quinta-feira, 2 de julho de 2009

O misericordioso amor de Deus.

Salve, Amados,

Hoje quero antes de tudo compartilhar minha alegria com todos vocês. Hoje acordei radiante, mesmo diante de algumas dificuldades que tenho encontrado. Mas minha alegria tem um motivo: meu Jesus Vive. E dentro de mim. Está sendo uma alegria radiante. Uma felicidade completa. Uma Paz e serenidade n´alma que só quem já experimentou o amor de Deus saberá o que estou falando. Meu Deus, meu Tudo, meu Senhor. Oh, meu Deus, como é bom saber que estás sempre ao meu lado.

Hoje iniciei de maneira atípica. Mas estou tão feliz que não poderia deixar de partilhar com vocês esta minha felicidade. Não que em outros dias eu não estivesse. Mas tem sempre um dia em que deixamos a paz se fazer tão presente em nossos corações que transborda e nos deixa esfuziantes.

Mas bem, vamos lá. Tenho tido o costume de fazer minhas reflexões a partir dos Evangelhos, mas hoje devo confessar que também a primeira leitura me é apaixonante. Fala da prova a que Moisés foi submetido, ao ser chamado a entregar seu filho em sacrifício. Temente ao Senhor Deus, Moisés levou seu único filho ao monte, mas quando já preparado a imolar o pequeno, eis que Deus manda seu anjo para impedir ao Seu servo de lhe fazer tal oferenda.

Esta passagem, em Gênesis: 22, 1-19, é uma das que mais gosto quando se relata a vida de Moisés. É prova de amor ao Altíssimo, ao Todo Poderoso. É prova de temor a Deus. E me faz sempre refletir quantas vezes por dia Deus nos coloca à prova, nos testa em nosso amor, em nossa dedicação a Ele. Seja em nosso temperamento, seja em nossa fidelidade, seja em nosso amor ao próximo, Deus está sempre nos colocando à frente de situações várias para ver como nos portamos, como vamos nos sair. Certamente, povo pecador que somos, nem sempre nos sairemos bem em nossa jornada. Mas Deus não vai desistir de nós. Ele estará sempre ao nosso lado e, fatalmente, nos testando, a cada dia. Por isso nossa vida é uma constante “busca a Cristo”. Em busca da Santidade, em busca do nosso “ser Cristão”. Moisés, por amor a Deus, abdicou de seu filho. Triste mas confiante, o levou até o altar do sacrifício. E nós? Quantas vezes abdicamos daquilo que temos por amor a Deus? Quantas vezes abrimos mão dos nossos desejos, das nossas vontades, por amor a Jesus, ou mesmo nossos irmãos? Moisés fez isto. Triste, mas confiante nas promessas. E por isso foi elevado e glorificado e numerosa foi a descendência daquele filho de Deus.

Mas só para não perdemos o costume, vamos a Palavra de hoje para nós, que está contida em Mateus: 9, 1-8.

1. Entrando num barco, Jesus passou para a outra margem † do lago e foi para a sua cidade.
2. Apresentaram-lhe, então, um paralítico, deitado numa maca. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, teus pecados estão perdoados!”
3. Então alguns escribas pensaram: “Esse homem está blasfemando”.
4. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações?
5. Que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados são perdoados’, ou: ‘Levanta-te e anda’?
6. Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse então ao paralítico — levanta-te, pega a tua maca e vai para casa”.
7. O paralítico levantou-se e foi para casa.
8. Vendo isso, a multidão ficou cheia de temor e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos seres humanos.


A Boa Nova de hoje nos relata episódios posteriores à rápida passagem de Jesus por terras pagãs, quando expulsou os demônios de alguns homens, transferindo-os para uma manada de porcos que se atiraram no abismo. Jesus, retornando a Galiléia, estava em sua casa e pregava a uma multidão que havia ido ao seu encontro. No meio deles, encontravam-se também fariseus e doutores da lei. Alguns homens trouxeram a Ele um paralítico e, como vão dizer Marcos e Lucas, como não conseguiam se aproximar de Jesus, dada a multidão que ali estava, abriram um buraco pelo telhado e desceram o doente até Sua frente. Vendo aquilo, Jesus se dirige ao homem e lhe diz que seus pecados estão perdoados. Mas não parou por aí. Diante da incredulidade dos doutores da lei, Jesus ainda se dirigiu mais uma vez ao homem e desta vez ordenou-lhe que levantasse, pegasse sua cama e fosse para casa. Vendo isto a multidão glorificou a Deus pelo poder dado aos seres humanos.

Nesta passagem temos um homem doente que é, a todo custo, apresentado a Jesus. Como já sabemos, para o povo daquela época, a doença das pessoas apareciam em virtude de seus pecados. E os judeus se viam assim. Mas quem é Jesus? Ora, se Jesus é o Enviado de Deus para nos salvar, para nos trazer a liberdade, nos livrar de nossos pecados, nada mais certo que aquele homem quando ouviu que seus pecados estavam perdoados se levantasse. Mas pelo relato não vemos isto. Jesus precisou ser mais enfático e determinou aquele homem que se colocasse de pé e fosse para sua casa.

Ora, quantas vezes isso não nos acontece também? Quantas vezes não escutamos, ou mesmo fingimos não escutar Jesus nos chamando a vida através do seu perdão? Às vezes somos tão teimosos que precisamos que Ele nos ordene. Somos tão paralíticos na alma que necessitamos que Jesus nos “ordene enfaticamente” pararmos de pecar. E ainda assim, nem sempre levantamos e andamos. Continuamos inertes ao desejo de Deus em nos perdoar. Continuamos com nosso coração fechado à Salvação, esperando que Ele “berre” aos nossos ouvidos. Deus é misericordioso. Ele sempre nos estende a mão. Mas o “desejo”, a “vontade” de segurar esta mão é nossa. A liberdade nos chega se ouvirmos. E como Deus fala aos nossos corações de várias maneiras, até simples, saibamos ouvir de primeira o chamado à conversão. Nossa vida nesta terra é tão curta, é tão passageira, que às vezes não teremos tempo de escutar Jesus ordenando que levantemos. Pior, não teremos tempo de levantar.

Na Paz de Cristo e no amor de Maria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário