terça-feira, 30 de junho de 2009

O medo e a falta de fé

Evangelho de Mateus:8, 23-27

23. Então Jesus entrou no barco, e seus discípulos o seguiram.
24. Nisso, veio uma grande tempestade sobre o mar, a ponto de o barco ser coberto pelas ondas. Jesus, porém, dormia.
25. Eles foram acordá-lo. “Senhor”, diziam, “salva-nos, estamos perecendo!” —
26. “Por que tanto medo, homens de pouca fé?”, respondeu ele. Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria.
27. As pessoas ficaram admiradas e diziam: “Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”


Paz, amados. A paz de Cristo.

Hoje Mateus nos relata a passagem em que Jesus, após o sermão da montanha, se coloca a ir para o outro lado do mar da Galiléia, rumo à Gadara, cidade grega, por isso, pagã. Após entrar na embarcação que o conduziria, Jesus adormece, talvez descansando de todo aquele dia que havia tido, curando enfermos, pregando, fazendo Suas maravilhas. Em meio à travessia, uma tempestade toma conta do mar e ondulações atingem a barca, enchendo-a d´água a ponto de parecer que iria perecer. Os discípulos, assustados, acordam Jesus que ainda assim dormia, e pedem-lhe que salve-os. E Jesus levantando, manda que a tempestade cesse e repreende seus seguidores que, mesmo após estarem junto D´Ele não só naquele dia, mas desde o início de Sua jornada, ainda não tinham fé. E a prova disto é o relato da admiração que tomou conta daqueles homens, pois ainda se perguntavam quem era aquele que até os ventos e o mar o obedeciam.

Pois bem meus queridos irmãos. Quantas vezes em nossa caminhada, não nos deparamos com situações tempestuosas, tortuosas? E quantas vezes nessas situações nos perguntamos: “aonde está tu, Jesus, que me deixa passar por tudo isso?”.

Assim como aqueles discípulos, também somo fracos na fé, não temos a confiança Naquele que nos guia. Muitas das vezes até mesmo duvidamos que Ele realmente esteja conosco. “Poxa, vamos as missas todos os domingos, fazemos boas obras, oramos diariamente, mas mesmo assim passamos por dificuldades em nossas vidas. Será que Deus realmente está ao nosso lado? Aonde estamos errando?”

E eu digo: aí estamos errando. Começa que quando tudo anda bem, nem nos lembramos Dele. Mal fazemos nossas obrigações. Mas quando algo nos acontece, quando nos chega uma tempestade, a primeira coisa que nos lembramos é de “acordá-lo” para que venha nos salvar. Deixamos o medo se apossar de nosso espírito. Mas Deus está sempre ao nosso lado. Ele sabe todas as coisas e conhece nossas necessidades. Isto me faz recordar uma mensagem que rodava pela internet até pouco tempo e contava a história de uma pessoa que ao chegar ao céu, interpelava Jesus sobre muitas das vezes em sua caminhada não sentir a Sua presença, apontando para o fato de haver somente um conjunto de pegadas em seu trajeto. E nisto Jesus lhe diz que nunca o havia abandonado e que o único conjunto de pegadas que via era justamente nos momentos em que era conduzido no colo de Seu Pastor, tal como uma pequena ovelha.

A passagem de hoje nos ensina a termos fé, confiança de que as tribulações serão sempre vencidas se estivermos N´Ele. È pela fé que adquirimos nossa fortaleza. Nos tornamos fortes, capazes de empurrar as barreiras que nos impede de vencer as etapas de nossa jornada. Quando deixamos de lado nossa fé, nossa esperança, deixamos o medo tomar conta de nós. E o medo é obra do malígno. Se temos medo, ficamos à merce dos nosssos inimigos. Por isso sempre precisamos estar fortes.

Jesus não nos desampara, mas caminha a nosso lado, confiante de que nós podemos passar pelos momentos difíceis. Certamente, Ele não espera que vacilemos em nossa fé, mas quando isto acontece, temos Ele ao nosso lado, nos amparando, nos carregando em seu colo. Ele é Pai de infinita misericórdia. Tenhamos fé, acreditemos em Nosso Senhor. Ele mesmo nos disse uma vez que ainda que nossa fé fosse do tamanho de um grão de mostarda, montanhas seriam movidas. Portanto, amados irmãos, fortaleçamos nossa fé naquele que tudo pode, que tudo quer a nosso favor.

Na Paz de Cristo e no Amor de Maria,

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Apóstolo Paulo

2Tim:4,6-8;
2Tim:4,17-18

6. Quanto a mim, já estou sendo oferecido em libação, pois chegou o tempo da minha partida.
7. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.
8. Desde agora, está reservado para mim o prêmio da justiça que o Senhor, o juiz justo, me dará naquele dia, não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor a sua manifestação.
17. Mas o Senhor veio em meu auxílio e me deu forças. Assim, pude completar a proclamação da mensagem, para todas as nações a ouvirem. E eu fui libertado da boca do leão.
18. O Senhor me livrará de todo o mal que me queiram fazer e me salvará, admitindo-me em seu reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.

Salve a todos,

Hoje é o dia em que, de fato, encerramos o Ano Paulino, esse um ano em que o Papa, guiado pelo Espírito Santo, dedicou ao Apóstolo, nos possibilitando conhecer um pouco mais de sua vida e sua importância para a difusão do cristianismo.

Ontem já havia falado alguma coisa mas, por mais que possamos ser repetitivos, nunca é demais falar de um homem que dedicou sua vida a Jesus. De corpo e Alma, este homem que outrora esteve do outro lado da vida, se deixou “derrubar do cavalo” e “reaprendeu a ver a vida com outros olhos”. Se deixou virar do avesso e adotou a Cruz como sua Salvação.

Paulo que foi um Judeu dedicado às escrituras e que a defendia com bravura e destemor, ao converter-se, passou a defender com a mesma garra a Cristo Jesus. Homem inteligente que era e ainda mais, guiado pelo Espírito santo, não precisava muito para que, quando chegasse a uma localidade, observasse tudo a sua volta e tirasse disso o proveito para levar a Palavra de Jesus. E com isto convertia também muitos ao que hoje conhecemos cristianismo.

Falar sobre Paulo não é difícil, mas contar, ainda que um pouco sobre sua vida, é coisa que nem em um ano se consegue. Até porque, como outros Apóstolos, sua vida se seguiu por séculos e séculos. Seus ensinamentos, seus exemplos, foram seguidos até os dias de hoje, sendo sempre interessante conhecermos o que Jesus fez na vida deste homem, o que representou para as conversões realizadas.

Paulo sempre foi confiante em Deus. Sempre esperou em Deus. Mesmo com todas os problemas vividos pelos cristãos, Paulo nunca deixou de pregar. Ao revés, com a garra de um guerreiro, levava a Palavra aonde fosse, sem temer represálias. O texto escolhido para hoje nos demonstra isso. Paulo afirmava que havia combatido o bom combate, representando isto que tudo o que havia feito, realizado, o foi para obra de Deus, para manter viva a pessoa do Salvador. E que nada havia sido em vão. Em sua caminhada Deus sempre esteve com ele, amparando-o, carregando-o e falando através dele. Paulo foi um verdadeiro servo do Senhor.

Assim amados, façamos de tudo para que vivamos a cada dia os exemplos deixados por este nosso irmão que lutou pela difusão da Palavra, sendo um dos maiores responsáveis por a conhecermos hoje. Que possamos nós também, agora um pouco mais cientes de nossa obrigação de evangelizar, sairmos pelo mundo, sairmos dos nossos lugares e levarmos a Palavra a quem ainda não a conhece. Que peçamos ao Espírito Santo que nos dê a inteligência e força que deu a Paulo para que possamos com satisfação cumprir nossa jornada.

Que os ensinamentos deixados por este Apóstolo, não caiam no esquecimento. Que este ano frutifique-se em outros, por todo o século.

A paz de Cristo e o amor de Maria.

domingo, 28 de junho de 2009

Pedro e Paulo, Apóstolos de Cristo

Paz e bênçãos amados,

A Igreja Católica celebra hoje, sonelemente, Pedro e Paulo, alicerces da Igreja de Cristo. Nesse dia dos seus nascimentos para os céus, também celebramos o dia do Papa e, antecipadamente, o encerramento do Ano Paulino.

Pedro que durante toda uma vida foi um pescador, um homem rude, praticamente sem instrução a não ser o que a vida lhe ensinara, foi um dos primeiros seguidores de Jesus, quando Ele ainda pregava na Galileia e, por falta de espaço na sinagoga, pediu que Simão, nome primitivo de Pedro, o levasse em sua barca a um ponto afastado das margens do lago para que pudesse falar à multidão que ali se aglomerava. Pedro não conhecia a Jesus, mas certamente já havia ouvido falar de suas proezas e maravilhas e não deixou de atendê-lo. Após o sermão daquele dia, Jesus perguntando a Pedro sobre a pesca, ouviu dele uma resposta em tom de desanimo que teria sido mal sucedida por causa da escassez da época. E nisto Jesus lhe diz para irem à águas mais profundas. Mesmo incrédulo, Pedro foi com Ele, e contrariado jogou a rede que acabara de lavar, mas as maravilhas na vida de Simão começaram. Os peixes caíram-lhe na rede e não parava mais. Eram tantos que foi necessário chamar mais barcos para ajudar a trazer para a margem a quantidade de peixes.

Diante disto, não poderia de Pedro tomado outra atitude senão reconhecer naquele homem, Sua divindade e, humildemente, pedir para que Jesus dele se afastasse pois era um pecador.
Mas Jesus não ouve o que Simão lhe fala e lhe diz para segui-lo pois ele passaria a partir de então ser pescador de homens. E Pedro foi com Ele. Pedro ainda iria ao longo da sua jornada com Jesus vacilado mais tantas outras vezes, como quando deveria ter demonstrado sua fé, andado sobre as águas, quando interpelou Jesus dizendo que Ele não morreria, que não sofreria sua Paixão, quando demonstrou sua impaciência quando Jesus lhe perguntara sobre seu amor para com Ele, quando desembainhou sua espada ferindo um dos soldados que fora prender Jesus e, a mais célebre de todas, quando negou por três vezes que Dele fosse seguidor. Mesmo assim, mesmo diante de tantas demonstrações de destemperos humanos, Cristo lhe confiou as Chaves do Reino, declarando unido, aliançado, tudo o que fosse por intermédio dele ligado, aprovado e fazendo dele, o pilar da Igreja de Cristo na Terra.

