sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Sábado Judaico

Salve meus amados, o evangelho de hoje encontramos em Mateus 12: 1-8.

1. Naquele tempo, num dia de sábado, Jesus passou pelas plantações de trigo. Seus discípulos estavam com fome e começaram a arrancar espigas para comer.
2. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!”
3. Jesus respondeu: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome e seus companheiros também?
4. Ele entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda, que nem a ele, nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes?
5. Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e não são culpados?
6. Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o templo.
7. Se tivésseis chegado a compreender o que significa, ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, não condenaríeis inocentes.
8. De fato, o Filho do Homem é Senhor do sábado”.

Esta passagem das Escrituras nos mostra um pouco os costumes dos judeus de Israel, costume este que perdura até os dias atuais: guardar o sábado, o último dia da semana. De certa forma, quando a Bíblia nos diz que Deus descansou neste último dia da criação do mundo, quer nos revelar que também o devemos fazer e dedicar este santo dia a adoração ao Senhor. Mas é em Levítico 25 que iremos encontrar o mandamento de Deus para a guarda do sábado:

1 Falou mais o SENHOR a Moisés no monte Sinai, dizendo:

2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a terra descansará um sábado ao SENHOR.



Assim, aos judeus não era lícito fazer nada neste dia. Era dia sagrado. Nem a caminhar era permitido. Ir de cidade em cidade, somente após o Sábado. Só para termos uma idéia de como isto era concebido pelo Judeus, encontrei na internet, em http://www.palavraprudente.com.br/estudos/robert_j/costumehebraico/cap06.html, o seguinte texto:

Um sacerdote, ficando na torre do tempo tocou a trombeta como o sinal de cessar o trabalho e começar o Sábado descanso.

Nas outras cidades, um judeu no teto da sinagoga tocou sua trombeta seis vezes!

A Primeira vez: para os obreiros no campo ao redor de cessar os trabalhos.

A Segunda vez: as lojas na cidade fecharam-se.

A Terceira vez: avisou as senhoras da casa para tirar as panelas dos fogões e ! embrulha-las para preservar a comida quente, e para acender as velas no Sábado.

Depois veio um intervalo e a trombeta foi tocada três vezes em sucessão, rapidamente que significava o começo do Sábado. Não era lícito para o trombeteiro levar a sua trombeta em baixo. Havia de deixá-lo no teto até a cessão do Sábado.

E Jesus vai ser interpelado neste Sábado pelos fariseus que acompanhavam a Sua comitiva de seguidores à respeito da caminhada e da colheita do milho para comerem. Aliás, Jesus já tinha sido interpelado anteriormente a esse respeito quando curava os doentes, também num sábado. Mas esse Jesus, oh, Judeu teimoso. Será que tinha sempre que desobedecer as Leis que Deus havia dado a Moisés, a Abraão?

Mas Jesus vai dizer a estes fariseus, que se arvoravam em judeus autênticos, seguidores fiéis das leis, que Ele era a Lei. Como Filho de Deus, Senhor do Tempo, era também o Senhor do Sábado. A Ele convinha dizer o que era ou não cabível. E o mero sacrifício à Deus não era o que Jesus queria. O povo tinha fome. E morreria de fome por que era sábado? O povo estava doente. E morreria por suas moléstias porque era sábado? Que Deus é este que não tem misericórdia daqueles que sofrem e só porque é sábado quer ver o sacrifício dos seus fiéis? Dos seus súditos? E isto Jesus vai falar mais uma vez aos pobres fariseus: “Se tivésseis chegado a compreender o que significa, ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’, não condenaríeis inocentes

Mas o que Jesus realmente quer nos dizer com esta passagem? Estaria Ele respaldando nossas atitudes contrárias à Lei quando cometemos as falhas? Talvez esteja ele dizendo-nos que por necessidade podemos então ser contrário aos mandamentos, de forma que o pecado cometido alicerçado em uma necessidade não seria assim condenável.

Não meus queridos irmãos. Jesus aqui quer nos dizer novamente para não sermos hipócritas como os fariseus e que o sacrifício apenas por questão de mandamento, ordenamento, não seriam aproveitáveis a Deus. De fato, o que nos aproveita uma ação pelo simples fato que temos de fazê-la. Tudo o que fazemos, devemos executar por amor a Deus, devemos ter a sinceridade em nossos atos. Lembrem-se daquela mulher no templo que só tinha duas moedas e ofertou-as no templo. Diante de diversos homens, alguns de posse, foi a oferta que mais agradou ao Senhor. E porque? Porque foi de coração. Não é a quantidade que nos importa, mas a qualidade de nossa devoção. De que nos adianta a glória terrena, o reconhecimento dos homens em nossas atitudes. De que adianta as boas ações se quando a concretizamos procuramos receber aplausos dos homens?

“Hoje eu fiz o bem. Distribui uma cesta de pães, sopa e roupas, para aqueles pobres necessitados. Como sou uma pessoa boa, seguidora dos ensinamentos de Cristo.” Mentira! Você nada mais é do que um falso fariseu, que se diz seguidor de Jesus, mas na realidade quer o reconhecimento daqueles que são iguais a você. “Nossa, como fulano é generoso, como ele é bondoso com as pessoas que lhe pedem ajuda.” “Salve, fulano, você é o maior”. È isto que você quer? A saudação daqueles que lhes são iguais?

É isso que Jesus vem nos dizer. Que sejamos sinceros em nossas obrigações, em nossas ações para com o próximo. Guardemos o sábado, sim, para uma adoração ao Senhor, para dedicarmos somente a Ele. Mas que nos dediquemos de coração, de fé, de paixão. Que demos nosso melhor a Deus. O reconhecimento dele é o que deve nos importar. Você é especial para Deus e por isso Ele sempre sonda seu coração. Te conhece, e muito bem.

Na paz de Cristo e no amor de Maria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário