terça-feira, 7 de julho de 2009

Vocação Cristã

Salve, amados de Deus.

A palavra de hoje encontramos no Evangelho de Mateus: 9: 32-38.

32. Enquanto os cegos estavam saindo, as pessoas trouxeram a Jesus um possesso mudo.
33. Expulso o demônio, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”.
34. Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
35. Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade.
36. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos:
37. “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!”


Hoje a passagem nos relata mais um episódio de sucessivos milagres feitos por Jesus.

Depois que Ele ressuscita a filha do Chefe da sinagoga de sua cidade e cura uma mulher há anos adoentada de sangramento – tudo de acordo com a fé que eles tinham e a depositavam no Enviado – Jesus retorna a sua casa e o povo, como sempre, atrás dele. Nisto levam-lhe dois outros cegos que também são curados mediante a fé deles. Mas aquele dia ainda não parava por aí. EM seguida, conforme relata Mateus, levaram até Jesus um mudo, possesso que, após a expulsão do demônio que habitava seu espírito, soltou a fala. O povo que a tudo assistia, ficava maravilhado com os milagres saídos de Jesus. Mas os fariseus – ah, sempre esses fariseus, povo arrogante, rude e hipócrita – diziam que Ele fazia milagres não em nome de Deus mas do maligno, pois seria Jesus filho do chefe deles. Mas Jesus não dá confiança a estes pobres coitados e continua sua jornada, indo de cidade em cidade, povoado em povoado, curando os doentes e ensinando em suas sinagogas a Boa Nova.
Em cada lugar por onde passava, uma multidão o cercava e o acompanhava. Não o deixava. Aí Jesus se dá conta de quantas pessoas precisavam e queriam conhecer a Deus, Seu Pai. Quantas pessoas estavam doentes e precisavam ser curadas. E aí, virando-se para seus seguidores mais próximos, os discípulos que o acompanhavam, mostra-lhes isto e, orienta-lhes a pedir ao Pai que envie mais e mais operários que possam levar às multidões o sossego, a paz de espírito pelo qual o povo ansiava.

Meus irmãos, a palavra de hoje nos mostra momentos cada vez mais atuais em nossas vidas. E porque digo isso? Porque muitos gostam de dizer que “naquele tempo”, se referindo às passagens da escritura como se tivessem acontecido numa época em que o mundo era outro. Gostam de relativizar a Palavra, adequá-la a seus momentos, muitas das vezes procurando saídas para respaldar atitudes vãs. Mas eu gosto de dizer que a Bíblia é o livro mais atualizado que temos nos dias de hoje. De certo que a época é outra. Hoje temos canais e canais de comunicação, por exemplo. Temos jornais, internet, radio, temos até bicicletas adaptadas com caixinhas de som para o condutor anunciar as novidades na cidadezinha. Hoje a tecnologia não é a mesma daquele tempo. Mas o ser humano é o mesmo e as mazelas que se apossam de nossos espíritos, já são velhas conhecidas nossas. De séculos e séculos. Hoje não temos mais aquela problemática de ver todo adoentado como pecador, mas vemos todo pecador como um adoentado. O povo ainda continua sedento de Deus, sedento de um tempo melhor, esperançoso. Assim como era inclusive na época de Davi. Aqui abro um parênteses para dizer que estou lendo um livro intitulado “A Canção do Pastor”, que vem a contar a trajetória deste homem de Deus. Já no prefácio, me apaixonei por esta leitura e a medida que for interessante, partilharei com vocês. Mas no livro é relatado isto. Já na época de Davi, o mundo vivia momentos de declínio, desilusão e perigo. As pessoas viviam num mundo sem atrativos que trouxesse uma paz, uma tranqüilidade. O que tinham era o que o mundo lhes ofereciam: as guerras, as intranqüilidades, as iniqüidades. Já não viam mais esperança, não viam uma “luz no fim do túnel”, uma solução para os males que lhes abatiam, como as doenças, que lhes tornavam enfermos, sem poderem trabalhar, sem poderem arranjar o sustento de seus familiares. Os dias de hoje não são diferentes. As doenças o são. Hoje não temos mais a lepra como a doença mortal, mas temos a AIDS que tomou seu lugar; a pouco tivemos a gripe aviária, agora temos a gripe suína. A cada momento nos vemos cercado de problemas que vão nos deteriorando, vão nos atormentando a ponto de inclusive duvidarmos da existência de um Deus provedor, um Deus que cura.