Paulo, cujo nome de batismo era Saulo, nasceu em Tarso em uma família rica tendo aos 14 anos começado a receber uma educação rabínica, que o iniciaria com mais profundidade nos ensinamentos das Leis Judaicas. Mandado a estudar em Jerusalém, tomou conhecimento de uma seita que surgia e pregava ensinamentos contrários ao judaísmo e por isso, começou a persegui-la de forma imbatível. Era como um soldado, um “militar” do Templo dos Judeus e servia aos Sumos Sacerdotes na tentativa de exterminar os cristãos. Assim era Paulo. Ao contrário dos 12 apóstolos, tinha educação. Era rico, conhecedor das leis judaicas e também gregas, tinha acesso aos romanos. Gozava de um prestígio que lhe trazia muitos benefícios, em todos os sentidos. Paulo não conheceu Jesus pessoalmente, embora tenha vivido em sua época. Tão pouco sabia quem o tinha sido, talvez pela falta de informação, haja vista a dificuldade de noticias entre as cidades mais distantes. Mas conhecendo a seita que surgia e se declarando um defensor das leis mosaicas, foi mandado pelos sacerdotes à Damasco onde, no caminho, teve seu encontro com Aquele que viria mudar toda a sua vida: Jesus que neste tempo, já não mais habitava em nosso meio. Paulo pe jogado por terra de seu cavalo, fica cego e é mandado para os braços daqueles que perseguia. Inteligente e dotado de cultura, não foi difícil para Paulo aprender muita coisa a respeito de Jesus. Mesmo sendo considerado um traidor e tendo a desconfiança dos cristãos, Paulo foi recebido por eles em seu meio, e mandado a pregar fora de Jerusalém, tendo passado pela Grécia, Macedônia e o que hoje seria a Europa. Por pregar para não judeus e dado a eles a possibilidade de também conhecer a Salvação, Paulo foi chamado Apóstolo dos Gentios.

Pedro e Paulo se encontraram por uma primeira vez, em Jerusalém quando Paulo quis aprender mais sobre Jesus. Mais tarde, já próximos de suas mortes, encontram-se uma outra vez em Roma, aonde conviveram ainda mais um pouco. Embora a distância e seus chamados os impedissem de participar mais ativamente juntos, seus corações estavam unidos, pois ligados por Aquele que havia morrido na Cruz para a salvação do mundo.

Celebrar estes dois homens de Deus deve ser, para todos os cristãos, algo de muita honra. Pedro, por ter sido um seguidor de Cristo que mais se parece conosco, homens mortais, dotados de toda sorte de descrença, pessimismo, rudeza, impaciência, etc. Mas, mesmo diante dessa sua “desqualificação”, Jesus lhe abandonou ou escolheu outro para apascentar Suas ovelhas. Pedro é considerado pela Igreja Católica o primeiro Papa, denominação esta que só viria a surgir séculos mais tarde, por ter sido um dos primeiros “bispos” de Roma. Mas Pedro deve ser visto como algo maior. Pedro foi o primaz de Jesus. Aquele homem que, mesmo com atitudes tão distantes de tudo o que Jesus pregava, foi por Ele escolhido para levar a sua Palavra e seus ensinamentos. Já Paulo, não era rude, ao contrário, era um homem rico, de posses, de cultura, de prestígio, mas que literalmente cai do cavalo. Foi derrubado de tudo o que ele acreditava ser o certo e tal como uma criança que nasce para aprender, fica cego, sendo sua visão restaurada aos poucos e a partir de então vai ao mundo levar a Boa Nova.

Pedro e Paulo representam assim, a força e a garra dos Evangelistas. Representam a fé de homens que se converteram, que foram modificados ao contato com Jesus e Dele não se desgarraram nunca mais. Saíram pelo mundo a pregar, a ensinar tudo aquilo que viveram e que lhes tinha sido passado. Ensinaram aos judeus inicialmente, pois Cristo era Judeu, mas também aos Não Judeus, aos Gentios, ao mundo que nós fazemos parte. Assim a Palavra nos chegou. E assim nos vemos obrigados a continuar difundindo-a.

Assim amados, hoje Jesus nos Chama, nos tira do mar e nos joga fora do nosso cavalo, nosso estado de prostração, de acomodação e nos manda a mares profundos, a outras cidades fora da “Jerusalém” que conhecemos e da qual já participamos e somos irmãos, para pregar Seus ensinamentos, dar a vida pela Palavra se preciso for, com será pois está escrito em Mateus 10 que, por sermos seguidores de Cristo, iremos também ter que pegar a nossa cruz e carregá-la.

Amanhã, dia 29 de junho, a Igreja encerra o ciclo das celebrações pelo Ano Paulino. Durante este um ano foram feitas homilias, realizados grupos de estudos, simpósios, retiros, enfim, uma série infinita de atividades nos foi trazida para conhecermos um pouco mais deste Apóstolo dos Gentios.
Mas que este ano de celebrações possa para nós merecer um destino diferente dos tantos outros que celebramos e nem mais nos lembramos. Que mantenhamos sempre viva dentro de nós a chama do fogo que foi acesso por Paulo. Que renovados pelos ensinamentos que nos chegaram, pelas Palavras dele, possamos descer de nossos cavalos, de nossos pedestais, de nossa superioridade, as vezes travestida de timidez, e difundir a Boa Nova de Cristo, os Seus mandamentos.

Que este dia se encerre o Ano Paulino, para iniciarmos implacavelmente, por todo o sempre, nossa jornada, fora das nossas “Jerusalém”.

Na Paz de Cristo.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Festa Julina no Cachambi - RJ


Os que moram no Rio de Janeiro e próximo ao bairro do Cachambi não podem perder a grande festa julina realizada pela Paróquia Nossa Senha da Conceiçao Aparecida, na Rua Ferreira de Andrade.


Já é um evento tradicional da localidade. Reuna seus amigos e participe das festividades da comunidde.




Campanha Ficha Limpa


Salve amados,
Na 46ª Assembléia da CNBB, ocorrida em São Paulo, foi aprovado pelos Bispos a realização da campanha "Ficha Limpa", tendo como objetivo a arrecadação de assinaturas para apresentação no Congresso Naciaonal de projeto de lei modificando a legislação eleitoral no que diz respeito a possibilidade de candidaturas de pessoas que estejam em débito com a justiça brasileira.
Tão logo terminada a Assémbleia, a arrecadação de assinaturas tomou as paróquias brasileiras, mas de uma forma muito tímida, não tendo sido ainda alcançado o número suficiente de enganjamento. Só o Rio de Janeiro mandou pouco mais de 19.000 assinaturas.
Assim, a pedido da CNBB, o Arcebispo Dom Orani João Tempesta, determinou um período intenso para coleta de assinaturas: do dia 26 de julho até 16 de agosto.
Serão três semanas em que o arcebispo pede criatividade das igrejas para conseguir mobilizar as pessoas. Todas as paróquias da cidade farão distribuição das fichas de assinatura após as missas dominicais.
O Padre Manuel Manangão, Vigário Episcopal para a Caridade Social, fará o incentivo para que as paróquias montem grupos que se responsabilizarão pela captação das assinaturas, e esclarecerão o projeto de lei, mas ele alerta:
- É preciso ter cuidado, pois cada pessoa só pode assinar uma única vez. Se o sistema detectar uma assinatura ou título de eleitor repetido, uma folha inteira será cancelada.

O Monsenhor Joel Portella Amado, da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, ressalta quatro problemas que a Campanha “Ficha Limpa” enfrenta:
- Primeiro não há muita divulgação. Em segundo é um processo difícil, pois é necessário o título de eleitor e as pessoas não costumam andar com ele. Há também pouca mobilização das comunidades e por fim, a falta de esclarecimento sobre a lei.
Para o Monsenhor Joel é importante a colaboração das pessoas, que um incentive o outro a assinar e assim conseguir as 1,3 milhão de assinaturas necessárias. Mais informações sobre a campanha podem ser encontradas no site do MCCE- www.lei9840.org.br
Na Paz de Cristo e no Amor de Maria

Jesus, a cura de todos os nossos males

Salve meus amados.

O Evangelho de hoje é de Mateus: 8, 1-4

1. Quando Jesus desceu da montanha, grandes multidões o seguiram.
2. Nisso, um leproso se aproximou e caiu de joelhos diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tens o poder de purificar-me”.
3. Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica purificado”. No mesmo instante, o homem ficou purificado da lepra.
4. Então Jesus lhe disse: “Olha, não contes nada a ninguém! Mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferenda prescrita por Moisés; isso lhes servirá de testemunho”.


A Boa Nova de ontem nos relatava o final do Sermão da Montanha.Terminado o sermão, Jesus desce a montanha e é parado por um leproso que pede-lhe a cura de sua doença, reconhecendo o seu Poder. E, diante da sua fé, ele se recupera. Jesus então lhe pede que não conte nada a ninguém, mas compareça ao sacerdote e apresentar a oferenda prescrita por Moisés.

Amados, vemos nestes trechos citados pelo Evangelhista Mateus, interessantes aspectos da vida de Jesus, agora se apresentando a nós como o Enviado de Deus aos homens.

Primeiro vem ser o fato de um leproso “parar” Jesus. Os leprosos, como já sabemos, eram pessoas banidas da sociedade e, pela Lei, tinham de viver afastado das cidades, não podendo delas se aproximar. Se alimentavam das comidas deixadas por benfeitores à beira das estradas nas localidades aonde viviam. E se vissem alguém são, eram “obrigados”, ainda à distância, a informar sobre sua condição, afastando-se, já que o são seria considerado doente se tivesse algum contato com o leproso. Eram tidos como verdadeiros impuros e suas doenças consideradas castigo de Deus. Mas Mateus nos diz que o leproso se aproxima de Jesus, sem indicar-lhe sobre sua condição.

Segundo, dada a condição do leproso, este fatalmente estaria bem distante do restante do povo que escutava a Jesus, talvez, até, nem escutando direito o que era falado. Mas espera Ele descer da montanha e pede-lhe a sua cura, reconhecendo Nele o poder da cura. Aliás, o leproso pede a compaixão de Jesus que até então era tido como um profeta e não filho de Deus. O leproso reconhece o Poder de Jesus, como o próprio Deus e como seu Senhor.

Terceiro, Jesus se compadece do homem e tocando-o, imediatamente este fica curado. Ora, como já disse, ninguém podia tocar em um portador da pior moléstia da época, sob pena de ser assim também considerado. Mas Jesus não vê isso. Como judeu e conhecedor da Lei, Ele sabia o que poderia lhe acontecer, mas misericordioso, não se afasta do leproso, lhe toca e concede a cura.

