sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dá-me a visão

Salve amados, a paz do Senhor.

Hoje vamos meditar no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus 9:27-31.
27. Partindo Jesus dali, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem compaixão de nós, filho de Davi!”
28. Quando entrou em casa, os cegos se aproximaram dele, e Jesus lhes perguntou: “Acreditais que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor”.
29. Então tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”.
30. E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”.
31. Mas eles saíram e espalharam sua fama por toda aquela região.

Nos localizamos com Jesus tendo voltado a sua cidadela, para junto dos seus. Uma grande quantidade de aleijados, surdos e cegos, lhe seguiam. E Jesus curava a todos. Nesta passagem Jesus estava indo para casa, após ter ressuscitado uma menina e dois cegos pediam a Ele as suas curas. Mas Jesus seguiu seu caminho até dentro do lar e ali, vendo a insistência dos dois, indagou deles se estes teriam a certeza, acreditariam que Ele poderia curar-lhes. Ante a afirmativa escutada da suas bocas, Jesus apenas toca-lhes os olhos e por causa da fé de cada um, voltam a enxergar. E Jesus ainda vai advertir a eles: vão, mas cuidado para que ninguém fique sabendo. Mas eles foram e “espalharam sua fama por toda aquela região.”

Meus queridos amigos, hoje é sexta feira. A primeira sexta feira deste mês de dezembro, final do ano de 2009. Estamos vivendo a época do Advento e nos encaminhamos para a segunda semana. Como sabemos, o advento é o tempo da espera, da esperança, da vida. É o tempo de preparo, preparo para a vinda do nosso Salvador. Não só a relativa a passagem de seu nascimento, mas também ao seu retorno, o Maranathá em nossas vidas.

O evangelho de hoje, esta passagem que nos conta Mateus é interessantíssima e, a princípio, cheia de contradições. Ora, primeiro porque os dois cegos foram interpelados por Jesus quanto a fé deles na cura e depois o fato de terem ido, mas sob o alerta de não contarem nada a ninguém. Ora, Jesus como filho de Deus saberia muito bem o que se passava naquelas mentes, não necessitaria fazer tal indagação, afinal, eles estavam seguindo Jesus e diz a bíblia que “gritavam” implorando. Tão pouco também seria necessária a advertência, já que, curados, estariam felizes com o coração cheio, explodindo e isto já seria alvo de perguntas à respeito de tal alegria e fatalmente acabariam contando. De outra sorte, Jesus já estava realizando tantos milagres, não só pela sua cidade mas por toda a redondeza, sua fama já era conhecida e Ele sempre estava cercado de pessoas, que não há como não se ter a certeza de que naquele momento não havia mais ninguém por perto que não tenha visto a cena. De fato, certamente haveria, o que nos leva a razão de afirmar que seria indispensável o alerta de Jesus.

Mas o que nos importa hoje é analisar dois fatos narrados: primeiro, Jesus entra em casa e somente ali vai curar os dois homens que o haviam seguido pelas ruas gritando; segundo, o fato de como Jesus intercedeu por eles concedendo-os a tão esperada cura. O restante é dispensável para nós neste dia.

Meus queridos, diz a Palavra que os cegos seguiam a Jesus e aos gritos, no meio da rua e da multidão que o estava sempre cercando, imploravam a cura. Jesus não poderia ter curado estes homens aonde estava? Claro. Poderia muito bem ter se voltado para eles e transmitido a unção, dispensando logo de uma vez os camaradas. Mas não. Jesus vai caminhar até sua casa e somente ali é que vai devolver a visão àqueles homens, mas não sem antes ter a certeza de suas bocas, quanto suas crenças.

Amado irmão, hoje eu te pergunto qual a sua doença? há quanto tempo você está enfermo e clama pela volta de sua saúde? há quanto tempo você não vai à Casa do Senhor? E o não menos importante: você tem a certeza de que Jesus pode lhe salvar?

Esta é a mensagem de Deus para nós no dia de hoje. Nossas enfermidades poderão muito bem serem curadas. Nós poderemos muito bem deixar de sofrer, mas precisamos ter a certeza, ter a fé de que Deus pode nos curar e ir pedir-lhe isto, efusivamente, dentro de sua casa, ao invés de ficarmos clamando aos quatro cantos pela cura. Esse estar “dentro de sua casa” significa que precisamos estar em sintonia com Jesus, precisamos estar em comunidade, sendo parte desse Corpo Santo que é Cristo. A afirmativa de que fora da Igreja não há salvação poderia vir a calhar nesta reflexão pois sendo Cristo a nossa “igreja” fora dele não há cura, não há salvação. E é a isto que Jesus nos exorta, nos chama a atenção no dia de hoje: é o momento de irmos a “casa” do Senhor, é o momento de regressarmos ao templo vivo do qual estamos afastados. E ao voltarmos ao Pai, levemos conosco a nossa fé. A certeza de nossa cura. Não só a vontade, mas também a certeza de que teremos de volta nossa saúde que se perdeu, que deixamos de lado. Hoje, especialmente, peçamos a Deus que nos devolva a visão. Que nos abram os olhos para que possamos “ver” a Verdade. Que nos abram os olhos do coração, para que possamos ver a glória do Senhor.

Fé é uma das palavras de ordem para hoje. A fé, a certeza de que Jesus vai nos fazer voltar a “enxergar” é que devemos ter neste dia de hoje. E não tenhamos medo ou receio de “contar” para todo o mundo a cura que Jesus realizou em nós. Ele sonda nossos corações e portanto nos conhece muito bem. Somos humanos e uma alegria dessa seria incapaz de ser contida. É como o primeiro amor, que você quer, porque quer, que todos saibam que você está amando. E é isto que teremos a tendência de fazer sem preocupações. Falar aos quatro cantos do mundo sobre a cura que Jesus nos realizou, sobre as enfermidades que Jesus nos tirou, temos de dar testemunho, hoje e sempre, das maravilhas que Ele opera em nós, para que todos creiam Nele e glorifiquem o seu Santo Nome.

Esta passagem me lembra a letra de uma musica que gosto muito, da cantora Jozyanne: Abra, abra os meus olhos, dai-me a visão, eu preciso ver, eu quero ver, aquele que faz o milagre... Toca, toca em meus olhos, Abra os meus olhos, Quero olhar em sua face, Esse é o meu sonho, Ver a tua gloria, este é o meu sonho Atenda-me.

Só quem foi curado de uma “paralisia” e “cegueira” sabe como é. É uma alegria incontentável. Não dá para segurar dentro do peito. Esta é uma das razões pela qual hoje escrevo: eu estava cego e Ele me devolveu a visão. Hoje eu só quero falar das maravilhas que o Senhor fez em mim.

Com a Paz do Senhor Jesus...

Nenhum comentário:

Postar um comentário