quinta-feira, 5 de março de 2009

A prática do Jejum

Amados, paz em Cristo...

Hoje é mais um dia da glória de Deus... mais um dia que o Senhor preparou para nós...
Para mim, um dia fora do comum...fiz uma coisa que há muito não fazia: como o carro está na oficina, peguei uma vã (ou van?)...sei lá... mas então vim para o trabalho de motorista e portanto, livre para ler... e como estamos na época da quaresma, nada melhor que uma leitura condizente com esse período.

Há tempos atrás adquiri um livreto intitulado práticas do jejum, escrito pelo Monsenhor Jonas Abib, o fundador da Canção Nova. Como eu disse é um livreto e dá para ler e entender em meia-hora... e olhem, aprendi na realidade o que é o jejum... e em face disso não só vou recomendar o livro mas aproveitar para corrigir algumas impropriedades que havia relatado no meu texto sobre quaresma.

Monsenhor Abib nos apresenta 4 espécies de jejum:
- o da Igreja, praticado há séculos, e que consiste em se tomar o café pela manhã e mais uma refeição ao dia (almoço ou janta) e uma última alimentação que é justamente para podermos dormir sossegado;
- o de pão e água, que consiste juntamente nisso: comer pão e beber água, fazendo, contudo, alternadamente, pois a ingestão em conjunto pode causar problemas estomacais de fermentação, vindo a gerar dor de cabeça que acaba sendo prejudicial ao objetivo da prática do jejum;
- o à base de líquidos, onde recomenda a ingestão de chás. Recomenda também a ingestão de sucos e não vitaminas, podendo-se combinar legumes, frutas e mesmo verduras e, por fim,
- o completo, onde não se come coisa alguma e bebe-se somente água ou caldos.

Ora, como sabemos a prática do jejum nos serve a um reencontro com Deus e um favorecimento à oração; mas muito mas que isso, nos conduz a uma disciplina em nossa alimentação, segurando nossa gula.

Neste momento até abro um parágrafo aqui. Escutei uma certa vez um debate onde a discussão era em torno das orações de alguns pastores protestantes visando a cura da obesidade. Ora, meus caros amigos, preciso falar algo mais? Acho que não... isso só nos serve a revelação de que, tirando algumas raras exceções por motivos de doença grave, somos gordos porque queremos. Ou não? Comentem sobre isso... mas não me batam... por favor...

Mas continuando no livro escrito pelo sacerdote, nas considerações finais ele nos fala de um erro que cometemos ao não fazer a refeição pela manhã. Não tomando o café, estaríamos na realidade, começando o jejum a partir da ultima refeição que fizemos na noite anterior. Revela o Monsenhor que isto conduziria a problemas de saúde que implicariam na prática da oração, como a dor de cabeça e a irritabilidade. Interessante este ponto pois não pensamos nisto.

E observa ao final, e nisto é que eu tenho de modificar meu texto anterior e fica aqui essa modificação, é de que, popularmente, acreditamos que ficar sem ver TV, sem refrigerantes, sem falar da vida alheia, sem reclamar de nada, seria uma prática de “jejum”... ledo engano... isso se trata de mortificação, que à grosso modo é a prática de abstenção onde se visa a reparação de um pecado ou à santificação. Trata-se de uma prática que, embora também voluntária, oferecemos a ação como forma de sacrifício.

Aproveito para encerrar com a conclusão do nosso Monsenhor Abib: “o jejum é uma riqueza que precisamos reconquistar. É uma forte expressão da comunidade que decidiu fazer uma conversão, começar uma vida nova.”

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