terça-feira, 21 de julho de 2009

A verdadeira Família, para Jesus.

Salve amados de meu Pai, hoje vamos ver a passagem descrita por Mateus: 12, 46-50:

46. Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele.
47. Alguém lhe disse: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo”.
48. Ele respondeu àquele que lhe falou: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?”
49. E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: “Eis minha mãe e meus irmãos.
50. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

Jesus estava a ensinar às multidões. E o povo o cercava de maneira tal que ninguém conseguia se aproximar dele. Nem sua mãe ou alguém outros de sua família. Mas alguém vendo que estes queriam falar com Jesus, vai dizer-lhe que eles estavam a sua procura. Jesus, então, se vira para o mensageiro e lhe pergunta quem são a sua família e, apontado para a multidão que o seguia e escutava-o disse-lhe que aqueles sim, eram seus familiares, os que faziam a vontade de Deus.

Esta passagem de hoje poderia até nos intrigar um pouco pois Jesus estaria de certa forma não honrando a sua mãe que lhe fora procurar, talvez para saber de sua saúde, se precisava de alguma coisa, essas preocupações de mãe. Mas o fato de naquele momento Jesus não dar atenção aos seus parentes, nos demonstra que Ele sabia separar as coisas, os momentos. Afinal, Jesus era um humano, um judeus nascido de uma mulher, mas também, era filho de Deus, era a caracterização humana de Seu Pai que estava nos céus. Quando estava a pregar, ensinando às multidões, Jesus era Deus. Fora isto, era um menino, que recebia o carinho de seus pais, com quem dividia seus momentos de ternura no lar. A bíblia não nos fala destes momentos, mas sabemos que Jesus levou um bom tempo até começar a realizar suas Obras. Desde pequeno, como todo menino judeu, foi catequizado, tomou conhecimento das Leis, observou a forma como os homens agiam e, como todo bom filho aprendia a profissão de seu “pai” terreno, José, o carpinteiro.

O que Cristo quer nos demonstrar nesta passagem não é outra coisa senão sabermos separar as coisas. Temos ouvido há bastante tempo o evangelho nos chamar a sermos mensageiros do Reino, a sermos evangelizadores, a seguir o caminho deste a quem chamamos Irmão. E se realmente vamos “seguir” a Cristo, devemos nos desprender de determinadas coisas, tomar novos rumos, buscar outras áreas, deixar pai e mãe e até mesmo, deixar que os mortos enterrem seus mortos, resposta que recebeu um discípulo ao pedir a Jesus que deixasse ir enterrar seu pai.

Todos somos chamados de certa forma a seguir a Cristo, mas segui-lo é antes de tudo uma vocação. Vocacionado não quer dizer que a pessoa deva ser um sacerdote legitimado. Como disse, “todos” somos chamados a seguir o Caminho, a Verdade e a Vida. Somos chamados a levar este Jesus que em nós habita a todos os povos. E isto vale para todos nós que somos Cristão e discípulos de Jesus. Homens, mulheres, crianças, todos somos, de certa forma, também evangelizadores. E, em nossa atividade evangelizadora, devemos nos ater tão somente a Palavra. Qualquer outra coisa que venha tentar nos desviar do caminho, deve ser de imediato afastada de nossas mentes e de nossa visão. Imaginem Jesus deixando de ensinar para escutar sua mãe lhe perguntar se já havia almoçado àquela hora, ou se estava a sentir frio, pois saíra de casa sem um casaco?

Há um tempo para tudo, um tempo para brincarmos, um tempo para estudarmos, um tempo para nosso lazer, enfim, para tudo há um tempo. Inclusive para as coisas do Reino, para o anúncio da Palavra.

Pensemos nisto.

Na paz de Jesus e no Amor de Maria,

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