E, é neste momento que nos vemos mais e mais sedentos de esperança, mais e mais sedentos de justiça, mais e mais sedentos de Deus. E a Palavra já nos apontava isto. Como diria a cantora gospel, Aline Barros: “a profecia se cumpriu, o povo está sedento e com fome de Deus”. Mas se por um lado nos vemos desiludidos, por outro Jesus vinha nos chamar de “homens de pouca fé”, pois quem tem fé, quem persevera na Palavra, não se deixa abater, não se deixa levar pelos percalços da vida. Ao revés, é suficientemente capaz de ajudar a Jesus em sua missão. È capaz de levar a Boa Nova aos povos, levantando os caídos, curando os enfermos e até expulsando os demônios, pois assim fez Jesus, que confiava no Seu Pai. E também assim determinou aos seus doze escolhidos que agissem, pela fé que tinham em seus corações.

A esta missão Deus nos chama no dia de hoje. E nos convoca também a rezar, mais e mais, para que Ele envie pastores que possam pastorear este rebanho que se encontra cansado, sedento e com fome. Hoje somos chamados a ser um dos doze e por nossas ações e atitudes, arregimentar mais doze, e mais doze, e infinitamente mais, para que a Palavra, os ensinamentos de Jesus, chegue realmente aos quatro cantos do universo. Se naquela época Jesus ao levantar os olhos no horizonte e ver uma grande multidão de doentes que precisavam ser curados, imaginemos nos dias de hoje, quando levantamos nossos olhos e procuramos também ver este tipo de deficiência?

Pois bem meus irmãos, amados de meu Pai. Que este dia dediquemos nossas orações no sentido de que Deus envie mais e mais sacerdotes para nossas igrejas, que levante dentre os leigos, verdadeiros evangelizadores, catequizadores, curadores d ´Alma. Pessoas que, vivendo Cristo, possam levar aos “doentes” o conforto, a tranqüilidade espiritual para também “erguê-los de suas macas” e torná-los seguidores de Jesus.

Hoje, dia 7 de julho, na sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista, está se iniciando o congresso anual da Renovação Carismática. De hoje até domingo, os católicos carismáticos de todo o Brasil estarão em assembléia, louvando e adorando ao Senhor, recebendo o Espírito Santo em seus corações, muitos “recarregando suas baterias” para voltarem a suas cidades munidos de esperança e fé para continuar suas jornadas evangelizadora. Infelizmente não poderei estar presente recebendo as graças de Deus, mas sei que na sua misericórdia e na sua onipotência e onipresença Ele não se esquecerá de mim. Suas mãos um dia me arrancaram das trevas. Hoje dedico meu curto tempo livre a anunciar esse meu Deus que é lindo e maravilhoso e o que Ele fez e faz na minha vida.

Portanto amados, lembremo-nos também hoje e durante toda a semana de pedir ao Pai que olhe por aqueles que se encontram reunidos em Cachoeira Paulista. Por aqueles que estão ali para buscar a intimidade com Ele. Que faça cada vez mais daqueles homens e mulheres, verdadeiros instrumentos da Sua justiça, da Sua Paz. Que sejam levantados mais e mais homens e mulheres de Deus que, assim como os discípulos, saíram no mundo pregando o evangelho, curando os doentes, expulsando os demônios; homens e mulheres de fé que nenhum mal os atingirá, nenhum veneno lhes fará mal, que saíam sem dano algum dos lugares aonde Deus os levar.

Peçamos isto hoje ao Pai. A messe é grande. Faltam trabalhadores. E você? O que está esperando? Talita cum!.

Na paz de Cristo e no Amor de Maria.

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