sábado, 5 de dezembro de 2009

Natal. o Maranathá

A Paz, de Cristo.

O Evangelho proposto para hoje é o contido em Mateus 9,35-38; Mateus10,1 e Mateus 10,6-8.

35. Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade.
36. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos:
37. “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!”
1. Chamando os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e de enfermidade.
6. Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!
7. No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’.
8. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!

Meus queridos, acho que quem aparece aqui pelo blog já deve ter reparado que não costumo aparecer por aqui aos finais de semana. Eu os tiro para um tempinho mais com a família e também com as obras da igreja ou da comunidade da qual eu e minha família colaboramos. O Ministério de um é compartilhado por todos aqui. Mas hoje eu decidi ler. Não só ler a Palavra mas também a partilhar com os amigos que acessam este espaço.

No evangelho de hoje temos um Jesus incansável, que está percorrendo as cidades e povoados de Jerusalém, ensinando em suas sinagogas e curando a todo o tipo de doente que lhe era trazido, pois tinha compaixão daquela gente. A fama de Jesus já era tão grande que uma enorme multidão se aglomerava por onde Ele passava. Daí Ele afirmar que a “messe” precisava de mais trabalhadores. Chamando seus 12 seguidores mais próximos, Jesus lhes transfere a unção da cura e os manda ir “ao mundo”, orientando-os, contudo, a primeiramente às “ovelhas” perdidas da Casa de Israel anuncia que o Reino estava próximo. Quanto aos seus feitos, orientou Jesus que não recebessem nada, absolutamente nada, pois que o poder lhes fora dado gratuitamente.

Irmãos, estamos na época do Natal de Nosso Senhor. Momento este em que tiramos para refletir (aliás, deveríamos fazer isto constantemente, mas o natal nos chama a isto mais propositadamente) sobre o que é a vinda de Jesus à terra. Jesus, o Cristo tão esperado, principalmente pelos Judeus, cujas escrituras já o anunciavam, viria a ser para aquele povo, o redentor, o salvador. Viria a ser o líder que levaria os judeus a vencer a guerra, a ter o poder, a ser uma nação. Os judeus estavam naquela época sob o domínio de Roma, dos Romanos que dominavam quase todo o mundo. O Cristo que pediam para ser enviado seria então o libertador desse povo.

Mas Jesus vem e nasce sem que ninguém saiba quem o é. Jesus vai nascer no meio dos pobres, totalmente desamparado de qualquer estrutura para sua vinda ao mundo, nem sua nem de nenhuma criança. Nasceu num estábulo, ao lado de animais e sua primeira cama foi uma manjedoura, um “comedouro” dos bichos. E no meio dos pobres vai crescer. Mas ali no meio dos pobres é que vai tomar os primeiros passos de sua educação. Não só a educação intelectual mas também a espiritual.

Certamente, em matéria de educação, o material humano fornecido a Jesus foi magnífico, pois ele via a situação de um povo que, mesmo desesperado, tinha a esperança, a fé nas escrituras que anunciavam um Cristo que viria salvar-lhes. E neste meio Jesus cresceu. Cresceu, se fez homem e apareceu ao povo. E o povo então via surgir naquele homem a sua esperança. O Enviado pregava em todos os cantos, falava dos problemas das pessoas, curava os doentes, expulsava os demônios, enfim, Jesus levava ao povo toda a sorte das graças de Deus. Mas infelizmente, muitos que viam aquilo não se agradavam. Achavam que o Enviado de Deus viria libertar o povo da escravidão lutando com os opressores, liderando uma revolta. E não era isso que viam. Viam um homem sábio, humilde, que falava de paz e harmonia. Falava de enfrentar as dificuldades com paciência, com calma e tranqüilidade. Falava em tratar bem os diferentes e ajuda recíproca de todos. Ensinava conceitos de virtude, honra e moral, sem levantar um pingo de voz, contra aqueles que o rechaçavam, contra seus opositores. Este era o Enviado de Deus. Este era seu filho amado. Um homem bom tranqüilo, sereno e agora o vemos aqui como o piedoso.

A Palavra de hoje nos diz que Jesus tinha compaixão. E se compadeceu do que via. Teve piedade da grande multidão que o procurava e passava horas lhe ouvindo e sendo curados. A multidão era tanta que Jesus mesmo se via impossibilitado de realizar o trabalho sozinho, de realizar essa tarefa somente Ele. (Não vou e nem quero entrar no mérito da discussão de que, sendo Ele, Deus, poderia num estalar de dedos “curar” a todos. Poderia também ter descido da Cruz, já pensaram?) E por isso chamou 12 de seus seguidores e os enviou em auxílio, transferindo-lhes o Poder, ungindo aos discípulos para curar os doentes e enfermos e libertar os cativos dos demônios. A palavra não diz, mas resta claro que a unção permitia-lhes também ressuscitar os que já estavam mortos. Jesus não chamou ninguém para guerrear, para entrar em luta com os romanos ou com os opressores que haviam saído das entranhas de Israel. Jesus os enviou para salvar seus espíritos, suas vidas. Para tornar um povo forte, regenerado, livres das amarras da vida, dos problemas, de tudo. Jesus não veio para transformar pobres em ricos e destituir reis. Jesus veio para dar “vida” ao povo. Veio para lhes dar a esperança para lutar, para trabalhar, para vencer com dignidade.

Esse foi o Enviado por Deus. Este foi o Cristo que veio para a “casa de Israel”, para “resgatar as ovelhas perdidas”, converter o povo escolhido, para dar-lhes a salvação, para encher o coração daqueles de alegria. Mas muitos destes, pobres gentes, duvidaram que um “pobre” homem que era “mortal” pudesse ser o Enviado, ser o Libertador do povo oprimido. E por isso deixaram passar a sua benção. Não escutaram e nem quiseram saber daquele homem. E ainda esperam até hoje o “seu” messias.

Mas nós que cremos, nós que conhecemos este Cristo maravilhoso que nos foi dado por herança, esperamos é o seu retorno. Esperamos a sua vinda gloriosa daquele que está sentado a direita do Pai. Isto é o que nesta época somos chamados a celebrar: o Maranathá. Mas para isso devemos nos preparar. Devemos estar preparados para receber no Salvador. Devemos estar preparados para o chamado. Devemos preparar nossos corações, nossas mentes para que quando Cristo voltar possamos ir com Ele para a Casa do Pai, para habitar a nova Jerusalém. Portanto, se você ainda não se sente preparado, anime-se. Converta-se. Liberte-se. Cure-se. Ele está voltando mas ainda há tempo para isso.

Vinde Senhor Jesus. A tua Igreja te aguarda ansiosa.

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