quinta-feira, 23 de julho de 2009

Abra o coração... Abra os meus olhos...

Salve, amados de meu Pai,

A leitura proposta para hoje está centrada no Evangelho de Mateus 13: 10-17.

10. Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que lhes falas em parábolas?”
11. Ele respondeu: “Porque a vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não.
12. Pois a quem tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas a quem não tem será tirado até o que tem.
13. Por isto eu lhes falo em parábolas: porque olhando não enxergam e ouvindo não escutam, nem entendem.
14. Deste modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Por mais que escuteis, não entendereis, por mais que olheis, nada vereis.
15. Pois o coração deste povo se endureceu, e eles ouviram com o ouvido indisposto. Fecharam os seus olhos, para não verem com os olhos, para não ouvirem com os ouvidos, nem entenderem com o coração, nem se converterem para que eu os pudesse curar’.
16. Felizes são vossos olhos, porque vêem, e vossos ouvidos, porque ouvem!
17. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram; desejaram ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram.


Ontem Mateus nos relatava que Jesus estava a beira de um lago e uma multidão se aglomerou ao seu redor. Vendo isto, Jesus subiu em uma barca de forma a poder melhor falar ao povo que se aglomerou às margens do lago. E aí começou a ensinar através de parábolas. Seus discípulos vendo isto, após a aula, perguntaram a Jesus porque Ele falava ao povo através de parábolas, e Jesus lhes respondeu dizendo que a eles, seus discípulos, havia sido dado a conhecer Jesus e entender seus ensinamentos, mas aqueles a quem falava agora, não. Povo de coração duro, não queria escutar nem ver o que estava diante deles.

"Abra os meus olhos, dá-me a visão, eu preciso ver, eu quero ver, aquele que faz o milagre... Toca em meus olhos, abra os meus olhos, quero olhar em sua face, esse é o meu sonho, ver a tua glória, esse é o meu sonho. Atenda-me. Filho de Davi."

Hoje Jesus vem nos colocar a nossa frente duas realidades de pessoas. Aqueles que decidiram segui-lo, que se colocaram a caminho ao Seu lado e aqueles que o viram passar, escutaram ele falar, viram seus prodígios, mas ficaram inertes, não quiseram “ver” nem “ouvir”.

Como sabemos, o povo Judeu vivia aprisionado, era praticamente um estranho em sua própria terra, eram controlados por um governo que dominava os reinos da época, eram humilhados sem falar nos seus iguais ricos, que lutavam para não perderem sua fortuna e acumular cada vez mais, aliando-se aquele que era o inimigo. Mais a maioria eram os pobres que ficavam cada vez mais pobres, mais sofrido, mais sedento de justiça e esperançosos nas profecias, esperavam a vinda daqueles que os libertaria das mãos dos poderosos, dos opressores, aquele que iria guerrear por eles. Que viria a destruir um império e libertar o povo da escravidão.

Mas aí aparece Jesus. Um menino também pobre, que vai nascer fora de sua cidade, em um estábulo, cresce como qualquer outro, aprendendo sobre sua história e a de seu povo, e que mais tarde vem falar de amor, de paz, de se fazer caridade. Aonde estaria aquele guerreiro que as Escrituras apregoavam a vinda?

Por isso a maioria do povo não o queria. Não queria aceitar que “aquele” era o Cristo de Deus, o Enviado. Estes são quem Jesus chama de povo de coração duro. Pois os que abriram seus corações, suas mentes, quando Jesus passou e os chamou, puderam ver que aquele era o Senhor, aquele era o próprio Deus. Jesus mais tarde perguntaria aqueles seus apóstolos, para eles quem o era, lembram? E quando eles lhes disseram ser o Cristo, Jesus novamente vai dizer-lhes que Eles são agraciados porque Deus, e não outro qualquer, é quem tinha feito eles reconhecerem-no o Senhor.

A este povo de coração duro, fechado, Jesus vai falar através de histórias. È como um aprendizado lento. Quantos de nós, muitas vezes em nossas vidas, não precisamos escutar histórias para podermos entender as coisas? Precisamos de exemplos para seguir em conformidade com o que é nossa tarefa? Jesus sabia tanto disso que ao povo geralmente se dirigia por meio das histórias. Mas sabia também o limite de cada um ao entendimento. Aos pescadores, contava histórias de pescador, aos que cuidavam de rebanhos, contava histórias de pastoreio, aos que lidavam com a terra, histórias de colheitas e assim seguia.

Jesus está sempre nos falando, está sempre se dirigindo a nós e de forma que possamos entendê-lo. Mas para que de fato possamos compreender o que Deus quer de nós, devemos abrir nosso coração. O entendimento das coisas de Deus passa somente pelo coração do homem. É preciso que vejamos nosso Jesus como o verdadeiro libertador. É preciso que creiamos que Ele nos cura, liberta e que, sobretudo, está a voltar. Escutando e vendo com o coração, crendo nas Escrituras, no que Deus falou pela boca dos profetas, nos resta por em prática Seus ensinamentos. Seus Mandamentos. Não basta ouvir, ver, ler, mas também fazer, se converter. Crer é isto. Acreditar é ter certeza de que o que está escrito vai acontecer. Pode demorar mil anos, mas vai acontecer. O tempo, inclusive, é um fator que não está ao nosso lado. Por isso também devemos levar a nossos filhos, nossos irmãos, o conhecimento da Salvação, para que eles façam o mesmo com as próximas gerações. Ele voltará. Está escrito. Gosto de uma frase que Jesus sempre falava: “Quem tem ouvidos, ouça!.”

Portanto, amados, se você acha que ainda não ouviu Jesus falar com você, ou escutando, não compreendeu o que Ele quis dizer, abra o seu coração. Liberte-se do que te prende a este mundo. Entregue-se a Ele. Com um coração puro, contrito, renovado, Escute-o chamando por você e vá ao Seu encontro. Procure Jesus nas suas ações, no seu caminhar, nas suas palavras. Se de um coração novo é o que precisamos para que abramos nossos ouvidos e olhos e, entendendo o que Ele nos fala, voltemos à vida, peçamos isto a Cristo.

Jozyanne, uma cantora cristã que gosto muito, tem uma linda canção para o tema de hoje: Abra os meus olhos.



Pensemos nisto.

Na Paz de Jesus e no Amor de Maria,

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