Por fim, orienta ao homem que não conte a ninguém sobre o fato, devendo dirigir-se imediatamente ao sacerdote e apresentar sua oferendas a Deus, como Moisés havia determinado.
O fato de Jesus não querer que se conte a ninguém sobre o ocorrido nos leva a imaginar que Ele possa temer que isto venha a lhe causar algum empecilho em sua jornada. Muitas coisa podemos imaginar pois os motivos não foram descritos. Mas uma coisa estranha é que se estavam ao pé do monte uma grande multidão, certamente alguém teria presenciado a cena e isto seria mais um dos feitos realizados por Jesus que aquela altura já vinha curando gentes. Mas duas coisas são certas. Uma é se apresentar ao sacerdote, pois este como chefe dos judeus, conhecedor das leis e juiz, certamente reconheceria a cura do homem e o consideraria apto a ser entranhado no seio da comunidade. Mas também é certo que isto serviria a gerar os problemas sofridos por Jesus advindos da classe de doutores, pois quem seria este que cura os doentes? Quem é esse que produz milagres? Pois bem, a outra coisa também interessante é que o homem deveria apresentar suas oferendas a Deus conforme prescritas por Moisés e não por outro qualquer. Nem conforme o sacerdote lhe determinasse. Essa oferenda como agradecimento a Deus pela sua cura, certamente seria, conforme outras passagens biblicas, a realização de trabalhos em pró da Casa de Deus, uma dedicação exclusiva ao Todo Poderoso.

Pois bem meus amados. Nossa reflexão de hoje está centrada em todos estes fatos. E sempre em 2 aspectos: um o nosso lado perante a Deus e outro, junto de nossos irmãos.

Hoje são poucos os casos de lepra - a chamada hanseníase - sendo quase inexistentes em paises desenvolvidos. Temos também outras enfermidades, outras moléstias devastadoras como o câncer, como as gripes do frango, do porco. Inclusive a Aids, sendo que esta, como a lepra, já é comum a pessoa viver afastada da sociedade. Mas temos também outras moléstias, da alma, do espírito, que nos acomete deixando-nos solitários, afastados dos outros, inclusive de Deus. Mas, assim como o leproso, devemos hoje ver em Jesus, o Todo Poderoso. Reconhecer Nele o poder de nos curar, nos levantar, nos trazer de volta a vida, nos estender a mão e puxar-nos de um rio de tormentas. Mas nada disso adiantará se nossa fé for pequena, como a foi com Pedro sob as águas. A fé remove montanhas, e também enfermidades do corpo e da alma. Basta acreditarmos pois o nosso Deus é o Deus do impossível. Senão, do que adianta estarmos na Igreja, termos uma religião se não temos fé que a cura vai chegar? Por sua vez, devemos ser como Cristo e nos deixarmos aproximar por aquele irmão que necessita de nós, por aquele irmão que nos pede a ajuda. Sabe aquele irmão que consideramos “chato”, problemático por causa da bebida ou o que só sabe falar mal das pessoas? Quem sabe quando eles aparecem, justamente não estão pedindo sua ajuda? Já estendeu a sua mão hoje para alguém?

Jesus hoje não nos chama diretamente, mas se amostra a nós e se coloca a nossa frente. Reconheçamos Nele Sua divindade e peçamos-lhe a cura de nossas enfermidades, dos males de que somos acometidos. E tenhamos fé que isto vai se realizar na hora em que Ele quiser. Mas certos de que vai acontecer. Mas Ele também nos fala que, assim como tem piedade para conosco, devemos ter piedade para com nossos irmãos e amparar-lhes, lhes ajudar talvez não curando-os por completo, mas levando um pouco do conforto através da Paz e Alegria de Deus. Por fim, nos fala Jesus que devemos nos mostrar grato pela nossa cura. Essa gratidão há de ser demonstrada através do trabalho e dedicação completa e exclusiva a Deus. Paulo vai dizer mais tarde que tudo o que fizermos deve estar voltado para Deus e a Ele dedicado. Isto nos remete ao fato da nossa obrigação como cristãos de Evangelizar. Este é um dos serviços para a Glória de Deus. Ajudar a sua comunidade? Também é um serviço para a glória de Deus.

Meus queridos, pensemos nisto.

Na Paz de Cristo e no amor de Maria.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Fé e Obras

Salve amados de meu Pai,

Hoje é quinta feira, e a Palavra está contida no Evangelho de Mateus: 7: 21-29:

21. “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus.
22. Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? ’
23. Então, eu lhes declararei: ‘Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade’.
24. “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha.
25. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída sobre a rocha.
26. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia.
27. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!”
28. Quando ele terminou estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento.
29. De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas.

Mateus está aqui a nos mostrar o final do famoso Sermão das Montanhas, onde Jesus se põe a nos ensinar os mandamentos de Deus, quando começa a destrinchar ao povo o significado das leis dadas a Moisés.

As palavras proferidas pelo Altíssimo, vem logo após de alertar ao povo à respeito dos falsos profetas, daqueles que, embora conhecessem as leis, não andavam conforme elas e, não raro, desviam o povo de seu caminho. Eram os lobos vestidos em pele de cordeiro. E a eles Jesus dirige suas Palavras de hoje, alertando para suas conversões verdadeiras. Nos fins dos tempos, quando Ele retornar para buscar-nos, muitos se apresentarão e enumerarão as maravilhas que fizeram em seu nome, mas aqueles que não andaram conforme seus mandamentos, não serão reconhecidos por Ele.

O que temos aqui não é nada mais nada menos que duas coisinhas básicas. Não basta que conheçamos os mandamentos de Deus, não nos adianta nada conhecer a Palavra se não agimos de acordo com Ela.

Isto não é só para os pastores da nossa igreja, mas para todos que se dizem cristãos e esperam viver na glória do Reino. Pode ser o mais ilustre conhecedor da Bíblia, pode até evangelizar, ganhar pessoas para Deus, e outras coisas. Mas se verdadeiramente não viver a Palavra, não entrará no céu, não terá a vida eterna. Por isso sabemos que a Salvação é individual. Não é porque faço o que Deus manda que serei salvo ou minha família assim o será.

Há que ter ação. Temos que viver a Palavra, os ensinamentos. Temos que verdadeiramente nos converter pois só assim seremos tal e qual Deus espera de nós. É preciso que aprendamos a Palavra e pratiquemos os ensinamentos.

Jesus ao contar a parábola da casa construída na rocha, nos mostra que nossa fé deve estar fincada na Palavra, de forma que nada no mundo possa vir a fazer-nos desviar do Caminho. Se estivermos firmes na fé, confiantes nas Promessas de Deus, nada poderá abalar nossos espíritos. Para isso Ele vai nos orientar mais adiante: “orai e vigiai”.

Portanto, sejamos prudentes. Não façamos como os fariseus. Não nos ajamos como os falsos profetas. Ao contrário, procuremos viver a Palavra, colocá-la em prática acima de tudo.

O mundo hoje se apresenta a nós como um verdadeiro descaminho de Deus. Chega até a tentar minorar os mandamentos, dizendo-nos que a bíblia deve ser lida com atenção pois os tempos são outros.

Mas eu digo a vocês. Os tempos não são outros. O tempo é o mesmo. Desde a criação do mundo os homens são iguais. Os séculos passaram, mas o coração do homem permaneceu imutável, e foi piorando a cada dia que passou. Tudo o que encontramos relatados nas escrituras desde Gênesis, vemos ocorrer nos dias atuais. Vemos tantos “Cains”, tantos “irmãos” de José, “Dalilas” e outros personagens que traíram, mataram, agiram para o mal que nem parece que já temos milhões de anos desde aquele tempo.

Por isso eu digo: não devemos relativizar a Palavra. Não devemos tratar o que está escrito como aplicável somente ao povo da época. A bíblia é o livro mais atual que temos. Assim, aprendamos com as Palavras de Deus que se renova a cada dia e procuremos vivê-la. É do que depende nossa Salvação. A Santa Escritura é a nossa “rocha”. Edifiquemos nossos lares, nossos corações sobre Ela.

Ah, por último e não menos importante. Sejamos humildes quando falamos com Deus. Nossos atos, nossas atitudes, são por Ele conhecidas. Ele sonda nossos corações, nos conhece por inteiro como diria Aline Barros em uma de suas musicas.

Amados, só lembrando que hoje é quinta feira, dia da semana em que dedicamos à adoração ao Santíssimo. Procuremos uma Igreja e façamos uma visita a Jesus e dediquemos um tempinho à Adoração.

Na Paz de Cristo e no Amor de Maria.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Nascimento de São João, o Batista

Hoje é dia de São João Batista. Dia de solenidade para nós católicos. Dia em que vamos celebrar o nascimento daquele que veio preparar o caminho para a chegada de Cristo. E o evangelho proposto para hoje não poderia deixar de nos contar isto. E quem vai nos falar hoje é Lucas, em seu capítulo I, versículos 57: 68-80..

57. Quando se completou o tempo da gravidez, Isabel deu à luz um filho.
68. “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e libertou o seu povo.
69. Ele fez surgir para nós um poderoso salvador na casa de Davi, seu servo,
70. assim como tinha prometido desde os tempos antigos, pela boca dos seus santos profetas:
71. de salvar-nos dos nossos inimigos e da mão de quantos nos odeiam.
72. Ele foi misericordioso com nossos pais: recordou-se de sua santa aliança,
73. e do juramento que fez a nosso pai Abraão, de nos conceder
74. que, sem medo e livres dos inimigos, nós o sirvamos,
75. com santidade e justiça, em sua presença, todos os dias de nossa vida.
76. E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás à frente do Senhor, preparando os seus caminhos,
77. dando a conhecer a seu povo a salvação, com o perdão dos pecados,
78. graças ao coração misericordioso de nosso Deus, que envia o sol nascente do alto para nos visitar,
79. para iluminar os que estão nas trevas, na sombra da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz”.
80. O menino crescia e seu espírito se fortalecia. Ele vivia nos desertos, até o dia de se apresentar publicamente diante de Israel.

Começamos este dia com uma curiosidade. João é o único santo da Igreja que, dada a sua importância na vida dos Cristãos, é trazido a nossa memória o dia de seu nascimento, ao contrário de todos os outros que são festejados no dia que teriam morrido.

A vida de João, como falava ontem, já havia sido predestinada por Deus. João seria o último profeta antes da vinda do Cristo, do Enviado de Deus, Aquele que iria vir ao mundo para redimir o povo de seus pecados e firmar a aliança de Deus para com eles. Desde sua gestação já se sabia quem seria aquela criança. O nome João tem um significado todo especial na vida de seus pais, que quer dizer Deus Misericordioso. Isto porque Izabel não podia ter filhos e para ela e Zacarias já não havia mais esperança. Mas Deus se fez presente na vida deles. Então, quando Izabel deu à luz, foi aquela festança em sua localidade. Toda a comunidade foi a casa dela saudar a Glória de Deus, que não parava por aí. Quando João recebeu seu nome profético, Zacarias, seu pai, voltou a falar, eis que estava mudo desde que duvidara das profecias quanto ao nascimento de seu filho. E assim, pôs-se a louvar ao Altíssimo conforme vemos nos versículos 68-79.

João crescia, seu Espírito se enchia de Deus, fora residir fora da cidade, recluso, até o dia em que o Senhor lhe enviou por todo o Jordão para pregar um batismo de conversão para o perdão dos pecados (Lucas:3, 3). E assim foi feito. João pregava aos Judeus, anunciando a vinda do Salvador. Os que se convertiam, saiam da vida de pecado, eram batizados nas águas do Jordão.

Muitos seguiam a João que era tão enfático em suas pregações, na luta contra as injustiças e os pecados, que chegava a ser confundido com o próprio Cristo. Mas sempre humilde dizia a seus seguidores que Este ainda estava por vir e que sua grandeza era tanta que ele nem seria digno de amarrar suas sandálias. Quando é chegada a hora de Jesus, seu primo, aparecer ao povo e iniciar sua jornada, Ele, o Cristo, encontra-se com João e pede-lhe que seja batizado. Mas precisa insistir com seu primo para que isto aconteça, pois João não queira isto de maneira nenhuma, afinal seu parente era o Filho de Deus, livre dos males do mundo, não necessitando do batismo pregado pelo profeta.

Após o início da jornada de Jesus, João vê a necessidade de afastar-se da localidade pois uma multidão ainda o seguia. Mas com humildade, revelava aos seus seguidores que era preciso que ele fosse diminuído para que Jesus crescesse, nos deixando aí um grande exemplo.

Sua morte veio em virtude de suas pregações e perseguição aos pecadores para que estes se convertessem. Nem o rei ficou livre de suas acusações, pois que sua infidelidade era notória e isso merecia de João uma atenção especial, já que feria o sentido da família, berço de um lar santificado. A enteada de Herodes, cansada das pregações de João e ouvindo o apelo de sua mãe que era perseguida pelas palavras do profeta, pede sua cabeça ao rei. E isto lhe é concedido.

Se a história de João termina aí com sua morte, sua vida continuou por todo o sempre. A importância dos feitos de João para o cristianismo é grande. Não só porque foi o anunciador, o preparador do mundo para a chegada de Jesus, mas pelas vidas que converteu, pela veemência com que pregava a Palavra, por sua luta incansável contra as injustiças e os pecados. Este é um verdadeiro exemplo para todos nós.

Pois bem, meus queridos, é em um clima de festa que devemos celebrar este dia em que memoramos o nascimento de João, o Batista, mas esta festa deve nos tocar fundo n´alma. Deve ter um sentido especial de uma verdadeira conversão. Uma total mudança de vida. Uma vida nova em Cristo, a fim de que, sendo lavados em seu rio de Amor, fiquemos libertos de todos os males que nos aflige, como a inveja, o ódio, a falta de amor, o medo, entre tantos outros. Peçamos a Deus neste dia também que aprofunde seu Amor por nossos sacerdotes, para que sejam renovadas suas vocações, seus batismos em suas vidas sacerdotais. Como Zacarias, louvemos e bendizemos o nome do Senhor, nosso Deus, pela sua misericórdia, pela sua benevolência que, mais que um presente a seus pais, deu João ao mundo para prepará-lo à espera da vinda do Salvador, a personificação das graças do Todo Poderoso.

Que possamos todos, não só neste dia, mas a partir de então, repensarmos nossas vidas e viver uma conversão verdadeira.

Na paz de Cristo...

terça-feira, 23 de junho de 2009

João, o Batista

Salve amados,

Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista" (Mt 11:11).

A igreja celebra no dia de amanhã, a natalidade de João, o Batista. Esse João a ser festejado não é outro senão o filho do sacerdote Zacarias e Izabel, prima de Maria, mãe de Jesus que veio a nascer aproximadamente 6 meses antes de Jesus. João foi o último profeta a anuciar a vinda de Cristo, o filho de Deus que habitaria no mundo no meio de nós.

De acordo com a Biblia, João foi o responsável pela conversão de atitudes de muitos judeus, realizando diversos batizados de penitência, como ensinado pelas Sagradas Escrituras: "Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo" (Mt 3:11). Mas também batizou a seu primo Jesus, que insistiu para que ele assim o fizesse.

Como muitos o procurassem mesmo após o aparecimento de Jesus, afirmava humildemente que ele não era o enviado e sim, Jesus, importando, assim, para seu reconhecimento, para que Ele crescesse, que então o profeta fosse diminuido.

Homem justo e de fé, lutou enfaticamente contra todo o tipo de atos injustos e contrários às escrituras, o que o levou à morte por decaptação a pedido da enteada do rei Herodes que, por viver publicamente em pecado, era um dos mais atacados pelas palavras de João.

A Igreja celebra este dia de João de forma solene, especial, em vista do importante significado que teve o seu nascimento para o cristianismo, pois que ele veio a preparar o caminho para se receber Jesus. Desde o ventre de sua mãe, João já saudara o filho de Deus, reconhecendo N´Ele sua divindade, sua superioridade dentre os homens. Que ao relembrarmos João, possamos também nos lembrar do nosso batismo, do nosso nascimento para a vida Cristã, da nossa preparação para receber ao menino Deus que está a voltar.

Na Paz de Cristo e no Amor de Maria

Cautela com o mundo

Saudações a todos.

A Palavra de hoje segue o Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus, em seu capítulo 7, versículos 6, 12 a 14.

6 Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.
12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
13 Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
14 E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.


Como sabemos, nós cristãos temos duas tarefas que Jesus nos deixou ao subir aos céus: uma, evangelizar os povos e outra, batizá-los em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E, sabedouro de nossas dificuldades ante as atitudes dos homens, Jesus em seus ensinamentos nos faz um alerta sobre nossa caminhada. Que tenhamos cautela quando formos falar de suas Leis. Jesus conhece os homens e sabe muito bem do que Eles são capazes.

Não são todos que estão propensos, dispostos a escutar falar de Deus. Se hoje nos deparamos com pessoas com atitudes ásperas quando escuta se falar da Bíblia, imaginemos então naquela época. Ontem eu já dizia que as mazelas do mundo de hoje já existiam desde sua criação. Por isso Jesus nos orienta a ter discernimento, cautela, ao falar aos povos a seu respeito. Saber que nem todos estão dispostos a ouvir da Palavra e tratarão aos Seus emissores de forma violenta, rudemente. Mas não devemos nunca recuar ante nossa obrigação de evangelizar. Uma vez o barco em alto mar, é seguir viagem em frente, aonde Ele nos levar.

Mas Jesus também hoje nos faz outro alerta, para termos cuidado com o mundo e não desviar nossa atenção das Promessas. O mundo nos oferece muitas coisas que desviam nossa atenção da santidade. O mundo é a porta larga para uma suposta “felicidade”. A facilidade de nos deixarmos cair em pecado com as coisas que o mundo nos oferece a cada momento é muito grande. E Jesus sabe disso. Conhece nossos corações. E por isso faz este alerta. Que tenhamos cuidado, cautela também com as coisas que nos são ofertadas.

Para entrar pela “porta estreita” é necessário que nasçamos novamente. Nos dispamos das vestes do velho homem e nos deixemos controlar pelo nosso Deus que é nossa felicidade, alegria e graça plenas. Mas Ele sabe que são poucos os que conseguem isso.

Somos um povo humano, pecador, que se deixa levar por pouco, que acha que “só um tapinha não dói”. Por isso devemos orar e vigiar para que não caiamos nas tentações do mundo e percamos a glória do Reino.

Na paz de Cristo e no amor de Maria.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Antes de julgar, olhar nossas falhas...

Salve amados,

Nossa reflexão para hoje está centrada no Evangelho de Mateus: 7:1-5.

1. “Não julgueis, e não sereis julgados.
2. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós.
3. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?
4. Ou, como podes dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu?
5. Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.

Jesus hoje vem nos falar de algo tão atual, tão do nosso tempo, que nos faz crer mais e mais que não devemos nunca relativizar a Palavra. Não existe isto de dizer que “naquele tempo...”. È este o tempo. É o tempo que vivemos, que vivenciamos, que está descrito na Bíblia. “Não julgueis e não sereis julgado”.

Ora, quantas vezes por dia não nos pegamos querendo fazer com que o irmão faça algo que julgamos estar correto? Queremos sempre parecer maior do que realmente somos, melhor do que verdadeiramente somos, e julgamos aos irmãos que não agem como agimos, pois nós estamos sempre certos. Porque cremos em Deus e temos nossa forma de adorá-lo, caímos no erro de condenar aquele que não o faz assim, ou nem ao menos crê. Falo isto no sentido da religiosidade, mas também o fazemos com qualquer outra coisa, nossa forma de vestir, de calçar, de falar, de comer, etc, etc.

Jesus hoje nos convida ao exercício da ponderação, do bom senso, do equilíbrio. Isto porque, se também não tivermos uma atitude de educar, de catequizar, incorremos no erro do descaso: “se todo mundo faz assim, como eu vou conseguir mudar o mundo?”

Nossa missão é evangelizar, e evangelizar é educar, mostrar o caminho que nos foi mostrado. Só que Cristo nos fala que esta educação deve começar de casa. De dentro de nós. Não somos melhores que ninguém. Ao revés, somos tão pecadores como aqueles que julgamos, como aqueles que nos julgam. Ao apontarmos um dedo reprovando alguém, nunca nos apercebemos que três estão voltados para nós. Deus já foi tão sábio quando nos criou que até isto fez. Nos deixou sempre a lembrança de que não devemos apontar os erros dos outros, mas sim, modificarmos nossos gestos, nossas atitudes, nossos corações, tornando-nos livres e seguros para indicar aos outros o caminho a seguir e seguir junto com o irmão.

É, meus queridos. Também não basta mostrar a via certa. Temos de seguir junto ao outro, ajudá-lo neste início da caminhada. Fatalmente isto servirá muito a nossa espiritualização e certamente aprenderemos muito com os irmãos. Já dizia um ditado popular que ninguém é tão inteligente que não tenha algo ainda a aprender. Isto é uma lição de humildade. Saber escutar também é um dom de Deus. Nosso Deus misericordioso nunca nos criticou pelas nossas faltas. Ao contrário, cada vez que erramos e reconhecemos nossos erros, Ele nos abraça, nos toma no colo e volta a caminhar conosco. Não nos desampara.

E se somos feitos a imagem e semelhança desse Amor que se coloca ao nosso lado, porque queremos sempre estar por cima daqueles que também estão próximos de nós? Por isso Jesus nos chama “hipócritas”, pois isto é o que somos. Assim, meus queridos e amados de meu Pai, retomemos nosso caminho.

Voltemos ao início da jornada. Antes de começarmos a caminhada, olhemos para dentro de nós. Analisemos nossos corações e nos coloquemos a “arrumar a bagunça da nossa casa”, para depois ajudar aos irmãos a arrumar a deles; e fazendo isto, caminhando juntos, poderemos mantê-la arrumada para receber nosso Deus.

