos missionários da sua Palavra, da sua lei, do seu direito. Todo batizado, todo aquele renascido em Cristo tem essa obrigação: levar a Palavra de Deus a todas as criaturas, a fim de torná-las homens novos. Depois veremos Davi louvando ao Senhor pelas bênçãos de sua proteção, o seu amparo, o acalento do justo que sabe esperar no Senhor. Davi nos exorta a sermos fieis; saber esperar no Senhor pelas suas promessas, sem temer mal algum, nenhum inimigo, pois Deus é nosso protetor. Ele vai sempre a nossa frente derrubando os que se opõe contra nós. Por sua vez, no evangelho veremos as atitudes vis de Judas, um discípulo de Jesus, aquele que iria entregar Cristo nas mãos dos opositores. Judas era uma espécie de tesoureiro do grupo que seguia Jesus e sempre que podia, fatalmente desvia os poucos recurso que o grupo recebia. Por querer sempre mais, por sua ganância, não perdia uma oportunidade colocar para fora sua mesqinhez, sua avareza, demonstrando, assim, que nem todos que dizem seguir a está realmente com o coração convertido. Quantas pessoas vemos assim em nossos dias? Será que nós mesmos não agimos assim? Analisemos nossos passos. Façamos um exame de consciência. Cristo está voltando. Ainda há tempo de segui-lo.

Meus queridos irmãos, paz para todos e uma ótima Semana Santa de muita reflexão e esperança em Maranathá...