terça-feira, 31 de março de 2009

Confissão

Amados, paz e bençãos...



Neste tempo de Quaresma a Igreja nos convida a uma verdadeira conversão. E é nisto que devemos nos ater em nossa vida cristã: CONVERSÃO. E como exercício de conversão, temos na penitencia um verdadeiro instrumento de auxílio a uma nova vida.

A Igreja não nos obriga a confessar, já que este ato parte da própria pessoa dada sua característica da expontaneidade. Mas ela nos chama a esse exercício penitencial ao menos uma vez no ano e é justamente nesta época da quaresma. Por isso a confissão é uma forma de penitência.

Mas, porque confessar? O exercício da confissão nos leva a receber o perdão de Deus. Podemos dizer que com a confissão buscamos não o mero perdão dos nossos pecados, mas uma reconciliação com nosso Deus, com o nosso irmão. Ao confessarmos, todo o fardo do pecado é tirado de nossas vidas, ficamos com o espírito "mais leve" e mais certos do perdão divino.


Mas para que isso realmente ocorra, não é o simples reconhecimento de nosso erro que vai configurar um confissão. A confissão há de ser contrita, ou seja, primeiro, tem de haver a convicção onde o indivíduo deve reconhecer, deve estar consciente de que o ato que cometeu é pecado; deve haver o arrependimento sincero e verdadeiro, do fundo d´alma pois se a pessoa não se arrepender, então não há como receber o perdão; e por fim e acima de tudo, a promessa e o firme propósito de não mais praticar tal ato pecaminoso.


Mas e o que vem a ser pecado?


O Papa Pio XII já dizia em sua época que o problema do mundo é que se havia perdido o sentido do pecado; já bem recentemente, o Papa João Paulo II disse que o problema com o mundo é que se tinha perdido o sentido de Deus. Essa verdades, contudo, podemos ver aos dias de hoje, o que nos mostra que quanto mais evoluidos vamos ficando, mais vamos perdendo o senso das coisas que nos são caras.


Se vemos alguem roubando 10.000, achamos um crime descomunal; se alguém rouba um pacote de biscoito, dizemos que foi um furto de menor importância, para a pessoa se alimentar; as vezes injuriar uma pessoa é maior que falar inverdades contra ela. Mas cabe aqui uma pergunta: Deus valora o pecado? É Ele quem sugere qual penitência as pessoas deverão cumprir pelo pecado cometido? De certo que não. Deus não valora nossos erros. Não há nem que se cogitar que dos 10 mandamentos, os primeiros tem peso muito maior que os outros. Não há diferença entre um roubo de 1 milhão e o de 1 real; não há distinção entre a injuria e maus tratos. O pecado é único. É roubar, é matar, é humilhar, é invejar, é falar mal do irmão, é tratar mal aos outros, usar de palavriado vulgar ou impróprio, deixar de ir a missas ou de de ler a Sagrada Escritura... são tantas coisas pequenas que fazemos no nosso dia a dia que nem nos apercebemos de que estamos pecando e precisamos nos reconciliar. Isto é o que devemos ter em mente. Todo ato que prejudica a um irmão, direta ou indiretamente, é um pecado que, na hora da confissão devemos nos arrepender e fazer o impossível para não tornar a cometê-lo.


Sabe aquele papel que jogamos na rua? É.. aquele que ficou no chão, veio a chuva e que junto com outros papeis entupiram o bueiro, causando a enchente que alagou a casa de um irmão fazendo com que ele ficasse desabrigado e prdesse tudo o que tinha? pois é....


Façamos pois um excelente exame de consciência e nos preparemos para uma maravilhosa Páscoa de Cristo. Procure seu padre e prepare-se para uma confissão. ah, tem algum mal entendido com seu padre? não tem a coragem de dizer-lhe isso na hora da confissão? Tenha em mente que antes de tudo, para que uma confissão seja contrita, procure aquele seu irmão com o qual você tem algum entreveiro e peça-lhe perdão...


Fiquem com Deus e que Ele abençoe a todos...

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