Lembremo-nos que com a medida que julgamos nossos irmãos, seremos também julgados. O que fizermos a nossos irmãos, também receberemos.

Na Paz de Cristo e no Amor de Maria

Retiro Renovação Carismática Católica

17/06 - Encontro Estadual para Novas Comunidades

A Assessoria para Novas Comunidades-RCC/RJ convida a todos para o Encontro Estadual para Novas Comunidades de 2009 que acontecerá nos dias 27 e 28 de junho, no Seminário Arquidiocesano São José/RJ, e que terá como tema: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim." (Gl 2, 20).

O encontro deste ano será um momento rico de formação e convívio fraterno entre as comunidades. Para isso, contaremos com a presença de nossa irmã Jo Croissant, Co-fundadora da Comunidade das Beatitudes, da França (e autora dos livros: O Corpo e a Mulher Sacerdotal), que pregará o retiro. Também teremos a alegria de contar com a presença de Dom Wilson Tadeu Jönck.

Como fizemos nos anos anteriores, pretendemos fazer um encontro busque atender ao máximo às necessidades das novas comunidades, inclusive no que diz respeito aos custos. Portanto:
- Não será cobrado taxa de inscrição;
- O almoço será partilhado. Pedimos que cada um traga o seu. Não esquecer de trazer prato e talheres;
- No local do encontro não será vendido almoço, apenas haverá lanches (salgados) e refrigerantes a preços acessíveis;
- Nas proximidades do local do encontro também existem restaurantes que podem ser utilizados; - Será uma vivência aberta, ou seja, não haverá necessidade de dormirmos no local do encontro;
- Horário do Encontro: Início: 8:30h
- Término previsto para: 17:00h;
- End. do Seminário Arquidiocesano São José: Av. Paulo de Frontin, 568 – Fundos – Rio Comprido – Rio de Janeiro/RJ;
- O encontro será destinado a todos os membros das comunidades;
- Comunidades vindas de localidades mais distantes e que necessitarem de alojamento, poderão ser acomodas em casas de família e/ou comunidades, desde que essa necessidade nos seja informada até o dia 12/06/09;
- Tentaremos disponibilizar um pequeno espaço para que as comunidades possam expor seus materiais de divulgação e/ou venda. Portanto, a comunidade que desejar expor seus materiais deverá entrar em contato conosco até o dia 12/06/09.

Atenção: Para melhor prepararmos o encontro, por caridade, solicitamos que as comunidades que desejarem participar do mesmo façam a confirmação desta intenção se inscrevendo, o quanto antes, informando o número de membros irão participar do encontro.As confirmações poderão ser feitas pelos telefones (21) 3352-5950 (a partir das 15:00h) ou (21) 9941-8842 e também através do seguinte e-mail: alexpequenorebanho@gmail.com.

sábado, 20 de junho de 2009

Paróquia de Nª Sª da Luz
Rua Ana Neri, 1114 - Rocha
CEP: 20960-001
Tel.: (21) 2241-0671 / (21) 3278-3194




Arraiá da Luz - Festa Julina.







A Paróquia Nossa Senhora da Luz, no Rocha, convida toda a comunidade para participar do animado ARRAIÁ DA LUZ - Festa Julina nos dias 04 e 05 de julho, a partir das 17h, com diversas barraquinhas com comidas típicas, quadrilhas das crianças, dos jovens e dos casais, entre outras atrações. No dia 05 de julho a partir das 12h teremos o nosso TRADICIONAL ALMOÇO – ANGU A BAIANA, seguido de sorteio de prêmios. Venha se divertir com sua família.



Colaboração: Ana Raquel

sexta-feira, 19 de junho de 2009

29 de Junho - início do Ano Sacerdotal

Salve amados,

Hoje, nós católicos estamos em festa. Uma festa silenciosa, mas uma festa sem dúvida. Iniciamos hoje, no dia dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, o Ano Sacerdotal, no qual nos pede o Sumo Pontífice, que oremos pelos nossos sacerdotes. Iniciamos este novo ciclo de orações constantes em nossa Igreja e dedicamos àqueles que, em nome do Senhor, nos apresentam as Boas Novas.
Em entrevista publicada na Revista Zenit, o Cardeal Claudio Hummes, Prefeito da Congregação para o Clero, em Roma, explica a motivação do Ano Sacerdotal:

“Em primeiro lugar, a circunstância. Será um ano jubilar pelos 150 anos da morte de São João Maria Vianney, mais conhecido como o Santo Cura de Ars. Esta é a oportunidade, mas o motivo fundamental é que o Papa quer dar aos sacerdotes uma importância especial e dizer quanto os ama, quanto os quer ajudar a viver com alegria e com fervor sua vocação e missão.

Esta iniciativa do Papa acontece em um momento de grande expansão de uma nova cultura: hoje domina a cultura pós-moderna, relativista, urbana, pluralista, secularizada, laicista, na qual os sacerdotes devem viver sua vocação e sua missão.

O desafio é entender como ser sacerdote neste novo tempo, não para condenar o mundo, mas para salvar o mundo, como Jesus, que não veio para condená-lo mas para salvá-lo.
O sacerdote deve fazer isso de coração, com muita abertura, sem “demonizar” a sociedade. Deve estar integrado nela com a alegria missionária de querer levar as pessoas desta sociedade a Jesus Cristo.

É necessário dar uma oportunidade para que todos orem com os sacerdotes e pelos sacerdotes, convocar os sacerdotes a orar, fazê-lo da melhor maneira possível na sociedade atual e também, eventualmente, tomar iniciativas para que os sacerdotes tenham melhores condições para viver sua vocação e a missão.

É um ano positivo e propositivo. Não se trata, em primeiro lugar, de corrigir os sacerdotes. Há problemas que sempre devem ser corrigidos e a Igreja não pode fechar os olhos, mas sabemos que a grande maioria dos sacerdotes tem uma grande dignidade e adere ao seu ministério e à sua vocação. Dão sua vida por esta vocação que aceitaram livremente.“

Assim meus amados, conclamo a todos a intensificarmos neste ano, as orações que destinamos aos nossos sacerdotes. E por sacerdote não verei aqui somente sua Santidade o Papa e todo seu Clero, mas também os Pastores das Igrejas Evangélicas, nossos irmãos na fé, os diáconos, os ministros, enfim, todos os que se empenham em levar a Palavra de Deus aos povos, que se dedicam a Evangelização, como os seminaristas e leigos das novas comunidades, que buscam na Bíblia, o sentido de suas vidas.

Que neste dia consagrado ao Sagrado Coração de Jesus, o sangue e água que jorraram do Coração de Cristo, sirvam mais e mais de alimento para a alma de nossos sacerdotes e ilumine os seus corações para, vivenciando a Palavra, possam nos guiar, a nós fiéis, no caminho da Salvação.

Sangue e Água que cura e liberta.

Salve amados,

A Liturgia proposta para hoje, está centrada no Evangelho de João: 19: 31-37.

31. Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
32. Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados.
33. Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas,
34. mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água.
35. O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais.
36. Assim se cumpriu a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado (Ex 12,46).
37. E diz em outra parte a Escritura: Olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10).


O discípulo mais amado nos relata neste trecho a consumação da profecia que havia sido escrita pelos profetas. Jesus não teve um osso sequer de seu corpo quebrado. Tudo foi preservado como havia sido previsto. Interessante é como João coloca a questão. Nada fizeram a Jesus pois os soldados o viram morto. João não nos diz que Ele havia morrido e sim que os soldados o viam assim. E de certo, Jesus não estava morto.

Mas o trecho no qual se centra a nossa reflexão deste dia é o fato de os soldados terem transpassado uma lança em seu peito, na altura do coração de Jesus e terem sido testemunhas de que, ao fazerem isto, jorrara sangue e água.

O sangue e a água que jorraram do coração de Cristo tem um sentido muito especial para todos nós, Cristãos. O sangue tende a representar o sacrifício de Jesus para nos libertar dos pecados do mundo e, a água, representa a pureza, a vida. Tudo cumprindo as escrituras onde o Enviado viria nos salvar e dar a vida eterna.

O que devemos ter sempre em mente é o valor que a paixão de Cristo tem para nós. Deus se fez homem para nos ensinar seus mandamentos. E depois, tal qual um cordeiro que se sacrificava por ocasião da Páscoa dos judeus, deixou que seu sangue fosse derramado para libertar seu povo amado. É este o sentido que devemos observar. Na Eucaristia, na presença viva de nosso Deus, “sangue” e “água” são “derramados” novamente para sua Glória. Para nossa salvação e libertação dos nossos pecados. E isto tudo está contido na celebração que fazemos diariamente e, em especial, às sextas feiras quando consagramos este dia ao Sagrado Coração de Jesus. Ao coração do Pão Vivo d´onde jorrou sangue a água.

Que o sangue e a água, que foram derramados do Sagrado Coração de Jesus, possam lavar nossas almas e permitir que sejamos testemunhas deste fato por todo o sempre, que sejamos amor para o mundo, como Ele foi para nós. Lembram daquela melodia? “prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão....”

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Pai Nosso Que Estais no Céu....

Salve amados,

Hoje é mais um dia que o Senhor preparou para nós. E hoje também é mais uma quinta feira. Dia da semana em que os católicos reservam para as celebrações de adoração ao Santíssimo. Portanto, alegremo-nos no ressuscitado e Nele exultemos. Clamemos que Ele é nosso amado, que nós adoramos ao Único que é digno de honra e glória. Iniciemos este dia louvando ao Rei dos Reis, o Santo que está acima de todos os santos.

A Palavra para reflexão de hoje está contida no Evangelho Mateus: 6, 7-15.

7. Quando orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras.
8. Não sejais como eles, pois o vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes.
9. Vós, portanto, orai assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10. venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra.
11. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
12. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos que nos devem.
13. E não nos introduzas em tentação, mas livra-nos do Maligno.
14. De fato, se vós perdoardes aos outros as suas faltas, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará.
15. Mas, se vós não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as vossas faltas.

Ainda estamos aos pés do monte escutando Jesus pregar e nos ensinar. Já o ouvimos dizer que Ele não veio modificar nada da Lei, mas sim, aperfeiçoá-la. O escutamos falando à respeito do tipo de amor que devemos ter uns para com outros, das atitudes que devemos ter se queremos ver a glória do céu.

De fato, o povo que o escutava já há muito havia adquirido hábitos contrários aos mandamentos. As tradições, os costumes que seguiam como a reparação da ofensa sofrida também com o sofrimento, estavam totalmente disformes das regras que Moisés havia recebido de Deus e passado ao povo. A partir de então, cada um pegou a Lei e tratou de afeiçoá-la a sua maneira. E cada um queria demonstrar que sua religiosidade era mais do que a do seu próximo, que a busca pela santidade era melhor que a dos outros. Procuravam tomar atitudes que lhes rendessem títulos, elogios, glórias. E Jesus alertava ao povo sobre isto.

