Solidariedade.

Em Jerusalém, havia uma piscina onde suas águas eram agitadas por um anjo de quando em vez e, aquele que nela entrasse logo após o agito, ficava curado. Por isso, à beira da piscina, encontravam-se sempre coxos, cegos, paralíticos, e outras espécies de doentes, banidos da sociedade por conta de suas enfermidades.

Ao passar por esta piscina, Jesus se depara com um homem que estava paralítico há mais de trinta e oito anos e, pergunta-lhe: queres ser curado? Embora recebendo uma resposta afirmativa, também disse-lhe o paralítico, que não conseguia se mover e que não havia ninguém que lhe ajudasse a entrar nas águas para banhar-se e, que, quando ainda conseguia chegar próximo à beira, vinha outro e entrava em sua frente.

Mas Jesus somente lhe disse: levanta-te, toma tua maca e anda. E não peques mais. E o homem ficou curado.

Amados, Paz e bençãos.

Na liturgia da Igreja escolhida para hoje, vemos mais uma vez um Cristo amigo que quer saber dos outros. Que se interessa pelas aflições de seus filhos. E foi assim com este homem que soube estar paralítico, imóvel, se arrastando na dificuldade há 38 anos e certamente compadeceu-se disso.

A Palavra de hoje nos apresenta uma bela reflexão, típica para a época da Quaresma, mas que como Cristãos devemos praticar sempre. A solidariedade. Reclamava aquele homem em Jerusalém que ninguém lhe ajudava a chegar até as águas da vida e que, quando o conseguia por seu próprio esforço, alguém chegava na frente e lhe derrubava.

Ora meus queridos, quantas vezes vemos isso acontecer? Quantas vezes isto já não nos aconteceu? O homem naquela época já era egoísta e só pensava em si próprio. E hoje? Mudou alguma coisa? Ou melhor, mudamos em alguma coisa?

Domingo assistia ao culto da Igreja de Nova Vida, onde minha esposa é membro, e a Palavra que o Pr. pregou era sobre a mudança de vida do Cristão. O Cristão para se dizer Cristão deve se converter de corpo e alma. E não somente da boca para fora. Vestir uma camisa com o escrito: “Eu amo Jesus”, colocar um terçinho na mão, fechar os olhinhos quando reza, não faz de você um verdadeiro Cristão. Precisa haver uma verdadeira conversão. Deixar morrer o “velho homem” e pedir, todos os dias, um Novo Coração.

Assim, o evangelho de hoje nos exorta a sermos mais solidários. A não esperarmos o irmão chegar para lhe estender a mão e sim, procurá-lo, enxergar suas necessidades e ajudá-lo a chegar “nas águas da vida”. Lembre-se, Deus ama quem dá, quem se entrega, com carinho.