Até que alguém lhe pergunta: Mestre, como devemos orar? E Jesus então se coloca a ensinar ao povo que o escutava, como deveria ser uma oração. E nos ensina o maravilhoso “Pai Nosso”, que é, a meu ver, a oração mais completa de se fazer. Através dela, louvamos e glorificamos ao Senhor nosso Deus que deve ser nossa atitude principal diariamente. Nos entregamos, nos consagramos a Ele e pedimos que faça a Sua vontade em nós. Pedimos o Seu sustento, a Sua graça, o suficiente para podermos nos manter, não só o corpo, mas ao espírito também. Pedimos perdão pelas ofensas que cometemos contra nossos irmãos e rogamos para que Sua justiça conosco seja realizada. Na medida em que perdoamos, que sejamos perdoados. E por fim, rogamos a Ele que nos ajude a perseverar na fé. Que continuemos a cada dia Amando-o mais e mais.

Como é linda esta oração. É louvor, suplica, arrependimento, justiça e perseverança. Que mais havemos de querer?
Diz o velho ditado que quem fala muito, erra muito mais. Portanto, sejamos humildes e sinceros em nossas orações. O Pai não quer mais do que isso.

Ah, como é bom escrever sobre isto. Me faz refletir o quanto estou afastado dos ensinamentos de meu Pai. Principalmente no que diz respeito ao perdão. E infelizmente isto não é só comigo. Como é difícil perdoar. Como é difícil agradecer. Como é difícil pedir que a justiça seja feita em nós. Deus, como somos egoístas, como somos tão pequenos, mesquinhos, arrogantes. Como não estamos tão longe do que os homens eram aquela época em que se tornou humano e habitou em nosso meio?

Perdoar a quem nos pisa os pés é até fácil, mas quem nos magoa o calo, ah, isto já é demais. Senhor, por favor, me de paciência para aturar esse camarada e faça a justiça sobre ele, pois eu estou certo das minhas atitudes. Oh, Senhor, Pai de todas as Coisas, tenha piedade de mim, olha o que aquele indivíduo está fazendo contra mim e providencia força para que eu possa me proteger.

Quantas e quantas vezes por dia não fazemos isto? É, meus amados, reflitamos sobre nossas atitudes. Sobre o quanto estamos afastados dos ensinamentos do Pai. Sobre o quanto estamos afastados D´Ele.

Amanhã celebramos o Sagrado Coração de Jesus. O Coração d´onde jorrou o sangue e a água que nos dá a vida. Aproveitemos este dia para verdadeiramente nos consagrarmos aos Senhor nosso Deus, nos entregarmos a Ele de corpo e alma, pois a cada dia em que nos desviamos de seus ensinamentos estamos novamente crucificando-o. Que possamos sempre, em nossas orações, pedir ao Pai que nos dê um coração igual ao seu, um coração perdoador, puro, sincero, humilde.

Pensemos nisto.

Na Paz de Deus e no Amor de Maria....

quarta-feira, 17 de junho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

Amai a todos, indistintamente...

Salve amados,

Que bom estar aqui novamente. Que bom poder voltar aqui e falar um pouco... mesmo que talvez esteja falando somente para mim.

Estive desde o dia 30 em atividades na Paróquia e nem tempo tive para ao menos passar por aqui e dizer olá. Ainda estive pensando em escrever sobre o dia de Corpus Christis, sobre o dia de Santo Antonio e sobre o dia dos namorados, mas não consegui tempo para isso. E como já disse anteriormente, sinto falta disso. O que escrevo ainda que dirigido a quem lê, é também para mim, para minha reflexão. Faz parte de meu devocional diário. Por isso é importante. Mas também é importante que eu desenvolva o trabalho para o qual Deus me chamou, para o serviço que desenvolvo na minha paróquia. Até mesmo da Comunidade que pertenço estive afastado. E eu sinto tanta falta, pois é de lá que me vem o reforço da minha evangelização, minha espiritualidade. Mas agora estou retornando. E isto já me deixa mais tranqüilo.

Pois bem, vamos a reflexão de hoje, que estará contida no Evangelho de Mateus 5, 42-48:

42. Dai a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado.
43. “Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo! ’
44. Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem!
45. Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que estai nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos.
46. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não fazem a mesma coisa? 47. E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa?
48. Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.

O Evangelho de hoje é de uma preciosidade maravilhosa. Lógico, toda a Palavra é preciosa. Mas quando nos deparamos com a Palavra imortal, que não se modifica apesar do tempo passado, nos faz refletir primeiramente que a Bíblia de ontem é a mesma de hoje. Não há diferença entre costumes e tradições da época em que foi escrita para as atitudes de um povo que vive nos dias atuais. Por isso gosto de ser enfático em afirmar que a Bíblia deve ser lida sem se fazer concessões, sem se tentar minorar seus mandamentos em virtude de uma época atual. Tem de ser obedecida. Não existe a Palavra de ontem, nem de hoje. Existe a Palavra.

E isto vemos da leitura proposta para hoje. Jesus condenava a atitude daqueles que só gostavam de tratar bem os seus próximos, sem dar importância aos demais.

E qual muitas das vezes não é esta nossa atitude? Só procuramos nos relacionar com aqueles que nos são próximos? Com aqueles que imaginamos partilharem alguma coisa nossa? Mesmo dentro da Igreja, quantas vezes ao menos não sentamos ao lado de determinada pessoa por não a conhecermos ou mesmo por preconceito?

Ora, Jesus falava para uma multidão e com muitos se assentou sem que ao menos fossem partidários de Seus ensinamentos, pois nisto consistia a vontade de Deus: que Seu Enviado levasse a Palavra a todos os povos, sem distinção de raça, cor, credo, sexo, etc.

Deus dá o sol e faz cair a chuva sobre todos os homens. Quantas vezes não escutamos a frase: “o sol nasceu para todos”? Pois é por aí. O mesmo Deus que nos dá o maná, também alimenta o incrédulo. O que vai nos distinguir é que nós cremos N´Ele. E se cremos, devemos seguir seus ensinamentos em busca da sonhada santidade.

Amar aos próximos, aos nossos iguais é fácil, não requer de nós, nenhuma atitude maior da que habitualmente temos. Mas amar nossos desiguais? Interceder por aqueles que nos fizeram mal?

Escutei um dia uma história interessante e que me fez refletir sobre muitas de minhas atitudes. Em um dia qualquer, um pobre homem, miserável, maltrapilho e sujo, havia chegado a porta de uma Igreja antes do início do culto e colocou-se a esmolar. Aproximando-se a hora do culto, os fiéis que chegavam desviavam dele, fingiam não lhe escutar, resmungavam sobre ele estar por ali, pediam até que os obreiros o expulsassem da porta da Igreja, pois estaria causando mal estar nos fiéis. Na hora do culto, entrou na igreja e sentou-se em um banco quase no fim da igreja e ora e outra acompanhava os louvores, dava glória e escutava a pregação, mas por insistência dos outros, chegou a ser retirado de dentro do templo, voltando a sentar-se no chão e continuar a esmolar. Ao final do culto, como de costume, montaram a barraquinha de salgados na porta da igreja e todos os irmãos se colocaram a lanchar, mas nenhum deles foi capaz de oferecer, mesmo diante de pedidos, um lanche aquele pobre coitado. Dado momento, um diácono chama para dentro do templo todos os fiéis que estavam por ali sob o pretexto de fazer um comunicado que havia sido esquecido. Após todos sentarem, eis que adentra novamente o templo aquele homem sujo e fedorento, mas desta vez segue pelo corredor até chegar ao púlpito. Sob o olhar de todos, ele começa a se despir dos farrapos que trajava e passa a lavar o rosto em uma bacia d´água que lhe fora trazida pelo seu diácono.

Aquele homem era ninguém menos que um pastor em uma cidadezinha dos Estados Unidos que havia combinado com apenas um de seus diáconos, que iria fazer um teste de solidariedade entre seus fiéis.

Após passado o espanto de todos os presentes, pôs-se novamente a fazer a pregação daquele dia, agora pautado na experiência partilhada por todos.

Pensemos nisto: o que temos feito de extraordinário pelos nossos irmãos? Até onde estendemos as mãos para ajudar nossos desiguais?

Lembremos que Deus nos deu talentos maravilhosos para utilizarmos em detrimento dos outros, sem especificar quem estes seriam. De acordo com a parábola, aquele que simplesmente “enterrou” seus talentos, sem nada fazer para eles frutificassem, recebeu a reprovação do Senhor. E você? Vai querer as bênçãos infinitas de Deus ou vai se contentar com o que já recebe?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Festa de Corpus Christis...

Festa de Corpus Christi

Acompanhe a programação da Arquidiocese do Rio

Nesta quinta-feira, 11 de junho, a Festa de Corpus Christi será comemorada pelos cariocas com a tradicional procissão, com saída às 16h, da Igreja Nossa Senhora da Candelária em direção a Catedral Metropolitana, na Avenida Chile. Pela primeira vez a procissão será presidida pelo Arcebispo do Rio Dom Orani João Tempesta que, em entrevista ao Portal da Arquidiocese, faz um convite a todos os fiéis.

- Queremos convidar todos os católicos para participar dessa manifestação e dizer que assim como celebramos Corpus Christi, caminhamos com a Eucaristia, assim Cristo quer caminhar conosco cada dia da nossa vida, alimentados pela sua presença, iluminados pela sua orientação.

Num gesto concreto de caridade, a Arquidiocese do Rio pede aos participantes que levem, pelo menos, um quilo de qualquer alimento não perecível para ser doado aos mais carentes, através do Vicariato Episcopal para a Caridade Social. Segundo a Assessoria de Imprensa da Arquidiocese, os fiéis poderão entregar suas doações em qualquer uma das dez kombis identificadas por faixas e cartazes com a inscrição “Entregue aqui seu alimento”. Todos esses carros estarão estacionados na Avenida Rio Branco, no trecho entre a Avenida Presidente Vargas e a Rua do Ouvidor, a partir das 14 horas. As pessoas que irão aguardar a chegada da procissão na Catedral de São Sebastião, na Avenida Chile, poderão entregar suas doações na própria catedral que estará aberta a partir das 8 horas.

O Santíssimo Sacramento será levado na procissão pelo Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, numa custódia feita especialmente para o 36º Congresso Eucarístico Internacional realizado no Rio, em 1955. À frente do carro-andor estão os Bispos Auxiliares, os sacerdotes, seminaristas e coroinhas. O carro-andor será acompanhado por uma guarda de honra formada pelos Adoradores Noturnos, por soldados do Regimento de Polícia Montada da PM (RPMONT) e da Companhia Independente do Palácio Guanabara em seu uniforme do Império, além de escoteiros.

Programação Solenidade de Corpus Christi

10h – Solene Concelebração Eucarística Presidida pelo Sr. Arcebispo Dom Orani João Tempesta, O Cist., na Igreja de Sant’Ana- Centro.

15h30m- Vésperas Solenes na Igreja da Candelária

16h- Procissão de Corpus Christi – Da Igreja da Candelária para a Catedral Metropolitana, na Avenida Chile – com bênção e missa solene

Fonte: Pastoral da Comunicação

Contato: equipedosite@santoafonsorj.org.br

Novo Portal de Internet do Vaticano

Salve amados,

Volto novamente neste dia e com uma noticia muito interessante. Recebi há poço um e-mail do amigo Marcio Panda onde ele noticia a criação de um canal de comunicação entre o Vaticano e os jovens. Abaixo segue a nota do amigo:

Em novo portal usuários poderão trocar cartões virtuais do papa.

20/05/2009

O Vaticano criou um site ligado à rede social Facebook onde os usuários podem trocar cartões virtuais do Papa e também assistir discursos e mensagens do pontífice. O portal foi criado, pois no próximo dia 24 de maio será celebrado o 43º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que tem como lema “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade.” O Papa percebeu que as novas tecnologias digitais estão provocando mudanças fundamentais nos modelos de comunicação e nas relações humanas. Estas mudanças são mais evidentes entre os jovens que cresceram em estreito contato com as novas técnicas. O site é promovido pelo Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais e através dele será possível receber notícias em formato de vídeo sobre o Papa e o Vaticano. De acordo com a emissora de televisão italiana “Sky Tg24”, o portal começará a funcionar a partir da quinta-feira, dia 21 de maio. O endereço é
www.pope2you.net

È isso ai. È com alegria que vejo o Vaticano, ou seja, a Igreja Católica, preocupada em falar com os Jovens. A Igreja tem buscado estreitar os laços com a juventude, de forma a manter-lhe firme na fé. É uma luta grande pois o que o “mundo” propõe a garotada não é fácil. É muito atrativo para subtrair de Deus as almas ainda em formação.

Assim, fica aqui a nota importante a ser dada. Acessem o portal para conhecer as maravilhas que Deus reservou para você.

Na Paz de Cristo...

Radicalismo Cristão

Salve amados de meu Pai...

Tanto tempo distante, tanta coisa para falar e sem tempo para aparecer por aqui. As festividades de Santo Antonio estão pegando “fogo”. Que me conhece e está acompanhando no blog da Paróquia, sabe que o Espírito tem incendiado a igreja D`Ele.

Mas vamos lá... hoje, quarta feira, dia 10 de junho, o Evangelho está em Mateus 5, 17-19.

17. “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir.
18. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça.
19. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.


No texto de hoje, São Mateus nos revela a passagem de Jesus no início de suas pregações ao povo, quando se pôs a anunciar a sua vinda. Como sabemos, o povo esperava ansioso pela vinda de Cristo, o Libertador, que iria terminar, por fim aos momentos de tormenta pelo que o povo já naquela época passava. E o povo viu em Jesus este Cristo tão esperado e por isso, o seguiam aonde fosse. Suas Palavras alcançavam todos os cantos de Jerusalém e todos queriam escutá-lo. Tendo começado com o sermão das bem-aventuranças, Jesus nos diz que Ele não veio para modificar nada do que até então já existia em termos das Leis de Deus para os Judeus. Muito pelo contrário, que teria vindo para reforçar a Palavra, reforçar a aliança feita por Deus com os homens. E alertava a observar atentamente os mandamentos, pois que não há que se dizer de obedecer demais ou de menos, ou ainda se relativizar um mandamento. Quem desobedece e faz com que outros desobedeçam, não será digno do Reino, mas quem guardar a Palavra e ensiná-la, verá a Glória do Céu.

Há tempos atrás, em algum post anterior, eu já me referia a “radicalismo” com que o Cristão deve agir para com os Ensinamentos de Deus. Jesus já dizia àquela época que nada nem ninguém mudaria as Escrituras e isto permanece até os dias atuais. Para nós cristãos, ainda que vivamos já passados mais de dois mil anos, nada muda em relação aos Ensinamentos. Não há que se falar em “adequação” da Bíblia aos dias atuais, não há que se falar que os tempos hoje são outros, que devemos ver a Palavra nos dias atuais, etc, etc. Seria o homem querendo mudar o que Deus determinou, para poder fugir às suas responsabilidades. Querendo muitas das vezes minorar sua ação de forma a não lhe recair a culpa. O homem tem o costume de relativizar tudo ao seu bel prazer, mas não existe pecadinho ou pecadão. Existe a desobediência a Palavra. Deus me diz não mate. Ele não me disse não mate seus irmãos, onde poderia eu matar todos aqueles que não me são queridos ou mesmo os que me fazem mal. Deus me diz para não cobiçar nada do meu próximo nem furtar, mas se eu “pegar” algo alegando fome e sede?

Radicalidade. O próprio Papa defende isto quando pede aos sacerdotes, a observância aos mandamentos e ao catecismo da Igreja, e o cuidado para que o “mundo” com seu modismo, com suas perversões, não invada a Casa de Cristo. Pede o Papa, que os cristãos ajam com radicalismo contra os ataques do “mundo”. E é assim que devemos ver a Palavra. Mas para isto é necessário que a conheçamos. É necessário que criemos dentro de nós o hábito diário da leitura da Bíblia. Só assim poderemos nos fortalecer, ver aonde estamos fraquejando e rogar ao Pai sua ajuda para não nos desviarmos de Seu Caminho. Evitamos com isso, inclusive, ficarmos a disposição daqueles que manipulam a Palavra para nos fazer desviar da trilha de Deus.

Pensemos nisto.

Na Paz de Cristo e no Amor de Maria...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O maior dos Mandamentos...

Salve amados,

Já faz algum tempo que não apareço, pelo menos para mim. Fiz desta ação, de escrever em um blog, um exercício diário de mudança de vida, afinal, para falar dentro do tema que me propus, tive de ler a Bíblia, tive de estar mais perto da Palavra, tive que realmente, buscar mais a Deus. Não que isso tivesse virado uma obrigação em virtude de uma atividade, mas sim pelo prazer, um prazer que resgatei desde minha infância quando escutei pela primeira vez minha mãe falando-me de Deus e Suas Maravilhas. Esta ALEGRIA de Deus voltei a ter quando Ele me tirou novamente do mundo, me resgatou das águas turbulentas da vida me se mostrou a mim com um Amor fora do normal. Por isso eu digo que, quando não apareço, parece que faltou-me algo, algo me foi tirado. Falar da Palavra para mim tornou-se essencial. Não sei se alguém lê o que escrevo, talvez minha esposa, mas com tantos afazeres em casa, com as crianças, as vezes não lhe sobra tempo para tanto. As crianças? Ainda são pequenas, o que conhecem de Jesus é como eu conheci: dos pais falando a elas, explicando quem foi Jesus e como Ele deve permanecer Vivo dentro de nós. Temos também uma adolescente que , como muitos adolescentes que conhecemos, ainda se divide entre as coisas de Deus e as coisas do mundo, mas Jesus tem ajudado. Vamos aos trancos e barrancos mais não desistimos. Diariamente falamos de Deus para Ela para que ela possa se sustentar. Mas é assim mesmo. Diz a Palavra que Todos conhecem a Deus, mas quem converte, quem nos empurra mais para perto Dele, é o Espírito Santo. Por isso rogamos a Deus todos os dias: “Senhor, envia Teu Espírito para que Ele faça Maravilhas em nós e não nos afastemos de Ti”. Mas tirando essas pessoas, não sei se alguém mais lê o que escrevo, mas escrever sobre o Pai para mim se tornou importante. É como se eu falasse para mim mesmo, afinal eu, mais do que ninguém, preciso dos Seus ensinamentos vivos dentro de mim.

Mas infelizmente sumi por esses dias. E vocês (se é que existem “vocês) nem sabem aonde estive. Minha paróquia, dedicada a Santo Antonio, está em festa e, neste ano, estamos com cada atividade de tirar o fôlego. Não vou alongar este post falando sobre isso. Mas o Espírito Santo tem manifestado a sua Glória naquele lugar. Se quiserem saber mais um pouco, acessem o blog da Paróquia de Santo Antonio, o qual também mantenho (este também é um motivo para eu não ter aparecido por aqui... falta-me tempo quando tem atividade na Igreja... fazendo parte de uma pastoral, que é de comunicação, praticamente tenho de estar o tempo todo para levar a Igreja para fora dos muros...)

Mas vamos lá. Vamos falar um pouco da liturgia proposta para hoje, que está no Evangelho de Marcos 12: 28-34.

28. Um dos escribas, que tinha ouvido a discussão, percebeu que Jesus dera uma boa resposta. Então aproximou-se dele e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”
29. Jesus respondeu: “O primeiro é este: ‘Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só.
30. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força! ’
31. E o segundo mandamento é: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’! Não existe outro mandamento maior do que estes.”
32. O escriba disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: ‘Ele é único, e não existe outro além dele’.
33. Amar a Deus de todo o coração, com toda a mente e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, isto supera todos os holocaustos e sacrifícios”.
34. Percebendo Jesus que o escriba tinha respondido com inteligência, disse-lhe: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer-lhe perguntas.


A passagem segue com Jesus andando pelo Templo em Jerusalém, em um outro momento após Ele ter expulsado o comércio das Portas do Templo. Nesta oportunidade, Jesus foi cercado de Sacerdotes e Doutores da Lei, que lhe interpelavam de forma a poderem arrumar algo contra Ele para “calar-lhe”. Mas como Jesus já conhecia seus corações, não deu oportunidade para que eles conseguissem seu intento. Mas havia um escriba, um Doutor da Lei que, após os outros se afastarem, perguntou a Jesus qual era o primeiro, de todos os mandamentos, afinal, havendo 10, mais os costumes, deveria de haver o mais importante. E Jesus respondeu ao escriba que o primeiro maior mandamento era amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo. E nisto o escriba reconhece a superioridade de Jesus, chamando-o de Mestre.

Interessante notarmos que Jesus resume todos os mandamentos, todas as regras dadas aos Judeus em um só. Embora possamos dividi-lo em duas partes, não existe divisão. Uma parte é o contexto da outra e vice-versa. Jesus não disse qual era o mais importante, mas qual é “o mandamento”.

È bom que digamos que naquela época, como hoje, o mundo vive uma distorção política e financeira muito grande, onde os ricos estão cada vez mais poderosos e os pobres cada vez mais humilhados. Existe aquela classe que domina e a outra que são os dominados. Jesus quando pregava, também o fazia contra o plano político. Seus ensinamentos de esperança enchiam os corações, tornando as pessoas fortes. Por isso diziam que Jesus insuflava as massas, o povo, tornando-os fortes, capazes de não se submeterem às humilhações dos governantes, dos poderosos.

E quando Jesus nos diz que “amar a Deus sobre todas as coisas” é o maior dos mandamentos, nos faz pensar o que é isso. Será que amamos a Deus realmente sobre todas as coisas? O que é amar a Deus? Ao menos gostamos de Deus? Ora, “Deus” é um “ser” invisível. Como amar algo que não vemos? Primeiro, como acreditar em algo que não vemos, em algo que é tão fácil de nos ser “tirado”?

Sabe amados, parece algo fácil mas não é. O ar não vemos, mas existe. E tanto existe que respiramos por causa dele. Sentimos a brisa ao respirarmos. Isto é o ar. Mas e Deus? Não vemos, não sentimos seu cheiro e, além do mais, conhecemos hoje em dia tanta gente que não vê, e nem quer ver Deus e vive tão bem, com carro do ano, casas, jóias, etc.

Acho que a coisa principal aqui para nós é a palavrinha “crer”. E para crer em Deus eu preciso abdicar de tudo que conheço, para “sentir”, “falar” com alguém que não vejo, mas que SEI que está lá, ou ali, aqui ao meu lado, ao seu. Amar a Deus passa primeiro de tudo por aqui: por crer. Mas acreditar mesmo, não de boca. É ter nele a certeza de nossa existência. Amar a Deus sobre todas as coisas é ver Nele a soberania, Sua Superioridade acima de todo “ouro e prata” que possa haver, pois que são coisas do mundo. Ele é nosso Ouro e Prata, nossa riqueza. Mas então se eu “amar” a Deus então estou cumprindo o mandamento? Eu digo não. Mas sim se também amar ao teu próximo como a ti mesmo, pois se dizemos que Deus está em nós, como podemos deixar de amar alguém sem também deixar de amar a Deus?

E aí emperrou tudo. Aí é mais difícil. Primeiro porque já temos naturalmente o costume de só gostarmos do que é belo. Gostamos das pessoas mais belas, gostamos do carro mais luxuoso, das casas mais lindas. Deixamos o “feio”, o tosto de lado. E isto passamos também para nosso lado humano, inclusive dentro da própria igreja, aonde todos nos chamamos de Cristãos mais na verdade cometemos atos contrários aos mandamentos. Como o Pe disse na missa de ontem, verdadeiros “sepulcros caiados” ou “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”. Se vemos um irmãozinho diferente, corremos para não sentarmos ao seu lado, não lhe abraçamos, muito menos não lhe apertamos as mãos no momento da Paz. Isto dentro da Igreja. E o que fazemos fora dela? Já pararam para pensar? Quantas vezes atravessamos a rua para não vermos determinadas pessoas humildes que ficam caídas nas calçadas esmolando? Quanta vezes trancamo-nos em casa para não receber aquela visita chata que sempre aparece? Estas são algumas das coisas que fazemos diariamente e não nos apercebemos ou muitas vezes não queremos nos aperceber de que estamos indo contra o maior de todos os mandamentos? Amar é se dar, é se entregar de corpo e alma pelos irmãos, pelo seu próximo.

Quando se ama a Deus, se esquece o mundo. Paulo já dizia estamos no mundo mas não somos do mundo. Não podemos servir a 2 “senhores” ao mesmo tempo. Ou ficamos com a riqueza que o mundo nos oferece ou ficamos com a “riqueza” que Deus nos dá. E quando somos impelidos a amar ao próximo como a nós mesmos é porque, o que não queremos para nós, logicamente não vamos querer para o outro. Se Cristo vive em nós como afirmamos, como explicar nossas atitudes com nossos irmãos que também são moradas de Deus, fazem parte de seu Corpo? Por isso o mandamento que poderia ser subdividido não o é. Amar a Deus é amar ao próximo e amando ao próximo, estamos amando a Deus, que vive em cada um de nós, seus filhos.

Para terminar quando digo que Jesus resumiu os 10 mandamentos mais um monte de costumes em apenas 1 é porque quem ama não mata, quem ama não cobiça as coisas alheias, não trai, quem ama não mente, não fala falsidades a respeito de ninguém, não humilha, é justo, não rouba, respeita a seus pais e aos mais velhos, trata a todos com carinho. Quem ama, não fala de Deus por falar, mas com o respeito que merece nosso Criador. Quem ama, quer estar sempre perto da pessoa amada e, por isso, guarda ao menos um dia para poder se dedicar a Ele, Deus.

Fica aqui então minha reflexão para hoje. Será que realmente amamos a Deus?

Na paz de Cristo e no Amor de Maria.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Iniciamos o mês de Junho....

Salve amados,

Iniciamos o mês de junho, e ao seu final chegamos ao meio do ano... 182 dias terão se passado...

Neste mês celebramos Corpus Christis, no dia 11, Sagrado Coração de Jesus, no dia 19, a natalidade de João, o Batista e de Pedro. Este mês nós católicos nos encontramos em festa. Nas datas certas falarei um pouco mais da importância de lembranças destas festas. Mas temos também as festividades de Antonio. Santo Antonio é conhecido por Pádua, indicando a cidade de seu nascimento ou por Lisboa, a cidade onde veio a falecer. O dia dos festejos é dia 13 e antecendendo a celebração desta data, há a trezena de Santo de Antonio, que consiste em 13 dias de oração e reflexão na vida deste Santo que é cheia de curiosidades, a começar pela sua proximidade com Francisco, de Assis, e os episódios em que pregou aos peixes e brincou com o menino Jesus.

Se você está no Rio de Janeiro, procure por uma das diversas igrejas que existem pelo Centro da cidade, pela Tijuca, pelo Cachambi (onde fica minha paróquia), Jacarepaguá, e outros bairros. Fora do RJ não conheço, mas certamente na sua cidade tem mais de uma igreja dedicada a ele. O carisma do Frei Antonio e sua dedicação a Jesus em sua vida terrena, fizeram dele um Santo popular. Vale a pena ir a uma de suas igrejas e conhecer um pouco mais da vida deste pastor. Mas não vamos lembrar dele só pelo fato de ser um santo casamenteiro pois incorreríamos no problema em descobrir quem é o “santo” dos divórcios, das desuniões. Alias, Antonio já deve estar cansado de ser tomado como santo casamenteiro, pois para isso vivem lhe pedindo, mas ninguém lhe consulta na hora de uma separação.

Evangelho Mc:12,1-12

1. Jesus começou a falar-lhes em parábolas: “Um homem plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns lavradores e viajou para longe.
2. Depois mandou um servo para receber dos agricultores a sua parte dos frutos da vinha.
3. Mas os agricultores o agarraram, bateram nele e o mandaram de volta sem nada.
4. O proprietário mandou novamente outro servo. Este foi espancado na cabeça e ainda o insultaram.
5. Mandou ainda um outro, e a esse mataram. E assim diversos outros: em uns bateram e a outros mataram.
6. Agora restava ainda alguém: o filho amado. Por último, então, enviou o filho aos agricultores, pensando: ‘A meu filho respeitarão’.
7. Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’.
8. Agarraram o filho, mataram e o lançaram fora da vinha.
9. Que fará o dono da vinha? Ele virá e fará perecer os agricultores, e entregará a vinha a outros.
10. Acaso não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular.
11. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos’?”
12. Eles procuravam prender Jesus, pois entenderam que tinha contado a parábola com referência a eles. Mas ficaram com medo da multidão; por isso, deixaram Jesus e foram embora.


Nesta passagem, Jesus encontra-se em caminhada por Jerusalém e prega nas Sinagogas entre Sacerdotes e Doutores da Lei, e todos querem pegá-lo e calá-lo pois se sentem afrontados por seus ensinamentos, suas Palavras. Vemos aqui Jesus falando em parábola, a da vinha, cujo senhor, dono da propriedade, tendo arrendado suas terras, manda diversos empregados para receber o que lhe cabe na produção. Os que agora trabalhavam na Terra se escusavam de pagar ao dono das terras e agrediam, inclusive de forma mortal, os servos que em nome de seu senhor, iam cobrar o débito deles. Até que o senhor decide mandar seu próprio filho para cobrar a dívida, pensando que a este eles respeitariam, contudo, o destino deste não foi outro senão ser também morto.

E perguntando Jesus, o que faria este dono da vinha, prossegue dizendo que certamente viria a destituir aqueles homens do cuidado com sua propriedade e entregá-la a outros.

De certo que Jesus aqui contava aos chefes dos judeus a história de sua vida. Deus Seu Pai, criou este mundo e deu aos homens, suas criaturas, para cuidar dele. Volta e meia mandava seus servos, os profetas, alertar aos homens quanto suas vidas e a forma como estavam tratando o que Deus lhes tinha dado, mas eles nunca escutaram, tendo matado alguns e feridos outros tantos. Até que mandou seu próprio filho, Ele mesmo, Jesus. E já pregava aquela altura o que iria lhe acontecer.

A meditação para hoje está centrada no alerta que Deus nos faz a respeito da “morte”, que infligimos aos enviados de Deus. É interessante notar que o fato de Jesus se dirigir, de forma indireta, aos sacerdotes judeus, originalmente estaria a eles se referindo como os maus agricultores, a quem a vinha, o seu povo, foi confiada. A atitude deles, os chefes do povo, em não guiar os judeus dentro dos mandamentos, e de certa forma oprimirem o povo, utilizando-se da Lei como argumento para as injustiças, faria com que Deus os “destituíssem” de suas funções e as mesmas fossem confiadas a outros sacerdotes.

Mas trazendo ao mundo de hoje, somos obrigados a ver que muitas das vezes também agimos assim para com nossos irmãos. Constantemente “matamos”, por assim dizer, os interlocutores de Deus, sejam nossos sacerdotes, sejam nossos pais, avós e tantos outros que tentam no trazer a Palavra, que tentam fazer Deus chegar aos nossos corações, impedindo que eles dêem seu recado. “Matamos”, “surramos”, da mesma forma como agiam os antigos sacerdotes que oprimiam o povo de Israel, agimos para conosco. Relutamos em ouvir a Deus nos chamando e tentando nos dar a vida eterna.

Portanto amados, paremos para ouvir o que Deus tem a nos dizer. Abramos nossos corações e peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos abra a mente, para que não matemos Seus enviados que constantemente nos chegam. Jesus, o Filho do dono da vinha, voltará. Será que vamos crucificá-lo novamente? Será que vamos ficar inertes aos que nossos “Chefes” espirituais determinarem? Ou vamos desde já pegar a Palavra, ler o que Deus tem a nos dizer e colocar em prática?

Pensem nisso...

Na paz de Deus e no Amor de Maria...